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VERSO 31

Text 31

Texto

Texto

kṛtvā dayāṁ ca jīveṣu
dattvā cābhayam ātmavān
mayy ātmānaṁ saha jagad
drakṣyasy ātmani cāpi mām
kṛtvā dayāṁ ca jīveṣu
dattvā cābhayam ātmavān
mayy ātmānaṁ saha jagad
drakṣyasy ātmani cāpi mām

Sinônimos

Palabra por palabra

kṛtvā — tendo mostrado; dayām — compaixão; ca — e; jīveṣu — para com os seres vivos; dattvā — tendo dado; ca — e; abhayam — garantia de segurança; ātma-vān — autorrealizado; mayi — em Mim; ātmānam — tu próprio; saha jagat — juntamente com o universo; drakṣyasi — tu perceberás; ātmani — em ti mesmo; ca — e; api — também; mām — Me.

kṛtvā — habiendo mostrado; dayām — compasión; ca — y; jīveṣu — hacia los seres vivos; dattvā — habiendo dado; ca — y; abhayam — garantía de seguridad; ātma-vān — autorrealizado; mayi — en Mí; ātmānam — a ti mismo; saha jagat — junto con el universo; drakṣyasi — percibirás; ātmani — en ti mismo; ca — y; api — también; mām — a Mí.

Tradução

Traducción

Mostrando compaixão para com todas as entidades vivas, alcançarás a autorrealização. Dando garantia de segurança a todos, perceberás teu próprio eu bem como todos os universos em Mim, e Eu em ti.

Mostrándote compasivo con todas las entidades vivientes, alcanzarás la autorrealización. Garantizando a todos su seguridad, percibirás en Mí todos los universos y tu propio ser, y a Mí mismo en ti.

Comentário

Significado

Aqui se descreve o simples processo de autorrealização para todas as entidades vivas. O primeiro princípio a ser compreendido é que este mundo é um produto da vontade suprema. Há uma identidade deste mundo com o Senhor Supremo. Tal identidade os impersonalistas aceitam de maneira errônea. Eles dizem que a Suprema Verdade Absoluta, transformando-Se no universo, perde Sua existência separada. Assim, eles aceitam o mundo e tudo que nele existe como sendo o Senhor. Isso é panteísmo, em que se considera tudo como sendo o Senhor. Essa é a visão do impersonalista. Mas aqueles que são devotos pessoais do Senhor veem tudo como propriedade do Senhor Supremo. Tudo, qualquer coisa que vejamos, é manifestação do Senhor Supremo, de maneira que tudo deve ser ocupado no serviço ao Senhor. Isso é unidade. A diferença entre o impersonalista e o personalista é que o impersonalista não aceita a existência separada do Senhor, mas o personalista aceita o Senhor, entendendo que, embora o Senhor Se distribua de tantas maneiras, Ele tem Sua existência pessoal separada. Isto é descrito na Bhagavad-gītā: “Eu estou espalhado por todo o universo em Minha forma impessoal. Tudo repousa em Mim, mas Eu não estou presente.” Há um ótimo exemplo a respeito do Sol e do brilho do Sol. O Sol, através de seu brilho, espalha-se por todo o universo, e todos os planetas repousam no brilho do Sol. Contudo, todos os planetas são diferentes do planeta Sol; ninguém pode dizer que, por repousarem no brilho do Sol, esses planetas também são o Sol. Analogamente, o ponto de vista impessoal, ou panteísta, de que tudo é Deus, não é uma proposta muito inteligente. A posição verdadeira, como o próprio Senhor a explica, é que, embora nada possa existir sem Ele, não é um fato que tudo seja Ele. Ele é diferente de tudo. Assim, aqui o Senhor também diz: “Tu verás que nada no mundo é diferente de Mim.” Isso significa que tudo deve ser considerado um produto da energia do Senhor e, por isso, tudo deve ser empregado a serviço do Senhor. Nossa energia deve ser utilizada para o nosso próprio interesse. Essa é a perfeição da energia.

