Skip to main content

KAPITOLA OSMÁ

Capítulo Oito

Stloukání oceánu mléka

A Batedura do Oceano de Leite

Tato kapitola popisuje, jak ze stloukání oceánu mléka vzešla bohyně štěstí a jak přijala za manžela Pána Viṣṇua. Dále je zde popsáno, že když se zjevil Dhanvantari s nádobou plnou nektaru, démoni mu ji okamžitě vytrhli, ale Pán Viṣṇu inkarnoval jako Mohinī, nejkrásnější žena světa, aby démony okouzlil a zachránil nektar pro polobohy.

Este capítulo descreve como a deusa da fortuna apareceu durante a batedura do oceano de leite e como ela aceitou o Senhor Viṣṇu como esposo. Como se descreve mais tarde neste capítulo, quando Dhanvantari apareceu com um pote de néctar, os demônios imediatamente arrebataram dele o pote. Todavia, apenas para cativar os demônios e salvar o néctar de modo que este ficasse nas mãos dos semideuses, o Senhor Viṣṇu apareceu como a encarnação Mohinī, a mulher mais bela do mundo.

Poté, co Pán Śiva vypil všechen jed, si polobozi a démoni dodali odvahy a pokračovali ve stloukání. První pak byla vytvořena kráva surabhi. Přijali ji velcí světci, aby z jejího mléka mohli získávat přepuštěné máslo a používat ho při velkých obětích. Potom byl vytvořen kůň jménem Uccaiḥśravā, kterého si vzal Bali Mahārāja. Dále vznikl Airāvata a další sloni, kteří se dokázali pohybovat kterýmkoliv směrem, a s nimi i slonice. Rovněž byl vytvořen drahokam Kaustubha, který přijal Pán Viṣṇu a umístil ho na svou hruď. Pak byla stvořena květina pārijāta a Apsary, nejhezčí ženy ve vesmíru. Potom se objevila bohyně štěstí, Lakṣmī, kterou polobozi, velcí mudrci, Gandharvové a další okázale uctívali. Nemohla najít nikoho, koho by mohla přijmout za manžela, až si nakonec za svého pána vybrala Viṣṇua, který jí poskytl věčné místo na své hrudi. Tímto spojením Lakṣmī a Nārāyaṇa byli všichni přítomní polobozi i lidé velice potěšeni. Démoni však byli sklíčeni, protože je bohyně štěstí odmítla. Potom byla stvořena Vāruṇī, bohyně pití, a tu na pokyn Pána Viṣṇua přijali démoni. Pak začali démoni a polobozi znovu stloukat s obnovenými silami. Poté se zjevila částečná inkarnace Pána Viṣṇua zvaná Dhanvantari. Byl velice krásný a nesl džbán s nektarem. Démoni mu ho okamžitě vytrhli a dali se na útěk a polobozi, kteří z toho byli velice nešťastní, se obrátili na Viṣṇua. Poté, co démoni Dhanvantarimu vytrhli džbán, začali mezi sebou bojovat. Pán Viṣṇu polobohy utěšil, a ti tedy nebojovali a čekali. Zatímco boje mezi démony pokračovaly, Pán sám se zjevil jako inkarnace Mohinī, nejspanilejší žena ve vesmíru.

