Skip to main content

Text 16

VERSO 16

Devanagari

Devanagari

काम: स भूयान्नरदेव तेऽस्या:
पुत्र्या: समाम्नायविधौ प्रतीत: ।
क एव ते तनयां नाद्रियेत
स्वयैव कान्त्या क्षिपतीमिव श्रियम् ॥ १६ ॥

Text

Texto

kāmaḥ sa bhūyān naradeva te ’syāḥ
putryāḥ samāmnāya-vidhau pratītaḥ
ka eva te tanayāṁ nādriyeta
svayaiva kāntyā kṣipatīm iva śriyam
kāmaḥ sa bhūyān naradeva te ’syāḥ
putryāḥ samāmnāya-vidhau pratītaḥ
ka eva te tanayāṁ nādriyeta
svayaiva kāntyā kṣipatīm iva śriyam

Synonyms

Sinônimos

kāmaḥ — desire; saḥ — that; bhūyāt — let it be fulfilled; nara-deva — O King; te — your; asyāḥ — this; putryāḥ — of the daughter; samāmnāya-vidhau — in the process of the Vedic scriptures; pratītaḥ — recognized; kaḥ — who; eva — in fact; te — your; tanayām — daughter; na ādriyeta — would not adore; svayā — by her own; eva — alone; kāntyā — bodily luster; kṣipatīm — excelling; iva — as if; śriyam — ornaments.

kāmaḥ — desejo; saḥ — este; bhūyāt — que seja satisfeito; nara-deva — ó rei; te — tua; asyāḥ — esta; putryāḥ — da filha; samāmnāya-vidhau — no processo das escrituras védicas; pratītaḥ — reconhecido; kaḥ — quem; eva — de fato; te — tua; tanayām — filha; na ādriyeta — não adoraria; svayā — por seu próprio; eva — somente; kāntyā — brilho corpóreo; kṣipatīm — superando; iva — como se; śriyam — adornos.

Translation

Tradução

Let your daughter’s desire for marriage, which is recognized in the Vedic scriptures, be fulfilled. Who would not accept her hand? She is so beautiful that by her bodily luster alone she excels the beauty of her ornaments.

Que o desejo de casamento de tua filha, que é reconhecido nas escrituras védicas, seja satisfeito. Quem não aceitaria sua mão? Ela é tão bela que o brilho de seu corpo é suficiente para superar a beleza de seus adornos.

Purport

Comentário

Kardama Muni wanted to marry Devahūti in the recognized manner of marriage prescribed in the scriptures. As stated in the Vedic scriptures, the first-class process is to call the bridegroom to the home of the bride and hand her to him in charity with a dowry of necessary ornaments, gold, furniture and other household paraphernalia. This form of marriage is prevalent among higher-class Hindus even today and is declared in the śāstras to confer great religious merit on the bride’s father. To give a daughter in charity to a suitable son-in-law is considered to be one of the pious activities of a householder. There are eight forms of marriage mentioned in the scripture Manu-smṛti, but only one process of marriage, brāhma or rājasika marriage, is now current. Other kinds of marriage — by love, by exchange of garlands or by kidnapping the bride — are now forbidden in this Kali age. Formerly, at their pleasure kṣatriyas would kidnap a princess from another royal house and there would be a fight between the kṣatriya and the girl’s family; then, if the kidnapper was the winner, the girl would be offered to him for marriage. Even Kṛṣṇa married Rukmiṇī by that process, and some of His sons and grandsons also married by kidnapping. Kṛṣṇa’s grandsons kidnapped Duryodhana’s daughter, which caused a fight between the Kuru and Yadu families. Afterward, an adjustment was made by the elderly members of the Kuru family. Such marriages were current in bygone ages, but at the present moment they are impossible because the strict principles of kṣatriya life have practically been abolished. Since India has become dependent on foreign countries, the particular influences of her social orders have been lost; now, according to the scriptures, everyone is a śūdra. The so-called brāhmaṇas, kṣatriyas and vaiśyas have forgotten their traditional activities, and in the absence of these activities they are called śūdras. It is said in the scriptures, kalau śūdra-sambhavaḥ. In the Age of Kali everyone will be like śūdras. The traditional social customs are not followed in this age, although formerly they were followed strictly.

Kardama Muni desejava desposar Devahūti da maneira reconhecida de matrimônio prescrita nas escrituras. Como se afirma nas escrituras védicas, o processo de primeira classe é convidar o noivo à casa da noiva e dar-lhe sua mão em caridade, junto com um dote de adornos, ouro, mobília e outras parafernálias domésticas necessárias. Essa forma de matrimônio prevalece entre hindus de classe superior ainda hoje, e, nos śāstras, declara-se que tal casamento confere grande mérito religioso ao pai da noiva. Dar a filha em caridade a um genro adequado é considerada uma das atividades piedosas do chefe de família. Há oito formas de matrimônio mencionadas na escritura Manu-smṛti, mas somente um processo de casamento, o casamento brāhma ou rājasika, é aceito hoje em dia. Outros tipos de casamento – por amor, por troca de guirlandas ou por rapto da noiva – são proibidos nesta era de Kali. Antigamente, os kṣatriyas costumavam, a seu bel-prazer, raptar uma princesa de outro lar real, e por isso havia luta entre o kṣatriya e a família da moça; então, se o raptor saía vitorioso, a moça lhe era oferecida em casamento. Até Kṛṣṇa Se casou com Rukmiṇī através deste processo, e alguns de Seus filhos e netos também se casaram através do rapto. Os netos de Kṛṣṇa raptaram a filha de Duryodhana, o que provocou uma luta entre as famílias Kuru e Yadu. Depois disso, os membros mais velhos da família Kuru celebraram um acordo. Esses casamentos eram comuns em eras passadas, mas são impossíveis na atualidade porque os princípios estritos da vida de kṣatriya foram praticamente abolidos. Desde que a Índia se tornou dependente de países estrangeiros, as influências específicas de suas ordens sociais se perderam; agora, de acordo com as escrituras, todos são śūdras. Os supostos brāhmaṇas, kṣatriyas e vaiśyas se esqueceram de suas atividades tradicionais, e, devido à ausência dessas atividades, eles são chamados de śūdras. As escrituras dizem que kalau śūdra-sambhavaḥ. Na era de Kali, todos serão como śūdras. Os tradicionais costumes sociais não são seguidos nesta era, embora, no passado, fossem seguidos estritamente.