Aquí se describe el sencillo proceso de autorrealización para todas las entidades vivientes. El primer principio a entender es que este mundo es producto de la voluntad suprema. Hay una identidad entre el mundo y el Señor Supremo. Los impersonalistas tergiversan esa identidad: dicen que la Verdad Absoluta Suprema pierde Su existencia separada al transformarse en el universo. De este modo, piensan que el Señor es el mundo y todo lo que hay en él. Esa idea de los impersonalistas es panteísmo, pues consideran que todo es el Señor. Pero los devotos personales del Señor lo consideran todo como propiedad del Señor Supremo. Cualquier cosa, todo lo que vemos, es la manifestación del Señor Supremo; por esa razón, todo debe ocuparse en el servicio del Señor. Eso es unidad. La diferencia entre el impersonalista y el personalista es que el impersonalista no acepta la existencia separada del Señor, pero el personalista acepta al Señor; entiende que el Señor, aunque Se distribuye de muchas maneras, tiene Su existencia personal separada. Esto se explica en el Bhagavad-gītā: «Yo Me extiendo por todo el universo en Mi forma impersonal. Todo reposa en Mí, pero Yo no estoy presente». Con respecto a esto es muy ilustrativo el ejemplo del Sol y la luz del Sol. El Sol se extiende por todo el universo mediante su luz, y todos los planetas reposan en esa luz del Sol. Pero los planetas son todos diferentes del planeta Sol; aunque reposen en la luz del Sol, no se puede decir que también los planetas son el Sol. Tampoco es muy inteligente el supuesto panteísta o impersonal de que todo es Dios. La postura correcta, que el propio Señor explica, es que nada puede existir sin Él y, a pesar de ello, no es cierto que todo es Él. Él es distinto de todo. Además, aquí el Señor dice también: «Tú verás todo lo que hay en el mundo como no diferente de Mí». Esto quiere decir que todo debe ser considerado un producto de la energía del Señor y que, por lo tanto, todo debe emplearse para servir al Señor. Cada uno debe utilizar su energía en su propio interés. Esa es la perfección de la energía.

Essa energia poderá ser utilizada para o nosso verdadeiro interesse se formos compassivos. Uma pessoa em consciência de Kṛṣṇa, devota do Senhor, é sempre compassiva. Ela não se contenta de ser devota sozinha, senão que tenta distribuir o conhecimento do serviço devocional para todos. Muitos devotos do Senhor enfrentaram muitos riscos na difusão do serviço devocional ao Senhor entre as pessoas em geral. É preciso fazer isso.

Para utilizar verdaderamente esa energía en nuestro propio provecho, debemos ser compasivos. La persona consciente de Kṛṣṇa, el devoto del Señor, siempre es compasivo. No está satisfecho con ser devoto solamente él, y trata de difundir el conocimiento del servicio devocional entre todos. Muchos devotos del Señor han tenido que correr muchos riesgos para difundir el servicio devocional del Señor entre la gente. Eso es lo que hay que hacer.

Também se diz que uma pessoa que vai ao templo do Senhor e O adora com muita devoção, mas que não demonstra simpatia pelas pessoas em geral nem respeita os outros devotos, é considerada um devoto de terceira classe. O devoto de segunda classe é aquele que é misericordioso e compassivo com as almas caídas. O devoto de segunda classe é sempre consciente de sua posição como servo eterno do Senhor; portanto, ele faz amizade com os devotos do Senhor, age compassivamente com o público em geral, ensinando-lhes o serviço devocional, e nega-se a cooperar ou associar-se com não-devotos. Enquanto uma pessoa não seja compassiva com as pessoas em geral em seu serviço devocional ao Senhor, ela é um devoto de terceira classe. O devoto de primeira classe garante a todos os seres vivos que não há por que temer esta existência material: “Vivamos em consciência de Kṛṣṇa e conquistemos a ignorância da existência material.”