Depois que o senhor Śiva bebeu todo o veneno, tanto os semideuses quanto os demônios sentiram-se encorajados e reassumiram suas ativida­des atinentes a bater o oceano. Devido a essa batedura, primeiramente se pro­duziu uma vaca surabhi. Grandes pessoas santas acolheram essa vaca para, através de seu leite, obter manteiga clarificada e, com essa manteiga clarificada, fazer oblações por intermédio de grandes sacrifícios. Depois, gerou-se um cavalo chamado Uccaiḥśravā. Esse cavalo foi levado por Bali Mahārāja. Apareceram, então, Airāvata e outros elefantes que podiam ir a qualquer parte, em qualquer direção, e também apareceram elefantas. A joia conhecida como Kaustubha também foi produzida, e o Senhor Viṣṇu a pegou e a colocou em Seu peito. Depois, gerou-se uma flor pārijāta e as Apsarās, as mais belas mulheres do universo. Em seguida, surgiu Lakṣmī, a deusa da fortuna. Os semideuses, os grandes sábios, os Gandharvas e outros ofereceram respeitosa adoração a Lakṣmī. A deusa da fortuna não conseguia encontrar ninguém que estivesse à altura de ser seu esposo. Finalmente, ela escolheu o Senhor Viṣṇu como seu amo. O Senhor Viṣṇu lhe conferiu um lugar em Seu peito, onde ela passou a re­sidir eternamente. Devido a esse enlace entre Lakṣmī e Nārāyaṇa, todos os que estavam presentes, incluindo os semideuses e as pessoas em geral, ficaram muito satisfeitos. Os demônios, contudo, sendo negligenciados pela deusa da fortuna, ficaram muito deprimidos. Foi então que se gerou Vāruṇī, a deusa das bebidas alcoólicas, e, por ordem do Senhor Viṣṇu, os demônios aceitaram-na. Depois, os demônios e semideuses, com sua energia renovada, recomeçaram a bater o oceano. Dessa vez, surgiu uma encarnação parcial do Senhor Viṣṇu, chamada Dhanvantari. Ele era muito belo, e carregava uma jarra contendo néctar. Os demônios arrebataram de imediato a jarra das mãos de Dhanvantari e fugiram apressadamente, e os semideuses, muito melancólicos, refugiaram-se em Viṣṇu. Depois que pegaram a jarra que estava com Dhanvantari, os demônios começaram a lutar entre si. O Senhor Viṣṇu consolou os semideuses, que, portanto, não lutaram, senão que permaneceram quietos. Enquanto a luta prosseguia entre os demônios, o próprio Senhor apareceu como a encarnação Mohinī, a mulher mais bela do universo.

Sloka 1:
Śukadeva Gosvāmī pokračoval: Poté, co Pán Śiva vypil jed, začali polobozi i démoni radostně stloukat oceán s novým elánem. Jako výsledek toho se zjevila kráva zvaná surabhi.
VERSO 1:
Śukadeva Gosvāmī continuou: Depois que o senhor Śiva bebeu o veneno, tanto os semideuses quanto os demônios, sentindo-se muito satisfeitos, começaram a bater o oceano com renovado vigor. Como resultado disso, apareceu uma vaca conhecida como surabhi.
Sloka 2:
Ó králi Parīkṣite, velcí mudrci, kteří dokonale znali védské obřady, se ujali této krávy surabhi, která dávala všechen jogurt, mléko a ghí, jež jsou absolutně nezbytné k obětování do ohně. Jednali tak, aby mohli získat čisté ghí, které potřebovali pro konání obětí, díky kterým by mohli dosáhnout vyšších planetárních soustav až po Brahmaloku.
VERSO 2:
Ó rei Parīkṣit, grandes sábios que eram completamente entendidos nas cerimônias ritualísticas védicas responsabilizaram-se por aquela vaca surabhi, que produzia todo o iogurte, leite e ghī absolutamente necessários para que se apresentassem oblações no fogo. Eles assim procederam porque tinham como propósito obter ghī puro, o qual desejavam para a realização de sacrifícios mediante os quais pudes­sem elevar-se aos sistemas planetários superiores, até Brahmaloka.
Sloka 3:
Poté byl vytvořen kůň jménem Uccaiḥśravā, jenž byl bílý jako měsíc. Bali Mahārāja ho chtěl vlastnit a Indra, nebeský král, neprotestoval, protože tak zněla rada, kterou mu dříve dal Nejvyšší Pán.
VERSO 3:
Em seguida, gerou-se um cavalo chamado Uccaiḥśravā, que era tão branco como a Lua. Bali Mahārāja desejou apossar-se desse ca­valo, e Indra, o rei dos céus, não protestou, pois já recebera esse conselho da Suprema Personalidade de Deus.
Sloka 4:
Jako další výsledek stloukání byl stvořen král slonů jménem Airāvata. Byl bílý a se svými čtyřmi kly zpochybňoval slávu hory Kailās, pověstného sídla Pány Śivy.
VERSO 4:
No próximo resultado da batedura, gerou-se o rei dos elefantes, chamado Airāvata. Esse elefante era branco e, com suas quatro presas, desafiou as glórias da montanha Kailāsa, a gloriosa morada do senhor Śiva.
