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A Mulher Mais Inteligente

La Mujer Más Inteligente de Todas

tathā paramahaṁsānāṁ
munīnām amalātmanām
bhakti-yoga-vidhānārthaṁ
kathaṁ paśyema hi striyaḥ
tathā paramahaṁsānāṁ
munīnām amalātmanām
bhakti-yoga-vidhānārthaṁ
kathaṁ paśyema hi striyaḥ

Tu vens pessoalmente para propagar a ciência transcendental do serviço devocional aos corações dos transcendentalistas avançados e dos especuladores mentais, que têm pureza por serem capazes de discriminar entre matéria e espírito. Como, então, podemos nós, mulheres, conhecer-Te perfeitamente?

Tú mismo desciendes a propagar la trascendental ciencia del servicio devocional en los corazones de los trascendentalistas adelantados y especuladores mentales, los cuales se purifican por el hecho de ser capaces de discriminar entre la materia y el espíritu. ¿Cómo, entonces, podemos nosotras, las mujeres, conocerte perfectamente?

Śrīmad-Bhāgavatam 1.8.20

Śrīmad-Bhāgavatam 1.8.20

Mesmo o maior dos especuladores filosóficos não pode ter acesso à região do Senhor. Nos Upaniṣads, se diz que a Verdade Suprema, a Absoluta Personalidade de Deus, está além do alcance do poder de pensamento do maior dos filósofos. Como tal, nem uma grande erudição nem o maior dos cérebros podem conhecê-lO. Isso só é possível para aquele que obtém Sua misericórdia. Outros poderão continuar pensando sobre Ele durante anos seguidos, e, não obstante, Ele permanecerá incognoscível. Esse mesmo fato é corroborado pela rainha, que está desempenhando o papel de uma mulher inocente. As mulheres, em geral, são incapazes de especular como os filósofos, mas o Senhor as abençoa, porque elas acreditam de imediato na superioridade e na onipotência do Senhor e, assim, oferecem reverências sem reservas. O Senhor é tão generoso que não mostra favores especiais apenas para os grandes filósofos. Ele conhece a sinceridade do propósito. Unicamente por essa razão, as mulheres, geralmente, se congregam em maior número em qualquer tipo de cerimônia religiosa. Em todos os países e em todas as seitas religiosas, parece que as mulheres têm mais interesse do que os homens. Essa simplicidade no aceitar da autoridade do Senhor é mais eficaz do que o fervor religioso ostentoso e carente de sinceridade.

Ni siquiera los más grandes especuladores filosóficos pueden tener acceso a la región del Señor. En los Upaniṣads se dice que la Verdad Suprema, la Absoluta Personalidad de Dios, está más allá del alcance de la capacidad de pensamiento del más grande de los filósofos. A Él no se Le puede conocer a través de una gran erudición o del cerebro más grande de todos. A Él puede conocerlo únicamente aquel que tiene Su misericordia. Otros puede que continúen pensando en Él por años y años, mas, aun así, Él es incognoscible. Este mismo hecho lo corrobora la Reina, que está haciendo el papel de una inocente mujer. Las mujeres son, en general, incapaces de especular como los filósofos, pero el Señor las bendice, porque creen de inmediato en Su superioridad y omnipotencia y, por ello, ofrecen reverencias sin reservas. El Señor es tan bondadoso que no favorece de modo especial sólo a aquel que es un gran filósofo. Él conoce la sinceridad del propósito. Por esta razón únicamente, las mujeres se reúnen por lo general en grandes números en cualquier clase de funciones religiosas. En todos los países y grupos religiosos vemos que las mujeres están más interesadas que los hombres. Esta sencillez de aceptar la autoridad del Señor es más eficaz que el fervor religioso ostentoso e insincero.

Kuntīdevī orou ao Senhor muito submissamente, e esse é um sintoma do vaiṣṇava. O Senhor Kṛṣṇa veio até Kuntīdevī para lhe oferecer respeitos, tomando a poeira de seus pés. Porque Kṛṣṇa considerava Kuntīdevī como sua tia, Ele costumava tocar seus pés. Contudo, embora Kuntīdevī, uma grande devota, estivesse numa posição elevada, praticamente no nível de Yaśodāmāyī, a mãe de Kṛṣṇa, ela era tão submissa que orava: “Kṛṣṇa, Você é para ser compreendido pelos paramahaṁsas, os transcendentalistas mais avançados. Contudo, eu sou uma mulher. Como, então, posso vê-lO?”

