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VERSO 5

Texto 5

Texto

Texto

cīrāṇi kiṁ pathi na santi diśanti bhikṣāṁ
naivāṅghripāḥ para-bhṛtaḥ sarito ’py aśuṣyan
ruddhā guhāḥ kim ajito ’vati nopasannān
kasmād bhajanti kavayo dhana-durmadāndhān
cīrāṇi kiṁ pathi na santi diśanti bhikṣāṁ
naivāṅghripāḥ para-bhṛtaḥ sarito ’py aśuṣyan
ruddhā guhāḥ kim ajito ’vati nopasannān
kasmād bhajanti kavayo dhana-durmadāndhān

Sinônimos

Palabra por palabra

cīrāṇi — trapos; kim — acaso; pathi — na estrada; na — não; santi — existem; diśanti — dão em caridade; bhikṣām — esmolas; na — não; eva — também; aṅghripāḥ — as árvores; parabhṛtaḥ – um ser que mantém os outros; saritaḥ — os rios; api — também; aśuṣyan — secaram; ruddhāḥ — fechadas; guhāḥ — cavernas; kim — acaso; ajitaḥ — Senhor Todo-Poderoso; avati — dá proteção; na — não; upasannān — a alma rendida; kasmāt — para que, então; bhajanti — adula; kavayaḥ — erudito; dhana — riqueza; durmada-andhān — demasiadamente intoxicado por.

cīrāṇi — ropa raída; kim — acaso; pathi — en el camino; na — no; santi — hay; diśanti — dar como caridad; bhikṣām — limosnas; na — no; eva — además; aṅghripāḥ — los árboles; para-bhṛtaḥ — aquel que mantiene a otros; saritaḥ — los ríos; api — además; aśuṣyan — se han secado; ruddhāḥ — cerrado; guhāḥ — cuevas; kim — acaso; ajitaḥ — el Todopoderoso Señor; avati — da protección; na — no; upasannān — el alma entregada; kasmāt — para qué, entonces; bhajanti — adula; kavayaḥ — los eruditos; dhana — riqueza; durmada-andhān — demasiado embriagados por.

Tradução

Traducción

Não há trapos deixados na via pública? As árvores, que existem para manter os outros, deixaram de dar esmolas em caridade? Os rios, estando secos, deixaram de fornecer água ao sedento? As cavernas das montanhas agora estão fechadas, ou, acima de tudo, o Senhor Todo-Poderoso não protege as almas plenamente rendidas? Por que, então, os sábios eruditos iriam bajular aqueles que estão intoxicados pela riqueza obtida a duras penas?

¿Acaso no hay ropa raída tirada en la vía pública? ¿Acaso los árboles, que existen para mantener a otros, han dejado de dar limosna? ¿Acaso los ríos se han secado y han dejado de proporcionar agua al sediento? ¿Acaso las cuevas de las montañas se encuentran ahora cerradas? Y, por encima de todo, ¿acaso el Todopoderoso Señor no protege a las almas que se han entregado por completo? ¿Por qué van, entonces los eruditos sabios a adular a aquellos que están embriagados por la riqueza arduamente ganada?