Sloka 5:
Poté bylo stvořeno osm velkých slonů, ó králi, kteří se mohli pohybovat kterýmkoliv směrem. Vedl je Airāvaṇa. Rovněž bylo stvořeno osm slonic, v čele s Abhramu.
VERSO 5:
Em seguida, ó rei, oito grandes elefantes, que podiam locomover-se em qualquer direção, foram gerados. Eles eram encabeçados por Airāvaṇa. Oito elefantas, encabeçadas por Abhramu, também foram geradas.
Sloka 6:
Dále byly z velkého oceánu vytvořeny slavné drahokamy Kaustubha- maṇi a Padmarāga-maṇi. Pán Viṣṇu si je přál vlastnit, aby s nimi ozdobil svou hruď. Jako další byla vytvořena květina pārijāta, jež zkrášluje nebeské planety. Ó králi, tak jako ty plníš touhy všech na této planetě tím, že jim dáváš, co si přejí, plní i pārijāta přání všech.
VERSO 6:
Logo após, foram geradas do grande oceano as célebres joias Kaustubha-maṇi e Padmarāga-maṇi. Para decorar Seu peito, o Senhor Viṣṇu desejou possuí-las. Em seguida, foi gerada a flor pāri­jāta, que ornamenta os planetas celestiais. Ó rei, assim como, neste planeta, satisfazes os desejos de todos, concretizando-lhes todas as ambições, a pārijāta também satisfaz os desejos de todos.
Sloka 7:
Dále se objevily Apsary (jež působí jako prostitutky na nebeských planetách). Byly ozdobené zlatými šperky a medailóny a na sobě měly jemné a přitažlivé šaty. Apsary mají pomalé, váhavé pohyby, což mate obyvatele nebeských planet.
VERSO 7:
Em seguida, apareceram as Apsarās [que servem de prostitutas nos planetas celestiais]. Elas estavam plenamente decoradas com adornos e broches de ouro e trajavam roupas finas e atraen­tes. As Apsarās se locomovem muito vagarosamente e em um estilo tão provocante que confunde os habitantes dos planetas celestiais.
Sloka 8:
Potom se objevila bohyně štěstí, Ramā, která je plně odevzdaná požitku Nejvyšší Osobnosti Božství. Objevila se jako elektrický výboj, překonávající záblesk mramorové hory.
VERSO 8:
Apareceu então a deusa da fortuna, Ramā, que se dedica a propiciar o pleno desfrute da Suprema Personalidade de Deus. Ela pa­recia a eletricidade, superando em luz o relâmpago que é capaz de iluminar uma montanha de mármore.
Sloka 9:
Pro její nesmírnou krásu, tělesné rysy, mládí, barvu pleti a slávu po ní toužili všichni — polobozi, démoni i lidské bytosti. Přitahovala je, protože je zdrojem veškerého bohatství.
VERSO 9:
Devido à sua rara beleza, seus traços físicos, sua juventude, sua tez e suas glórias, todos, incluindo os semideuses, os demônios e os seres humanos, desejaram-na. Eles se sentiram atraídos porque ela é a fonte de toda opulência.
Sloka 10:
Nebeský král Indra pro ni připravil vhodný trůn a všechny posvátné řeky, jako Ganga a Yamunā, v zosobněné podobě přinesly pro matku Lakṣmī, bohyni štěstí, čistou vodu ve zlatých nádobách.
VERSO 10:
Indra, o rei dos céus, trouxe para a deusa da fortuna um assento adequado. Todos os rios de água sagrada, tais como o Ganges e o Yamunā, personificaram-se, e cada um deles trouxe água pura, con­tida em cântaros de ouro, e ofereceu essa água à mãe Lakṣmī, a deusa da fortuna.
Sloka 11:
Země přijala osobní podobu a nashromáždila všechny byliny potřebné pro instalaci Božstva. Krávy poskytly pět produktů (mléko, jogurt, ghí, moč a hnůj) a zosobněné jaro sesbíralo vše, co roste v jarních měsících Caitra a Vaiśākha (dubnu a květnu).
