Skip to main content

ŚB 3.22.14

Texto

ahaṁ tvāśṛṇavaṁ vidvan
vivāhārthaṁ samudyatam
atas tvam upakurvāṇaḥ
prattāṁ pratigṛhāṇa me

Sinônimos

aham — eu; tvā — tu; aśṛṇavam — ouvi; vidvan — ó sábio; vivāha-artham — para o matrimônio; samudyatam — disposto; ataḥ — por isso; tvam — tu; upakurvāṇaḥ — não fizeste o voto de celibato perpétuo; prattām — oferecida; pratigṛhāṇa — por favor, aceita; me — de mim.

Tradução

Svāyambhuva Manu continuou: Ó sábio, disseram-me que estavas disposto a casar-te. Já que estou te oferecendo a mão dela e já que não fizeste o voto de celibato perpétuo, por favor, aceita-a.

Comentário

Brahmacarya fundamenta-se no princípio do celibato. Há dois tipos de brahmacārīs. Um se chama naiṣṭhika-brahmacārī, que significa aquele que faz voto de celibato por toda a sua vida, ao passo que o outro, o upakurvāṇa-brahmacārī, é o brahmacārī que faz voto de celibato até certa idade. Por exemplo, ele pode fazer o voto de permanecer celibatário até os vinte e cinco anos de idade; depois, com a permissão de seu mestre espiritual, ele aceita a vida familiar. Brahmacarya é a vida de estudante, o começo da vida nas ordens espirituais, e brahmacarya fundamenta-se no princípio do celibato. Somente o chefe de família pode permitir-se o gozo dos sentidos, ou a vida sexual, e não o brahmacārī. Svāyambhuva Manu pediu a Kardama Muni que aceitasse sua filha, já que Kardama não fizera voto de naiṣṭhika-brahmacarya. Ele desejava casar-se e foi-lhe oferecida a digna filha de uma elevada família real.