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ŚB 10.11.50

Texto

taṁ tālu-mūlaṁ pradahantam agnivad
gopāla-sūnuṁ pitaraṁ jagad-guroḥ
caccharda sadyo ’tiruṣākṣataṁ bakas
tuṇḍena hantuṁ punar abhyapadyata

Sinônimos

tam — Kṛṣṇa; tālu-mūlam — a raiz da garganta; pradahantam — queimando; agni-vat — como fogo; gopāla-sūnum — Kṛṣṇa, o filho de um vaqueiro; pitaram — o pai; jagat-guroḥ — do senhor Brahmā; cac­charda — saiu de sua boca; sadyaḥ — imediatamente; ati-ruṣā — com muita ira; akṣatam — ileso; bakaḥ — Bakāsura; tuṇḍena — com seu bico afiado; hantum — matar; punaḥ — novamente; abhyapadyata — empenhou-se em.

Tradução

Kṛṣṇa, que era o pai do senhor Brahmā, mas agia como filho de um vaqueiro, tornou-Se como o fogo, queimando o interior da gar­ganta do demônio, e o demônio Bakāsura imediatamente O expeliu. Ao ver que Kṛṣṇa, embora tendo sido engolido, não estava machu­cado, o demônio logo voltou a atacar Kṛṣṇa com seu bico afiado.

Comentário

SIGNIFICADO—Embora Kṛṣṇa sempre seja tão suave como um lótus, Ele criou dentro da garganta de Bakāsura a sensação de que era mais quente do que o fogo. Embora todo o corpo de Kṛṣṇa seja mais doce do que o açúcar-cande, Bakāsura sentiu um gosto amargo, motivo pelo qual vomitou Kṛṣṇa imediatamente. Como se afirma na Bhagavad-gītā (4.11), ye yathā māṁ prapadyante tāṁs tathaiva bhajāmy aham. Quando Kṛṣṇa é aceito como um inimigo, Ele Se torna o objeto mais intolerável para o não-devoto, que não pode suportar Kṛṣṇa nem dentro nem fora. Vemos isso aqui, no exemplo de Bakāsura.