VERSO 11:
A terra se tornou uma pessoa e reuniu todas as substâncias medi­cinais e ervas necessárias para instalar a Deidade. As vacas fornece­ram cinco produtos, a saber, leite, iogurte, ghī, urina e esterco, e a primavera personificada coletou todos os produtos primaveris que aparecem durante os meses de caitra e vaiśākha [abril e maio].
Sloka 12:
Velcí mudrci vykonali obřadnou koupel bohyně štěstí, jak přikazují autorizovaná písma. Gandharvové recitovali příznivé védské mantry a profesionální tanečnice nádherně tančily a zpívaly autorizované písně uvedené ve Védách.
VERSO 12:
Os grandes sábios executaram a cerimônia do banho da deusa da fortuna conforme as diretrizes contidas nas escrituras autorizadas, os Gandharvas cantaram mantras védicos auspiciosíssimos, e as dançarinas profissionais dançaram com muito esmero as canções autorizadas prescritas nos Vedas.
Sloka 13:
Mraky ve zosobněné podobě tloukly na různé bubny, zvané mṛdaṅga, paṇava, muraja a ānaka. Troubily rovněž na lastury a trubky nazývané gomukha a hrály na flétny a strunné nástroje. Společný zvuk těchto nástrojů zněl jako bouře.
VERSO 13:
As nuvens em suas formas personificadas percutiram várias espécies de tambores, conhecidos como mṛdaṅgas, paṇavas, murajas e ānakas. Elas também sopraram búzios e clarins, conhecidos como gomukhas, e tocaram flautas e instrumentos de corda. O som combinado desses instrumentos era tonitruante.
Sloka 14:
Velcí sloni pak odevšud přinášeli velké nádoby plné vody z Gangy a koupali bohyni štěstí za doprovodu védských manter, jež recitovali učení brāhmaṇové. Bohyně štěstí při této koupeli zůstala ve svém původním postoji s lotosem v ruce a vypadala překrásně. Je dokonale počestná, neboť nezná nikoho jiného než Nejvyšší Osobnost Božství.
VERSO 14:
Em seguida, de todas as direções, os grandes elefantes carregaram grandes jarros cheios de água do Ganges e, com o acompanhamento dos mantras védicos cantados por brāhmaṇas eruditos, banharam a deusa da fortuna. Enquanto era venerada com esse banho, a deusa da fortuna mantinha seu estilo original, conservando uma flor de lótus em sua mão e parecendo belíssima. A deusa da fortuna é a mais casta, pois ela conhece apenas a Suprema Personalidade de Deus.
Sloka 15:
Oceán, který je zdrojem všech cenných drahokamů, poskytl horní i dolní část oděvu ze žlutého hedvábí. Varuṇa, bůh vody, daroval květinovou girlandu, kolem níž létali šestinozí čmeláci, opilí medem.
VERSO 15:
O oceano, que é a fonte de todas as joias preciosas, forneceu as porções superior e inferior de uma roupa de seda amarela. A deidade que predomina a água, Varuṇa, apresentou guirlandas de flores cercadas por zangões hexápodes, embriagados com mel.
Sloka 16:
Viśvakarmā, jeden z Prajāpatiů, zajistil nejrůznější druhy zdobených šperků. Bohyně učenosti Sarasvatī poskytla náhrdelník, Pán Brahmā dal lotosový květ a obyvatelé Nāgaloky věnovali náušnice.
VERSO 16:
Viśvakarmā, um dos prajāpatis, forneceu muitas variedades de or­namentos embelezadores. A deusa da sabedoria, Sarasvatī, forneceu um colar; o senhor Brahmā, uma flor de lótus, e os habitantes de Nāgaloka forneceram brincos.
Sloka 17:
Poté začala matka Lakṣmī, bohyně štěstí, náležitě uctěná příznivým obřadem, přecházet sem a tam, přičemž v ruce držela girlandu z lotosových květů, kterou obletovali bzučící čmeláci. Stydlivý úsměv a tváře ozdobené náušnicemi podtrhovaly její krásu.
VERSO 17:
Em seguida, mãe Lakṣmī, a deusa da fortuna, tendo sido devidamente honrada com uma cerimônia ritualística auspiciosa, começou a locomover-se, portando em sua mão uma guirlanda de flores de lótus, as quais estavam cercadas por zangões zumbidores. Sorrindo com recato, com suas orelhas decoradas por brincos, ela parecia extremamente bela.