Se dice también que una persona que va al templo y adora al Señor con gran devoción, pero no manifiesta piedad por la gente ni respeta a los demás devotos, está en la categoría de devoto de tercera clase. El devoto de segunda clase es aquel que es misericordioso y compasivo con las almas caídas. Ese devoto siempre es consciente de su posición como sirviente eterno del Señor; por lo tanto, hace amistad con los devotos del Señor, muestra compasión por la gente en general, enseñándoles el servicio devocional, y se niega a cooperar o relacionarse con los no devotos. Mientras no muestre compasión por la gente en su servicio de devoción al Señor, será un devoto de tercera clase. El devoto de primera clase da a todos los seres vivientes la seguridad de que no hay nada que temer en esta existencia material: «Vivamos conscientes de Kṛṣṇa y conquistemos la ignorancia de la existencia material».

Aqui se indica que o Senhor orientou Kardama Muni a que fosse muito compassivo e liberal em sua vida familiar e desse segurança às pessoas em sua vida renunciada. O sannyāsī, aquele que está na ordem de vida renunciada, destina-se a proporcionar a iluminação às pessoas. Ele deve viajar, indo de lar em lar para iluminar as pessoas. O chefe de família, pelo feitiço de māyā, absorve-se em afazeres familiares e se esquece de sua relação com Kṛṣṇa. Se ele morre no esquecimento, como os cães e os gatos, então arruína sua vida. É dever do sannyāsī, portanto, sair a acordar as almas esquecidas, esclarecendo-as sobre sua relação eterna com o Senhor e ocupando-as em serviço devocional. O devoto deve mostrar misericórdia para com as almas caídas e também lhes dar a garantia do destemor. Assim que alguém se torna devoto do Senhor, fica convencido de que o Senhor o protege. Se o próprio medo teme o Senhor, o que o devoto tem a ver com o temor?

Aquí se indica que Kardama Muni recibió del Señor las instrucciones de ser muy compasivo y liberal en su vida familiar, y de dar seguridad a la gente en su vida de renuncia. El sannyāsī, aquel que está en la orden de vida de renuncia, tiene la misión de iluminar a la gente; para hacerlo, debe viajar, yendo de casa en casa. El jefe de familia, bajo el hechizo de māyā, está absorto en asuntos familiares y olvida su relación con Kṛṣṇa. Si muere en esa condición de olvido, como los gatos y los perros, su vida habrá sido inútil. Por lo tanto, el sannyāsī tiene el deber de ir y despertar a las olvidadizas almas, iluminándolas acerca de su relación eterna con el Señor, y ocuparlas en servicio devocional. El devoto debe ser misericordioso con las almas caídas, y también debe liberarlas del temor dándoles seguridad. Cuando alguien se vuelve devoto del Señor, inmediatamente se convence de que el Señor le protege. El Temor en persona teme al Señor; ¿cómo puede afectar entonces al devoto?

Conceder destemor ao homem comum é o maior ato de caridade. O sannyāsī, ou aquele que está na ordem de vida renunciada, deve perambular de porta em porta, de vila em vila, de cidade em cidade e de país em país, por todo o mundo, na medida em que seja capaz de viajar e esclarecer os chefes de família sobre a consciência de Kṛṣṇa. Quem é chefe de família, mas é iniciado por um sannyāsī, tem o dever de propagar a consciência de Kṛṣṇa em casa; na medida do possível, ele deve convidar seus amigos e vizinhos a sua casa e dar aulas sobre a consciência de Kṛṣṇa. Dar aula significa cantar o santo nome de Kṛṣṇa e falar com base na Bhagavad-gītā ou no Śrīmad-Bhāgavatam. Há uma imensidão de literaturas próprias para espalhar a consciência de Kṛṣṇa, e é dever de todo chefe de família aprender sobre Kṛṣṇa com seu mestre espiritual sannyāsī. Há uma divisão de trabalho no serviço ao Senhor. O dever do chefe de família é ganhar dinheiro porque o sannyāsī não se destina a ganhar dinheiro, senão que é inteiramente dependente do chefe de família. O chefe de família deve ganhar dinheiro fazendo negócios ou através de sua profissão e gastar pelo menos cinquenta por cento de sua renda na difusão da consciência de Kṛṣṇa; vinte e cinco por cento ele pode gastar com sua família, e vinte e cinco por cento deve poupar para enfrentar emergências. Esse exemplo foi dado por Rūpa Gosvāmī, de modo que os devotos devem segui-lo.

