Skip to main content

Text 36

VERSO 36

Devanagari

Devanagari

यजमान्युवाच
स्वागतं ते प्रसीदेश तुभ्यं नम:
श्रीनिवास श्रिया कान्तया त्राहि न: ।
त्वामृतेऽधीश नाङ्गैर्मख: शोभते
शीर्षहीन: कबन्धो यथा पुरुष: ॥ ३६ ॥

Text

Texto

yajamāny uvāca
svāgataṁ te prasīdeśa tubhyaṁ namaḥ
śrīnivāsa śriyā kāntayā trāhi naḥ
tvām ṛte ’dhīśa nāṅgair makhaḥ śobhate
śīrṣa-hīnaḥ ka-bandho yathā puruṣaḥ
yajamāny uvāca
svāgataṁ te prasīdeśa tubhyaṁ namaḥ
śrīnivāsa śriyā kāntayā trāhi naḥ
tvām ṛte ’dhīśa nāṅgair makhaḥ śobhate
śīrṣa-hīnaḥ ka-bandho yathā puruṣaḥ

Synonyms

Sinônimos

yajamānī — the wife of Dakṣa; uvāca — prayed; su-āgatam — auspicious appearance; te — Your; prasīda — become pleased; īśa — my dear Lord; tubhyam — unto You; namaḥ — respectful obeisances; śrīnivāsa — O abode of the goddess of fortune; śriyā — with Lakṣmī; kāntayā — Your wife; trāhi — protect; naḥ — us; tvām — You; ṛte — without; adhīśa — O supreme controller; na — not; aṅgaiḥ — with bodily limbs; makhaḥ — the sacrificial arena; śobhate — is beautiful; śīrṣa-hīnaḥ — without the head; ka-bandhaḥ — possessed of only a body; yathā — as; puruṣaḥ — a person.

yajamānī — a esposa de Dakṣa; uvāca — orou; su-āgatam — aparecimento auspicioso; te — Vosso; prasīda — ficai satisfeito; īśa — meu querido Senhor; tubhyam — a Vós; namaḥ — respeitosas reverências; śrīnivāsa — ó morada da deusa da fortuna; śriyā — com Lakṣmi; kāntayā — Vossa esposa; trāhi — protegei; naḥ — a nós; tvām — Vós; ṛte — sem; adhīśa — ó controlador supremo; na — não; aṅgaiḥ — com os membros do corpo; makhaḥ — a arena de sacrifício; śobhate — é bela; śīrṣa- hīnaḥ — sem a cabeça; ka-bandhaḥ — que possui somente um corpo; yathā — como; puruṣaḥ — uma pessoa.

Translation

Tradução

The wife of Dakṣa prayed as follows: My dear Lord, it is very fortunate that You have appeared in this arena of sacrifice. I offer my respectful obeisances unto You, and I request that You be pleased on this occasion. The sacrificial arena is not beautiful without You, just as a body is not beautiful without the head.

A esposa de Dakṣa orou da seguinte maneira: Meu querido Senhor, é uma imensa fortuna que tenhais aparecido nesta arena de sacrifício. Ofereço-Vos minhas respeitosas reverências e peço-Vos que fiqueis satisfeito nesta ocasião. A arena de sacrifício não é bela sem Vós, assim como um corpo não é belo sem a cabeça.

Purport

Comentário

Another name of Lord Viṣṇu is Yajñeśvara. In Bhagavad-gītā it is said that all activities should be performed as viṣṇu-yajña, for the pleasure of Lord Viṣṇu. Unless we please Him, whatever we do is the cause of our bondage in the material world. This is confirmed herein by the wife of Dakṣa: “Without Your presence, the grandeur of this sacrificial ceremony is useless, just as a body without the head, however decorated it may be, is useless.” The comparison is equally applicable to the social body. Material civilization is very proud of being advanced, but it is actually the useless trunk of a body without a head. Without Kṛṣṇa consciousness, without an understanding of Viṣṇu, the Supreme Personality of Godhead, any advancement in a civilization, no matter how sophisticated, is of no value. There is a statement in the Hari-bhakti-sudhodaya (3.11):