Sloka 18:
Její dvě symetrická a pěkně posazená ňadra byla potřena santálovou pastou a kuṅkumovým práškem, a měla velmi útlý pas. Když za jemného cinkání zvonků na jejích kotnících chodila z místa na místo, vypadala jako liána ze zlata.
VERSO 18:
Seus dois seios, que eram simétricos e muito bem situados, estavam cobertos de polpa de sândalo e pó de kuṅkuma, e sua cintura era muito fina. À medida que caminhava de um a outro lugar, com seus sinos de tornozelo tilintando suavemente, ela parecia uma tre­padeira de ouro.
Sloka 19:
Když procházela mezi Gandharvy, Yakṣi, asury, Siddhy, Cāraṇy a obyvateli nebeských planet, důkladně je zkoumala, ale nemohla najít nikoho, kdo by přirozeně oplýval všemi dobrými vlastnostmi. Nikdo nebyl bez chyb, a proto nemohla ani u jednoho z nich přijmout útočiště.
VERSO 19:
Enquanto caminhava entre os Gandharvas, Yakṣas, asuras, Siddhas, Cāraṇas e cidadãos do céu, Lakṣmīdevī, a deusa da fortuna, exami­nava-os minuciosamente, mas não conseguiu encontrar ninguém na­turalmente dotado com todas as boas qualidades. Nenhum deles era desprovido de defeitos, de modo que ela não pôde refugiar-se em nenhum deles.
Sloka 20:
Když bohyně štěstí procházela shromážděním, uvažovala: Někdo již podstoupil přísnou askezi, ale dosud nepřekonal hněv. Někdo má poznání, ale neovládl hmotné touhy. Někdo je velmi vznešený, ale nedokáže se zbavit chtivých tužeb. I velká osobnost na něčem závisí. Jak tedy může být nejvyšším vládcem?
VERSO 20:
Examinando a assembleia, a deusa da fortuna teve o seguinte pen­samento: Embora tenha se submetido a grandes austeridades, a pessoa ainda não conseguiu dominar a ira. Por sua vez, outrem que possui conhecimento, não superou os desejos materiais. Há também aquele que é uma grande personalidade, mas não pôde conquistar os dese­jos luxuriosos. Mesmo uma grande personalidade depende de fatores alheios à sua vontade. Como, então, pode ser o controlador supremo?
Sloka 21:
Někdo může mít úplné poznání co se týče náboženství, ale přesto není laskavý ke všem živým bytostem. Někdo, ať člověk, či polobůh, je zdánlivě odříkavý, ale to ještě není příčinou osvobození. Někdo možná má velkou moc, ale přesto není schopen odolat moci věčného času. Jiný se možná zřekl připoutanosti k hmotnému světu, ale přesto ho nelze srovnávat s Nejvyšší Osobností Božství. Nikdo tedy není zcela zbaven vlivu kvalit hmotné přírody.
VERSO 21:
Embora alguém possua pleno conhecimento da religião, talvez não seja bondoso com todas as entidades vivas. Alguém, seja humano ou semideus, pode estar revestido de renúncia, mas isso não é causa de liberação. Alguém pode possuir grande poder e, não obstante, ser incapaz de reprimir o poder do tempo eterno. Outrem pode estar desapegado do mundo material, mas ele não pode comparar-se à Suprema Personalidade de Deus. Portanto, ninguém está inteiramente livre da influência dos modos da natureza material.
Sloka 22:
Někdo je možná obdařen dlouhým životem, ale nemá příznivý osud nebo dobré chování. Někdo má možná jak přízeň osudu, tak dobré chování, ale není jasné, jak dlouho bude žít. I když polobozi, jako Pán Śiva, žijí věčně, mají nepříznivé zvyky, jako například pobývat v krematoriu. A dokonce i když jsou jiné osoby kvalifikované ve všech ohledech, nejsou oddanými Nejvyšší Osobnosti Božství.
VERSO 22:
Embora alguém possua longevidade, talvez não dis­ponha de auspiciosidade ou comportamento exemplar. Outrem talvez conte com auspiciosidade e manifeste um comportamento exemplar, mas a duração de sua vida não é perene. Embora semideuses tais como o senhor Śiva tenham a vida eterna, eles têm hábitos inauspiciosos, tais como viver em crematórios. E mesmo que outros sejam bem qualificados em todos os sentidos, eles não são devotos da Suprema Personalidade de Deus.