Liberar del temor a los hombres comunes es el mayor acto de caridad. El sannyāsī, aquel que está en la orden de vida de renuncia, debe ir vagando de puerta en puerta, de pueblo en pueblo, de ciudad en ciudad, y de país en país, por todo el mundo, viajando lo más lejos que pueda, iluminando a los jefes de familia en el proceso de conciencia de Kṛṣṇa. La persona casada que ha sido iniciada por un sannyāsī tiene el deber de propagar el proceso de conciencia de Kṛṣṇa desde su hogar; en la medida de lo posible, debe invitar a su casa a sus amigos y vecinos, y organizar clases acerca del proceso de conciencia de Kṛṣṇa. Organizar una clase significa cantar el santo nombre de Kṛṣṇa y hablar del Bhagavad-gītā o del Śrīmad-Bhāgavatam. Hay una enorme cantidad de obras literarias para la difusión del proceso de conciencia de Kṛṣṇa, y todo jefe de familia tiene la obligación de aprender acerca de Kṛṣṇa de labios de su maestro espiritual sannyāsī. En el servicio del Señor hay una división del trabajo. El deber del casado es ganar dinero, pues el sannyāsī no debe ganar dinero, sino depender por completo de los jefes de familia. El casado debe ganar dinero haciendo negocios o con su profesión, y debe gastar como mínimo un cincuenta por ciento de sus ingresos en propagar el movimiento para la conciencia de Kṛṣṇa; puede gastar un veinticinco por ciento en su familia, y el veinticinco por ciento restante debe ahorrarlo para posibles emergencias. Rūpa Gosvāmī dio ejemplo de esto, de modo que los devotos deben seguirlo.

Na realidade, ser uno com o Senhor Supremo significa ser uno com o interesse do Senhor. Tornar-se uno com o Senhor Supremo não implica em tornar-se tão grande como o Senhor Supremo. Isso é impossível. A parte nunca é igual ao todo. A entidade viva será sempre uma parte diminuta. Portanto, sua unidade com o Senhor consiste em seu interesse pelo interesse do Senhor. O Senhor quer que toda entidade viva pense sempre nEle, seja Seu devoto e sempre O adore. Afirma-se isto claramente na Bhagavad-gītā: man-manā bhava mad-bhaktaḥ. Kṛṣṇa quer que todos pensem sempre nEle. Essa é a vontade do Senhor Supremo, e os devotos devem tentar satisfazer Seu desejo. Uma vez que o Senhor é ilimitado, Seu desejo também é ilimitado. Não há interrupção, daí o serviço do devoto também ser ilimitado. No mundo transcendental, há competição ilimitada entre o Senhor e o servo. O Senhor deseja satisfazer Seus desejos ilimitadamente, e o devoto também O serve a fim de satisfazer Seus ilimitados desejos. Há uma ilimitada unidade de interesse entre o Senhor e Seu devoto.

En realidad, ser uno con el Señor Supremo significa ser uno con el interés del Señor. Llegar a ser uno con el Señor Supremo no implica volverse tan grande como Él. Eso es imposible. La parte nunca es igual al todo. La entidad viviente siempre es una parte minúscula. Por lo tanto, su unidad con el Señor consiste en que tiene el mismo interés que el Señor. El Señor quiere que toda entidad viviente piense siempre en Él, sea Su devota y Le adore siempre. Esto se afirma claramente en el Bhagavad-gītā: man-manā bhava mad-bhaktaḥ. Kṛṣṇa quiere que todos piensen en Él siempre. Todos deben ofrecer reverencias a Kṛṣṇa siempre. Esa es la voluntad del Señor Supremo, y los devotos deben tratar de satisfacer Su deseo. Como el Señor es ilimitado, Su deseo también es ilimitado. No conoce barreras y, por lo tanto, el servicio del devoto también es ilimitado. En el mundo trascendental hay una competición ilimitada entre el Señor y el servidor: el Señor quiere satisfacer Sus deseos ilimitadamente, y el devoto también Le sirve para satisfacer Sus ilimitados deseos. La unidad entre los intereses del Señor y del devoto es ilimitada.