SIGNIFICADO—Outro nome do Senhor Viṣṇu é Yajñeśvara. Na Bhagavad-gītā, afirma-se que todas as atividades devem executar-se como viṣṇu-yajña, para o prazer do Senhor Viṣṇu. A menos que O satisfaçamos, tudo o que fizermos será causa de nosso cativeiro no mundo material. A esposa de Dakṣa confirma isso aqui: “Sem Vossa presença, a grandeza desta cerimônia sacrificatória é inútil, assim como um corpo sem a cabeça, por mais decorado que esteja, é inútil.” A comparação é igualmente aplicável ao corpo social. A civilização material se orgulha muito de ser avançada, mas, na verdade, é o tronco inútil de um corpo sem cabeça. Sem consciência de Kṛṣṇa, sem um entendimento de Viṣṇu, a Suprema Personalidade de Deus, qualquer avanço numa civilização, não importa quão sofisticado seja, não tem valor algum. Encontramos a seguinte afirmação no Hari-bhakti-sudhodaya (3.11):

bhagavad-bhakti-hīnasya
jātiḥ śāstraṁ japas tapaḥ
aprāṇasyaiva dehasya
maṇḍanaṁ loka-rañjanam
bhagavad-bhakti-hīnasya
jātiḥ śāstraṁ japas tapaḥ
aprāṇasyaiva dehasya
maṇḍanaṁ loka-rañjanam

The purport is that sometimes when a friend or relative dies, especially among lower-class men, the dead body is decorated. Dressed and ornamented, the body is taken in procession. That sort of decoration of the dead body has no actual value because the life force is already gone. Similarly, without Kṛṣṇa consciousness, any aristocracy, any social prestige or any advancement of material civilization is as good as the decoration of a dead body. The name of the wife of Dakṣa was Prasūti, and she was the daughter of Svāyambhuva Manu. Her sister, Devahūti, was married to Kardama Muni, and Kapiladeva, the Personality of Godhead, became her son. Prasūti, then, was the aunt of Lord Viṣṇu. She was asking the favor of Lord Viṣṇu in an affectionate mode; since she was His aunt, she sought some special favor. Also significant in this verse is that the Lord is praised with the goddess of fortune. Wherever Lord Viṣṇu is worshiped, naturally there is the favor of the goddess of fortune. Lord Viṣṇu is addressed as amṛta, transcendental. The demigods, including Brahmā and Lord Śiva, were produced after the creation, but Lord Viṣṇu existed before the creation. He is therefore addressed as amṛta. Lord Viṣṇu is worshiped with His internal energy by the Vaiṣṇavas. Prasūti, the wife of Dakṣa, implored the Lord to turn the priests into Vaiṣṇavas instead of simply fruitive workers performing sacrifices for some material benefits.

Isto quer dizer que, às vezes, quando um amigo ou parente morre, especialmente entre homens de classe inferior, o corpo morto é enfeitado. Vestido e adornado, o corpo é levado em procissão. Esse tipo de decoração do cadáver não tem valor real porque a força viva já se foi. De modo semelhante, qualquer aristocracia, qualquer prestígio social ou qualquer avanço de civilização material sem consciência de Kṛṣṇa não valem mais do que a decoração de um corpo morto. A esposa de Dakṣa chamava-se Prasūti, e era filha de Svāyambhuva Manu. Sua irmã, Devahūti, casara-se com Kardama Muni, e Kapiladeva, a Personalidade de Deus, tornara-Se seu filho. Prasūti, então, era tia do Senhor Viṣṇu. Ela pediu o favor do Senhor Viṣṇu de maneira afetuosa; uma vez que era tia dEle, ela buscava um favor especial. Outro pormenor significativo deste verso é que o Senhor é louvado com a deusa da fortuna. Sempre que se adora o Senhor Viṣṇu, naturalmente consegue-se o favor da deusa da fortuna. O Senhor Viṣṇu é chamado de amṛta, transcendental. Os semideuses, incluindo Brahmā e o senhor Śiva, foram produzidos após a criação, mas o Senhor Viṣṇu existia antes da criação. Portanto, Ele é chamado de amṛta. O Senhor Viṣṇu é adorado com Sua energia interna pelos vaiṣṇavas. Prasūti, a esposa de Dakṣa, implorou ao Senhor que transformasse os sacerdotes em vaiṣṇavas ao invés de simples trabalhadores fruitivos que executam sacrifícios em troca de benefícios materiais.