Sloka 23:
Śukadeva Gosvāmī pokračoval: Takto, po dokonalém uvážení, přijala bohyně štěstí za svého manžela Mukundu. I když je nezávislý a nijak ji nepotřebuje, má všechny transcendentální vlastnosti a mystické síly, a proto je nejžádanější osobou.
VERSO 23:
Śukadeva Gosvāmī prosseguiu: Dessa maneira, após plena delibe­ração, a deusa da fortuna aceitou Mukunda como seu esposo porque, embora Ele seja independente e não precise dela, possui todas as qualidades transcendentais e poderes místicos e, portanto, é o mais cobiçado.
Sloka 24:
Bohyně štěstí přistoupila k Nejvyššímu Pánu, Osobnosti Božství, a na ramena Mu pověsila girlandu z čerstvých lotosových květů, kterou obletovali čmeláci, hledající med. S očekáváním, že získá místo na hrudi Pána, pak se stydlivým úsměvem na tváři zůstala stát po Jeho boku.
VERSO 24:
Aproximando-se da Suprema Personalidade de Deus, a deusa da fortuna colocou em Seus ombros uma guirlanda de flores de lótus há pouco desabrochadas e que estava rodeada por zangões que zumbiam em busca de mel. Depois, esperando obter um lugar ao peito do Senhor, ela ficou postada ao Seu lado, com seu rosto apresentan­do um sorriso recatado.
Sloka 25:
Nejvyšší Pán je otcem tří světů a Jeho hruď je sídlem matky Lakṣmī, bohyně štěstí, jíž patří všechno bohatství. Svým příznivým a milostivým pohledem může bohyně štěstí zvětšit bohatství tří světů i jejich obyvatel a jejich vládců, polobohů.
VERSO 25:
A Suprema Personalidade de Deus é o pai dos três mundos, e Seu peito é a residência de mãe Lakṣmī, a deusa da fortuna, a proprietá­ria de todas as opulências. Através de seu olhar favorável e miseri­cordioso, a deusa da fortuna pode aumentar a opulência dos três mundos, bem como de seus habitantes e administradores, os semideuses.
Sloka 26:
Obyvatelé Gandharvaloky a Cāraṇaloky se chopili příležitosti a rozezněli své hudební nástroje — lastury, trubky, bubny a podobně. Společně se svými manželkami začali tančit a zpívat.
VERSO 26:
Os habitantes de Gandharvaloka e Cāraṇaloka, então, aproveitaram-se da oportunidade para tocar seus instrumentos musicais, tais como búzios, cornetas e tambores. Eles começaram a dançar e cantar juntamente com suas esposas.
Sloka 27:
Pán Brahmā, Pán Śiva, vznešený mudrc Aṅgirā a podobní správci vesmíru shazovali deště květů a pěli mantry popisující transcendentální slávu Nejvyšší Osobnosti Božství.
VERSO 27:
O senhor Brahmā, o senhor Śiva, o grande sábio Aṅgirā e direto­res semelhantes da administração universal derramaram uma chuva de flores e cantaram mantras anunciando as glórias transcendentais da Suprema Personalidade de Deus.
Sloka 28:
Všichni polobozi a s nimi i Prajāpatiové a jejich potomstvo, které Lakṣmījī požehnala svým pohledem, okamžitě nabyli dobrého chování a transcendentálních vlastností. Proto byli velmi spokojeni.
VERSO 28:
Todos os semideuses, juntamente com os prajāpatis e seus descen­dentes, tendo sido abençoados pelo olhar que Lakṣmījī lançou sobre eles, foram imediatamente agraciados com um comportamento exemplar e qualidades transcendentais. Assim, eles ficaram muito satisfeitos.
Sloka 29:
Jelikož démonům a Rākṣasům bohyně štěstí nevěnovala pozornost, byli sklíčení, zmatení a zklamaní, a proto pozbyli poslední kapky studu, ó králi.
VERSO 29:
Ó rei, como foram negligenciados pela deusa da fortuna, os demônios e Rākṣasas ficaram deprimidos, confusos e frustrados e, assim, tornaram-se insolentes.