Comentário

Significado

SIGNIFICADO—A ordem de vida renunciada nunca se destina a esmolar ou viver às custas dos outros como um parasita. De acordo com o dicionário, um parasita é um adulador que vive às custas da sociedade sem dar nenhuma contribuição a essa sociedade. A ordem renunciada destina-se a dar à sociedade uma contribuição substancial, e não a depender dos ganhos dos chefes de família. Ao contrário, o fato de o mendicante genuíno aceitar esmolas das mãos dos chefes de famílias é uma oportunidade concedida pelo santo para o tangível benefício do doador. Na instituição sanātana-dharma, dar esmolas a um mendicante é parte do dever de um chefe de família, e as escrituras aconselham que os chefes de família tratem os mendicantes como seus próprios filhos e lhes deem espontaneamente alimentos, roupas etc. Os pseudomendicantes, portanto, não devem tirar proveito da disposição caridosa dos fiéis chefes de família. O primeiro dever de uma pessoa na ordem de vida renunciada é apresentar algum trabalho literário para o benefício do ser humano a fim de dar-lhe orientação prática rumo à autorrealização. Entre os outros deveres na ordem de vida renunciada de Śrīla Sanātana, Śrīla Rūpa e outros Gosvāmīs de Vṛndāvana, o principal dever que eles executavam era reunir-se para fazer belos discursos em Sevākuñja, Vṛndāvana (o local onde Śrīla Jīva Gosvāmī estabeleceu o templo de Śrī-Rādhā-Dāmodara e onde foram erigidos os verdadeiros sepulcros samādhi de Śrīla Rūpa Gosvāmī e Śrīla Jīva Gosvāmī). Para o benefício de toda a sociedade humana, eles nos legaram vários textos de importância transcendental. De modo semelhante, todos os ācāryas que voluntariamente aceitaram a ordem de vida renunciada queriam beneficiar a sociedade humana e não estavam interessados em levar uma vida confortável ou irresponsável, vivendo às custas dos outros. Portanto, aqueles que não podem dar nenhuma contribuição não devem ir ter com os chefes de família para receber alimento, pois esses mendicantes que pedem pão aos chefes de família são um insulto à ordem mais elevada. Śukadeva Gosvāmī dá essa advertência especialmente àqueles mendicantes que adotaram essa linha de profissão para resolver seus problemas econômicos. Na era de Kali, esses mendicantes são abundantes. Ao se tornar um mendicante voluntariamente ou por força das circunstâncias, a pessoa deve ter firme fé e convicção de que o Senhor Supremo é o mantenedor de todos os seres vivos em toda parte do universo. Por que, então, Ele negligenciaria a manutenção de uma alma rendida que está cem por cento ocupada no serviço ao Senhor? Se um amo comum zela pelas necessidades de seu servo, por que, então, o onipotente e opulentíssimo Senhor Supremo não zelaria pelas necessidades básicas de uma alma inteiramente rendida? Como regra geral, o devoro mendicante aceita uma simples e pequena tanga sem pedir que ninguém lhe faça essa caridade. Tudo o que ele faz é retirá-la das roupas rasgadas que, depois de rejeitadas, foram atiradas na rua. Quando estiver faminto, ele poderá se dirigir a uma árvore magnânima, cujas frutas caem no solo, e, quando estiver sedento, poderá beber a água do rio corrente. Ele não precisa viver em uma casa confortável, mas deve encontrar uma caverna nas montanhas e não deve temer os animais selvagens, tendo fé em Deus, que vive no coração de todos. O Senhor pode ordenar que os tigres e outros animais selvagens não perturbem Seu devoto. Haridāsa Ṭhākura, um grande devoto do Senhor Śrī Caitanya, vivia numa dessas cavernas, e, por acaso, uma grande serpente venenosa convivia com ele na caverna. Certo admirador de Ṭhākura Haridāsa, que tinha de visitar o Ṭhākura todos os dias, temia a serpente e sugeriu que o Ṭhākura deixasse aquele lugar. Como seus devotos temiam a serpente e visitavam regularmente a caverna, Ṭhākura Haridāsa concordou com a proposta em benefício deles. Mas logo que isso ficou decidido, a serpente saiu de seu buraco, arrastou-se pela caverna e deixou-a definitivamente bem diante de todos ali presentes. Por ordem do Senhor, que também vivia dentro do coração da serpente, ela deu prioridade a Haridāsa e decidiu deixar o lugar e não o perturbar mais. Assim, esse é um exemplo tangível que serve para mostrar como o Senhor protege um devoto genuíno como Ṭhākura Haridāsa. De acordo com as regulações da instituição sanātana-dharma, a pessoa, desde o começo, aprende a depender plenamente da proteção do Senhor em todas as circunstâncias. A pessoa que tem completa percepção e uma existência deveras purificada é recomendada a aceitar o caminho da renúncia. Essa fase também é descrita na Bhagavad-gītā (16.5) como daivī sampat. O ser humano precisa acumular daivī sampat, ou bens espirituais; caso contrário, a próxima alternativa, āsurī sampat, ou bens materiais, exercerá forte domínio sobre ele e, assim, ele será forçado a enredar-se em diferentes sofrimentos do mundo material. O sannyāsī deve sempre viver sozinho, sem companhia, e deve ser destemido. Ele nunca deve ter medo de viver sozinho, embora nunca esteja só. O Senhor reside no coração de todos, e, enquanto não se purificar através do processo prescrito, a pessoa terá a sensação de que está sozinha. Porém, na ordem de vida renunciada, o homem deve estar purificado pelo processo; então, ele sentirá a presença do Senhor em toda parte e nada terá a temer (como, por exemplo, a falta de companhia). Cada qual pode tornar-se uma pessoa honesta e destemida se sua própria existência for purificada pelo desempenho do dever prescrito para a ordem de vida em que ele está incluído. A pessoa pode tornar-se fixa em seu dever prescrito ouvindo com atenção as instruções védicas e assimilando a essência do conhecimento védico mediante a prestação de serviço devocional ao Senhor.

