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ŚB 9.18.20-21

Texto

taṁ vīram āhauśanasī
prema-nirbharayā girā
rājaṁs tvayā gṛhīto me
pāṇiḥ para-purañjaya
hasta-grāho ’paro mā bhūd
gṛhītāyās tvayā hi me
eṣa īśa-kṛto vīra
sambandho nau na pauruṣaḥ

Sinônimos

tam — a ele; vīram — Yayāti; āha — disse; auśanasī — a filha de Uśa­nā Kavi, Śukrācārya; prema-nirbharayā — saturadas de amor e bonda­de; girā — com essas palavras; rājan — ó rei; tvayā — por ti; gṛhītaḥ — aceita; me — minha; pāṇiḥ — mão; para-purañjaya — o conquistador dos reinos alheios; hasta-grāhaḥ — aquele que aceitou minha mão; aparaḥ — outro; — não possa; bhūt — tornar-se; gṛhītāyāḥ — aceita; tvayā — por ti; hi — na verdade; me — de mim; eṣaḥ — isto; īśa-kṛtaḥ — arranjo da providência; vīra — ó grande herói; sambandhaḥ — relação; nau — nossa; na — não; pauruṣaḥ — algo feito pelo homem.

Tradução

Com palavras saturadas de amor e afeição, Devayānī disse ao rei Yayāti: Ó grande herói, ó rei, conquistador das cidades dos teus ini­migos, aceitando minha mão, aceitaste-me como tua esposa. Não deixes que nenhuma outra pessoa me toque, pois nossa relação como esposo e esposa é arranjo da providência, e não de algum ser humano.

Comentário

SIGNIFICADO—Enquanto retirava Devayānī do poço, o rei Yayāti na certa deve ter apreciado sua beleza juvenil e, portanto, talvez lhe tenha pergun­tado a que casta ela pertencia. Assim, Devayānī teria imediatamente respondido: “Já nos casamos porque aceitaste minha mão.” Unir as mãos da noiva e do noivo é um sistema que existe perpetuamente em todas as sociedades. Por conseguinte, logo que Yayāti aceitou a mão de Devayānī, eles poderiam ser considerados casados. Como estava enamorada do herói Yayāti, Devayānī pediu-lhe que não mu­dasse de ideia, nem deixasse que outrem viesse casar-se com ela.