Sloka 30:
Dále se zjevila Vāruṇī, bohyně s lotosovýma očima, jež vládne opilcům. Se svolením Kṛṣṇy, Nejvyšší Osobnosti Božství, si tuto mladou dívku přivlastnili démoni v čele s Balim Mahārājem.
VERSO 30:
Em seguida, apareceu Vāruṇī, a deusa de olhos de lótus que controla as pessoas afeitas ao consumo de bebidas alcoólicas. Com a permissão da Suprema Personalidade de Deus, Kṛṣṇa, os demônios, encabeçados por Bali Mahārāja, apos­saram-se dessa jovem.
Sloka 31:
Ó králi, když synové Kaśyapy — démoni i polobozi — stloukali oceán mléka, objevil se velice podivuhodný muž.
VERSO 31:
Ó rei, depois disso, enquanto os filhos de Kaśyapa, tanto os demônios quanto os semideuses, estavam ocupados em bater o oceano de leite, um maravilhoso varão apareceu.
Sloka 32:
Byl urostlý a měl dlouhé a silné paže. Jeho krk se třemi čarami vypadal jako lastura, měl načervenalé oči a načernalou pleť. Byl velice mladý, ověnčený květinovou girlandou a celé jeho tělo bylo ozdobené různými šperky.
VERSO 32:
Sua constituição física era muito forte; seus braços eram longos, vigorosos e robustos; seu pescoço, que estava marcado com três linhas, parecia um búzio; seus olhos eram avermelhados, e sua tez, ene­grecida. Ele era muito jovem, estava enguirlandado com flores, e todo o seu corpo estava decorado com vários adornos.
Sloka 33:
Měl na sobě žluté šaty a třpytivě se lesknoucí náušnice vyrobené z perel. Konečky jeho vlasů byly potřené olejem a jeho hruď byla velmi široká. Jeho tělo mělo všechny příznivé znaky, byl statný a silný jako lev a zdobily ho náramky. V ruce držel džbán až po okraj naplněný nektarem.
VERSO 33:
Ele se vestia de roupas amarelas e usava brincos resplandecentes e polidos, feitos de pérolas. As pontas de seu cabelo estavam untadas com óleo, e seu peito era muito largo. Seu corpo possuía todos os traços físicos favoráveis, ele era vigoroso e forte como um leão, e estava decorado com braceletes. Em sua mão, ele carregava uma jarra repleta de néctar.
Sloka 34:
Tato osobnost byla Dhanvantari, úplná část úplné části Pána Viṣṇua. Byl velmi dobře obeznámený s lékařskou vědou a jako jeden z polobohů mohl přijímat podíl z obětí.
VERSO 34:
Essa pessoa era Dhanvantari, uma porção plenária de uma porção plenária do Senhor Viṣṇu. Ele era muito versado na ciência da me­dicina e, como um dos semideuses, tinha permissão de receber uma parte dos sacrifícios.
Sloka 35:
Jakmile démoni uviděli Dhanvantariho nesoucího džbán s nektarem, okamžitě mu ho násilím vytrhli, jelikož toužili po džbánu a jeho obsahu.
VERSO 35:
Ao verem Dhanvantari carregando a jarra de néctar, os demônios, desejando obter a jarra e seu conteúdo, imediatamente arreba­taram-na à força.
Sloka 36:
Když démoni unášeli džbán s nektarem, polobozi byli sklíčení. Vyhledali proto útočiště u lotosových nohou Nejvyšší Osobnosti Božství, Hariho.
VERSO 36:
Quando a jarra de néctar foi levada pelos demônios, os semideuses ficaram melancólicos. Então, buscaram refúgio nos pés de lótus da Suprema Personalidade de Deus, Hari.
Sloka 37:
Když Nejvyšší Pán, který je vždy připravený plnit touhy svých oddaných, viděl, že polobozi jsou sklíčení, řekl jim: “Nebuďte smutní! Svou vlastní energií zmatu démony a vyvolám mezi nimi spor. Tak splním vaši touhu získat nektar.”
