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ŚB 6.11.18

Texto

atho hare me kuliśena vīra
hartā pramathyaiva śiro yadīha
tatrānṛṇo bhūta-baliṁ vidhāya
manasvināṁ pāda-rajaḥ prapatsye

Sinônimos

atho — caso contrário; hare — ó rei Indra; me — de mim; kuliśena — com teu raio; vīra — ó grande herói; hartā — decepares; pramathya — destruindo meu exército; eva — decerto; śiraḥ — cabeça; yadi — se; iha — nesta batalha; tatra — neste caso; anṛṇaḥ — livre de minhas dí­vidas contraídas neste mundo material; bhūta-balim — um presente para todas as entidades vivas; vidhāya — arranjando; manasvinām — de grandes sábios, como Nārada Muni; pāda-rajaḥ — a poeira dos pés de lótus; prapatsye — alcançarei.

Tradução

Mas se, nesta batalha, decepares minha cabeça com teu raio e ma­tares meus soldados, ó Indra, ó grande herói, sentirei imenso prazer em oferecer o meu corpo às outras entidades vivas [tais como os chacais e os abutres]. Assim, terei cumprido minhas obrigações com relação ao meu karma, e minha fortuna será receber a poeira dos pés de lótus de grandes devotos, como Nārada Muni.

Comentário

SIGNIFICADO—Śrī Narottama Dāsa Ṭhākura canta:

ei chaya gosāñi yāra, mui tāra dāsa
tāṅ’ sabāra pada-reṇu mora pañca-grāsa

“Sou um servo dos Seis Gosvāmīs, e a poeira dos seus pés de lótus fornece as cinco espécies de alimento de que preciso.” O vaiṣṇava sempre deseja a poeira dos pés de lótus dos ācāryas e vaiṣṇavas predecessores. Vṛtrāsura estava certo de que Indra o mataria na batalha, porque era esse o desejo do Senhor Viṣṇu. Ele estava preparado para a morte, pois sabia que, após a morte, estava destinado a voltar ao lar, voltar ao Supremo. Alcança esse grande destino quem é agra­ciado por um vaiṣṇava. Chāḍiyā vaiṣṇava-sevā nistāra pāyeche kebā: ninguém jamais voltou ao Supremo sem ser favorecido por um vaiṣ­ṇava. Neste verso, portanto, encontramos as palavras manasvināṁ pāda-rajaḥ prapatsye: “Receberei a poeira dos pés de lótus dos grandes devotos.” A palavra manasvinām refere-se aos grandes devotos que estão sempre pensando em Kṛṣṇa. Sempre pacíficos, pensam em Kṛṣṇa e portanto, são chamados dhīra. O melhor exemplo dessa espécie de devoto é Nārada Muni. Se alguém recebe a poeira dos pés de lótus de um manasvī, um grande devoto, certamente volta ao lar, volta ao Supremo.