Skip to main content

Texts 38-39

VERSOS 38-39

Devanagari

Devanagari

यस्मिन् भगवतो नेत्रान्न्यपतन्नश्रुबिन्दव: ।
कृपया सम्परीतस्य प्रपन्नेऽर्पितया भृशम् ॥ ३८ ॥
तद्वै बिन्दुसरो नाम सरस्वत्या परिप्लुतम् ।
पुण्यं शिवामृतजलं महर्षिगणसेवितम् ॥ ३९ ॥

Text

Texto

yasmin bhagavato netrān
nyapatann aśru-bindavaḥ
kṛpayā samparītasya
prapanne ’rpitayā bhṛśam
yasmin bhagavato netrān
nyapatann aśru-bindavaḥ
kṛpayā samparītasya
prapanne ’rpitayā bhṛśam
tad vai bindusaro nāma
sarasvatyā pariplutam
puṇyaṁ śivāmṛta-jalaṁ
maharṣi-gaṇa-sevitam
tad vai bindusaro nāma
sarasvatyā pariplutam
puṇyaṁ śivāmṛta-jalaṁ
maharṣi-gaṇa-sevitam

Synonyms

Sinônimos

yasmin — in which; bhagavataḥ — of the Lord; netrāt — from the eye; nyapatan — fell down; aśru-bindavaḥ — teardrops; kṛpayā — by compassion; samparītasya — who was overwhelmed; prapanne — on the surrendered soul (Kardama); arpitayā — placed upon; bhṛśam — extremely; tat — that; vai — indeed; bindu-saraḥ — lake of tears; nāma — called; sarasvatyā — by the river Sarasvatī; pariplutam — overflowed; puṇyam — holy; śiva — auspicious; amṛta — nectar; jalam — water; mahā-ṛṣi — of great sages; gaṇa — by hosts; sevitam — served.

yasmin — no qual; bhagavataḥ — do Senhor; netrāt — do olho; nyapatan — caíram; aśru-bindavaḥ — gotas de lágrimas; kṛpayā — por compaixão; samparītasya — que estava dominado; prapanne — pela alma rendida (Kardama); arpitayā — depositada em; bhṛśam — extremamente; tat — isto; vai — na verdade; bindu-saraḥ — lago de lágrimas; nāma — chamado; sarasvatyā — pelo rio Sarasvatī; pariplutam — inundado; puṇyam — santa; śiva — auspiciosa; amṛta — néctar; jalam — água; mahā-ṛṣi — de grandes sábios; gaṇa — por hostes; sevitam — servido.

Translation

Tradução

The holy Lake Bindu-sarovara, flooded by the waters of the river Sarasvatī, was resorted to by hosts of eminent sages. Its holy water was not only auspicious but as sweet as nectar. It was called Bindu-sarovara because drops of tears had fallen there from the eyes of the Lord, who was overwhelmed by extreme compassion for the sage who had sought His protection.

O lago sagrado Bindu-sarovara, inundado pelas águas do rio Sarasvatī, era frequentado por hostes de sábios eminentes. Sua água santa não era somente auspiciosa, mas também doce como néctar. Chamava-se Bindu-sarovara porque ali haviam caído gotas de lágrimas dos olhos do Senhor, que estava dominado por extrema compaixão pelo sábio que buscara Sua proteção.

Purport

Comentário

Kardama underwent austerities to gain the causeless mercy of the Lord, and when the Lord arrived there He was so compassionate that in pleasure He shed tears, which became Bindu-sarovara. Bindu-sarovara is therefore worshiped by great sages and learned scholars because, according to the philosophy of the Absolute Truth, the Lord and the tears from His eyes are not different. Just as drops of perspiration which fell from the toe of the Lord became the sacred Ganges, so teardrops from the transcendental eyes of the Lord became Bindu-sarovara. Both are transcendental entities and are worshiped by great sages and scholars. The water of Bindu-sarovara is described here as śivāmṛta jala. Śiva means “curing.” Anyone who drinks the water of Bindu-sarovara is cured of all material diseases; similarly, anyone who takes his bath in the Ganges also is relieved of all material diseases. These claims are accepted by great scholars and authorities and are still being acted upon even in this fallen Age of Kali.

Kardama submeteu-se a austeridades para conquistar a misericórdia imotivada do Senhor, e, ao chegar ali, o Senhor encheu-Se de tamanha compaixão que verteu lágrimas de prazer, que se converteram no Bindu-sarovara. Por isso, o Bindu-sarovara é adorado por grandes sábios e estudiosos eruditos porque, segundo a filosofia da Verdade Absoluta, o Senhor não é diferente das lágrimas de Seus olhos. Assim como as gotas de transpiração que caíram do dedão dos pés de lótus do Senhor converteram-se no sagrado Ganges, da mesma forma, as gotas de lágrimas dos olhos transcendentais do Senhor converteram-se no Bindu-sarovara. Ambos são entidades transcendentais que são adoradas por grandes sábios e eruditos. Aqui se descreve a água do Bindu-sarovara como śivāmṛta jala. Śiva significa “que cura”. Qualquer pessoa que beba a água do Bindu-sarovara cura-se de todas as doenças materiais; analogamente, qualquer pessoa que se banhe no Ganges alivia-se também de todas as doenças materiais. Essas afirmações são aceitas por grandes eruditos e autoridades e ainda estão em vigor mesmo nesta caída era de Kali.