VERSO 37:
Ao ver que os semideuses estavam tristes, a Suprema Personalidade de Deus, que sempre deseja satisfazer as ambições de todos os devo­tos, disse-lhes: “Não fiqueis pesarosos. Através de Minha própria energia, deixarei os demônios confusos, criando uma desavença entre eles. Dessa maneira, satisfarei vosso desejo de obter o néctar.”
Sloka 38:
Ó králi, potom mezi démony vypukla hádka o to, kdo dostane nektar jako první. Každý z nich říkal: “Ty ho nemůžeš pít první. Já ho musím pít první. Nejdřív já, a ne ty!”
VERSO 38:
Ó rei, surgiu então entre os demônios uma discórdia em relação a quem deveria beber o néctar primeiro. Cada um deles dizia: “Não podes bebê-lo primeiro. Eu devo bebê­-lo primeiro. Primeiro eu, não tu!”
Sloka 39-40:
Někteří démoni říkali: “Všichni polobozi se také zúčastnili stloukání oceánu mléka. Podle věčných náboženských zásad je vhodné, aby i oni teď měli svůj podíl na nektaru, tak jako má každý stejné právo podílet se na jakékoli veřejné oběti.” Ó králi, takto slabší démoni zakazovali silnějším vzít si nektar.
VERSOS 39-40:
Alguns demônios disseram: “Todos os semideuses participaram do processo de bater o oceano de leite. De acordo com o sistema religioso eterno, é justo que os semideuses também recebam uma parte do néctar, visto que todos têm o mesmo direito de participar de qualquer sacrifício público.” Ó rei, dessa maneira, os demônios mais fracos proibiram os demônios mais fortes de tomarem o néctar.
Sloka 41-46:
Viṣṇu, Nejvyšší Osobnost Božství, jenž dokáže zvrátit každou nepříznivou situaci, tehdy přijal podobu nesmírně krásné ženy. Tato inkarnace s ženskou podobou, Mohinī-mūrti, vyvolávala v mysli velmi příjemné pocity. Načernalou barvou pleti připomínala čerstvý lotos a každá část Jejího těla měla dokonalý tvar. Obě uši Jí rovněž zdobily náušnice, měla půvabné tváře, zdvižený nos a obličej zářící mládím. Její pas se zdál být příliš útlý k tíze jejích velkých prsou. Okolo Ní bzučeli čmeláci, které přitahovala vůně Jejího obličeje a těla, a proto byly Její oči neklidné. Její nádherné vlasy byly ověnčeny květy mallikā. Ladnou šíji krášlil náhrdelník a další šperky, Její paže zdobily náramky, tělo pokrývalo čisté sárí a Její boky připomínaly dva ostrovy v oceánu krásy. Její nohy na kotnících zdobily zvonky. To, jak hýbala obočím, když se stydlivě usmívala a pohlížela na démony, naplnilo všechny démony smyslnými touhami a každý z nich se Jí chtěl zmocnit.
VERSOS 41-46:
Viṣṇu, a Suprema Personalidade de Deus, que pode anular qualquer situação desfavorável, assumiu a forma de uma belíssima mulher. Essa encarnação de mulher, Mohinī-mūrti, era muito agradável para a mente. Sua tez assemelhava-se à cor de um lótus enegrecido recém-desabrochado, e todas as partes de Seu corpo eram belamente distribuídas. Ambas as Suas orelhas estavam decoradas com brincos, as maçãs de Seu rosto eram muito formosas, Seu nariz era arrebitado, e Seu rosto era cheio de brilho juvenil. Seus largos seios faziam Sua cintura parecer muito fina. Atraídos pelo aroma de Seu rosto e de Seu corpo, os zangões zumbiam em volta dEla, e, assim, Seus olhos permaneciam irrequietos. Seu cabelo, que era muitíssimo belo, estava enguirlandado com flores mallikā. Seu pescoço de constituição atrativa estava decorado com um colar e outros adereços, Seus braços estavam decorados com braceletes, Seu corpo estava coberto com um sári limpo, e Seus seios pareciam ilhas em um oceano de beleza. Suas pernas estavam decoradas com sinos de tornozelo. Devido aos movimentos produzidos por Suas sobrancelhas à medi­da que Ela sorria com recato e olhava para os demônios, todos os demônios ficaram tomados de desejos luxuriosos, e cada um deles desejou possuí-lA.