El propósito de la orden de vida de renuncia nunca es el de mendigar o vivir como un parásito a costa de los demás. Según el diccionario, un parásito es un adulador que vive a costa de la sociedad sin hacer ninguna contribución a la misma. La orden de renuncia tiene por objeto aportar algo sustancial a la sociedad, y no depender de los ingresos de los casados. Por el contrario, que el mendicante genuino acepte las limosnas de los casados, es una oportunidad que da el santo en aras del beneficio tangible del que dona. En la institución sanātana-dharma, el dar limosna a un mendicante es parte del deber de una persona casada, y en las Escrituras se aconseja que los casados deben tratar a los mendicantes como a los niños de la familia, y deben proveerles de comida, ropa, etc., sin que se los pidan. Por consiguiente, los seudomendicantes no deben aprovecharse de la disposición caritativa de los casados fieles. El primer deber de una persona que pertenece a la orden de vida de renuncia es el de aportar alguna obra literaria para beneficio del ser humano, con el fin de darle una guía experimentada que lo lleve hacia la autorrealización. Entre los deberes que desempeñaron en la orden de vida de renuncia Śrīla Sanātana, Śrīla Rūpa y los demás Gosvāmīs de Vṛndāvana, el principal era el de sostener conversaciones eruditas entre sí en Sevākuñja, Vṛndāvana (el lugar en el que Śrīla Jīva Gosvāmī estableció el Templo de Śrī Rādha-Dāmodara y en el que se encuentran las verdaderas tumbas samādhi de Śrīla Rūpa Gosvāmī y Śrīla Jīva Gosvāmī). Para el beneficio de todos los miembros de la sociedad humana, ellos dejaron tras de sí infinidad de obras literarias de trascendental importancia. Así mismo, todos los ācāryas que aceptaron voluntariamente la orden de vida de renuncia perseguían beneficiar a la sociedad humana, y no el llevar una vida cómoda o irresponsable a costa de los demás. Sin embargo, aquellos que no pueden dar ninguna contribución no deben acudir a los casados en busca de comida, pues esos mendicantes que piden pan a los casados son un insulto a la más elevada de las órdenes. Śukadeva Gosvāmī hizo esta advertencia especialmente para aquellos mendicantes que adoptan esta profesión con el fin de resolver sus problemas económicos. Esa clase de mendicantes abundan en la era de Kali. Cuando un hombre se vuelve mendicante deliberadamente o por las circunstancias, debe tener la firme fe y convicción de que el Señor Supremo es el sustentador de todos los seres vivientes en todas partes del universo. ¿Por qué, entonces, habría Él de descuidar la manutención de un alma entregada que está dedicada en un cien por ciento a Su servicio? Un amo común vela por las necesidades de su sirviente, así que, ¿cuánto más no va a cuidar el todopoderoso y plenamente opulento Señor Supremo, de las necesidades que tiene en la vida un alma totalmente entregada? La regla general es que un devoto mendicante se pone un pequeño y sencillo taparrabos, sin pedírselo a nadie como caridad. Él sencillamente lo recoge de la tela raída y rechazada que se encuentra tirada en la calle. Cuando le da hambre, puede ir a un árbol magnánimo del que caigan frutas, y cuando le da sed, puede tomar agua del río. Él no necesita vivir en una cómoda casa, sino que debe buscar una cueva en las montañas y no temer a los animales de la selva, teniendo fe en Dios, quien vive en el corazón de todo el mundo. El Señor puede ordenar a los tigres y demás animales de la selva que no perturben a Su devoto. Haridāsa Ṭhākura, un gran devoto del Señor Śrī Caitanya, solía vivir en una de esas cuevas, y, por casualidad, había una gran serpiente venenosa que la compartía con él. Un admirador de Ṭhākura Haridāsa que tenía que visitarlo todos los días le tenía miedo a la serpiente, y sugirió al Ṭhākura que se fuera de ese lugar. Como sus devotos temían a la serpiente y estaban visitando la cueva con regularidad, Ṭhākura Haridāsa accedió a la proposición para complacerlos. Pero en cuanto se llegó a este acuerdo, de hecho la serpiente salió del hoyo que tenía en la cueva, y se fue de esta para siempre ante los ojos de todos los presentes. Por inspiración del Señor, quien vivía también dentro del corazón de la serpiente, esta dio preferencia a Haridāsa y decidió irse del lugar y no perturbarlo. Así que este es un ejemplo tangible de cómo el Señor brinda protección a un devoto genuino tal como Ṭhākura Haridāsa. De acuerdo con las regulaciones de la institución sanātana-dharma, a uno se le enseña desde el principio a depender por completo de la protección del Señor en todas las circunstancias. La senda de la renunciación se recomienda que la acepte aquel que es sumamente competente y cuya existencia se encuentra purificada por completo. Esta etapa también se describe en el Bhagavad-gītā (16.15) como daivī sampat. El ser humano debe acumular daivī sampat, o bienes espirituales; de lo contrario, la siguiente posibilidad, los āsurī sampat, o bienes materiales, lo dominarán desproporcionadamente, y de ese modo uno se verá forzado a enredarse en diferentes sufrimientos del mundo material. Un sannyāsī siempre debe vivir solo, sin compañía, y no debe temer a nada. Él nunca debe tener miedo de vivir solo —aunque nunca está solo—. El Señor reside en el corazón de todo el mundo, y a menos de que uno se haya purificado mediante el proceso prescrito, se sentirá solo. Pero el hombre que se encuentra en la orden de vida de renuncia se debe purificar con el proceso; de ese modo sentirá la presencia del Señor en todas partes y no tendrá nada que temer (como, por ejemplo, el estar sin compañía). Todo el mundo puede convertirse en una persona valiente y honesta, si su propia existencia se purifica por medio del desempeño del deber que se ha prescrito a todas y cada una de las órdenes de la vida. Uno puede desempeñar de un modo fijo su deber prescrito, si presta oídos fielmente a las instrucciones védicas, y si asimila la esencia del conocimiento védico mediante la actividad de prestarle servicio devocional al Señor.