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VERSO 2

Text 2

Texto

Text

dīkṣitā brahma-satreṇa
sarva-bhūtātma-medhasā
pratīcyāṁ diśi velāyāṁ
siddho ’bhūd yatra jājaliḥ
dīkṣitā brahma-satreṇa
sarva-bhūtātma-medhasā
pratīcyāṁ diśi velāyāṁ
siddho ’bhūd yatra jājaliḥ

Sinônimos

Synonyms

dīkṣitāḥ — estando determinados; brahma-satreṇa — entendendo o Espírito Supremo; sarva — todas; bhūta — entidades vivas; ātma­-medhasā — considerando como o próprio eu; pratīcyām — na oci­dental; diśi — direção; velāyām — na praia; siddhaḥ — perfeitos; abhūt — tornaram-se; yatra — onde; jājaliḥ — o grande sábio Jājali.

dīkṣitāḥ — being determined; brahma-satreṇa — by understanding of the Supreme Spirit; sarva — all; bhūta — living entities; ātma-medhasā — considering like one’s self; pratīcyām — in the western; diśi — direction; velāyām — on the seashore; siddhaḥ — perfect; abhūt — became; yatra — where; jājaliḥ — the great sage Jājali.

Tradução

Translation

Os Pracetās dirigiram-se à praia ocidental, onde morava Jājali, o grande sábio liberado. Após aperfeiçoarem o conhecimento espiritual através do qual alguém pode tornar-se equânime para com todas as entidades vivas, os Pracetās se tornaram perfeitos em cons­ciência de Kṛṣṇa.

The Pracetās went to the seashore in the west where the great liberated sage Jājali was residing. After perfecting the spiritual knowledge by which one becomes equal toward all living entities, the Pracetās became perfect in Kṛṣṇa consciousness.

Comentário

Purport

SIGNIFICADO—A palavra brahma-satra significa “cultivo de conhecimento espiritual”. Na verdade, tanto os Vedas quanto a austeridade rigorosa são conhecidos como brahma. Vedas tattvaṁ tapo brahma. Brahma também significa “a Verdade Absoluta”. Deve-se cultivar conhecimento da Verdade Absoluta, dedicando-se ao estudo dos Vedas e submetendo-se a rigorosas austeridades e penitências. Os Pracetās executaram devidamente essa função, em consequência do que se tornaram equânimes para com todas as entidades vivas. Como confirma a Bhagavad-gītā (18.54):

The word brahma-satra means “cultivation of spiritual knowledge.” Actually, both the Vedas and severe austerity are known as brahma (vedas tattvaṁ tapo brahma). Brahma also means “the Absolute Truth.” One has to cultivate knowledge of the Absolute Truth by pursuing studies in the Vedas and undergoing severe austerities and penances. The Pracetās properly executed this function and consequently became equal to all other living entities. As Bhagavad-gītā (18.54) confirms:

brahma-bhūtaḥ prasannātmā
na śocati na kāṅkṣati
samaḥ sarveṣu bhūteṣu
mad-bhaktiṁ labhate parām
brahma-bhūtaḥ prasannātmā
na śocati na kāṅkṣati
samaḥ sarveṣu bhūteṣu
mad-bhaktiṁ labhate parām

“Aquele que está situado nessa posição transcendental compreende de imediato o Brahman Supremo e torna-se completamente feliz. Ele nunca se lamenta nem deseja ter nada, e é equânime para com todas as entidades vivas. Nesse estado, ele passa a Me prestar serviço devocional puro.”

“One who is thus transcendentally situated at once realizes the Supreme Brahman and becomes fully joyful. He never laments or desires to have anything; he is equally disposed to every living entity. In that state he attains pure devotional service unto Me.”

Quem é de fato avançado espiritualmente não vê diferença entre uma entidade viva e outra. Alcança-se essa plataforma através da determinação. Com a expansão do conhecimento perfeito, deixa­mos de ver a cobertura externa da entidade viva. Vemos, isto sim, a alma espiritual dentro do corpo. Assim, não fazemos distinções entre um ser humano e um animal, um brāhmaṇa erudito e um caṇḍāla.

When one actually becomes spiritually advanced, he does not see the difference between one living entity and another. This platform is attained by determination. When perfect knowledge is expanded, one ceases to see the outward covering of the living entity. He sees, rather, the spirit soul within the body. Thus he does not make distinctions between a human being and an animal, a learned brāhmaṇa and a caṇḍāla:

vidyā-vinaya-sampanne
brāhmaṇe gavi hastini
śuni caiva śvapāke ca
paṇḍitāḥ sama-darśinaḥ
vidyā-vinaya-sampanne
brāhmaṇe gavi hastini
śuni caiva śvapāke ca
paṇḍitāḥ sama-darśinaḥ

“Os sábios humildes, em virtude do conhecimento verdadeiro, veem com uma visão equânime o brāhmaṇa erudito e cortês, a vaca, o elefante, o cachorro e o comedor de cachorro [pária].” (Bhagavad-gītā 5.18)

“The humble sage, by virtue of true knowledge, sees with equal vision a learned and gentle brāhmaṇa, a cow, an elephant, a dog and a dog-eater [outcaste].” (Bg. 5.18)

Uma pessoa erudita, apoiada em base espiritual, vê a todos com igualdade, e uma pessoa sábia, um devoto, quer que todos desenvolvam consciência de Kṛṣṇa. O lugar onde os Pracetās residiam era perfeito para executar atividades espirituais, visto que se indica que o grande sábio Jājali alcançou mukti (liberação) ali. Quem deseja a perfeição ou a liberação deve associar-se com uma pessoa que já é liberada. Isso se chama sādhu-saga, associar-se com um devoto perfeito.

A learned person sees everyone equally on a spiritual basis, and a learned person, a devotee, wants to see everyone developed in Kṛṣṇa consciousness. The place where the Pracetās were residing was perfect for executing spiritual activities, for it is indicated that the great sage Jājali attained mukti (liberation) there. One desiring perfection or liberation should associate with a person who is already liberated. This is called sādhu-saṅga, associating with a perfect devotee.