Kuntīdevī oro al Señor de un modo muy sumiso, y ése es el rasgo característico de un vaiṣṇava. El Señor, Kṛṣṇa, había ido a donde estaba Kuntīdevī, para ofrecerle respetos tomando el polvo de sus pies. Como Kṛṣṇa consideraba a Kuntīdevī tía Suya, solía tocarle los pies. Pero aunque Kuntīdevī, una gran devota, se hallaba en esa posición tan excelsa, prácticamente al nivel de Yaśodā-māi (la madre de Kṛṣṇa), era tan sumisa que oró de la siguiente manera: «Kṛṣṇa, a Ti Te pueden comprender los paramahaṁsas, los más avanzados trascendentalistas, pero yo soy una mujer, así que ¿cómo puedo verte?».

De acordo com o sistema védico, existem quatro divisões sociais (cātur-varṇyaṁ mayā sṛṣṭam). Os membros mais elevados da ordem social são os brāhmaṇas, a classe inteligente, e, em seguida, vêm os kṣatriyas (militares e administradores), os vaiśyas (fazendeiros e comerciantes) e, finalmente, os śūdras (trabalhadores braçais). O lugar de cada um, neste sistema, é determinado por suas qualidades e trabalho (guṇa-karma). A Bhagavad-gītā menciona striyo vaiśyās tathā śūdrāḥ, e o Śrīmad-Bhāgavatam fala sobre strī-śūdra-dvija-bandhūnām. De acordo com essas referências, considera-se que mulheres, śūdras e dvija-bandhus pertencem à mesma categoria. A palavra dvija-bandhu se refere a quem nasceu numa família elevada de brāhmaṇas ou kṣatriyas, mas que não possui as qualificações de tal família. A posição social de alguém, de acordo com o sistema védico, é determinada através de suas qualificações. Isso é muito prático. Suponha que um homem nasceu filho de um juiz do Supremo Tribunal. Isso não significa que ele também seja juiz. Contudo, por ter nascido numa família de brāhmaṇas, mesmo que não tenha qualificações e seja o mais baixo dos homens, o indivíduo é considerado um brāhmaṇa, e, apesar de suas qualificações serem inferiores às de um śūdra, será aceito pelos outros como um brāhmaṇa. Isso causou a queda da civilização védica. Os brāhmaṇas na Índia são, às vezes, contrários ao meu movimento porque eu treino e aceito brāhmaṇas da Europa e da América. Mas nós não nos importamos com seus argumentos, tampouco algum outro homem razoável se importaria. Śri Caitanya Mahāprabhu disse:

Según el sistema védico, hay cuatro divisiones sociales (cātur-varṇyaṁ mayā sṛṣṭam). Los miembros más elevados del orden social son los brāhmaṇas, los inteligentes, y luego vienen los kṣatriyas (los militares y administradores), los vaiśyas (granjeros y comerciantes) y, finalmente, los śūdras (los obreros comunes). El lugar de uno en ese sistema lo determinan sus cualidades y trabajo (guṇa-karma). El Bhagavad-gītā dice striyo vaiśyās tathā śūdrāḥ, y el Śrīmad- Bhāgavatam habla de śtrī-śūdra-dvijabandhūnām. Según estas referencias, las mujeres, los śūdras y los dvija-bandhus pertenecen a una misma categoría. La palabra dvija-bandhu se refiere a aquel que nace en una excelsa familia brāhmaṇa o kṣatriya, pero que no tiene en sí ninguna aptitud. La posición social, de acuerdo con el sistema védico, la determinan las aptitudes. Esto es algo muy práctico. Supongamos que un hombre nace como hijo de un juez de la corte suprema; eso no significa que él también sea juez de la corte suprema. Sin embargo, si por casualidad uno nace en una familia brāhmaṇa —aunque no tenga aptitud alguna y sea un sinvergüenza de primera—, no obstante dice ser un brāhmaṇa, y aunque tenga menos cualidades que un śūdra, la gente lo acepta como brāhmaṇa. Esto ha ocasionado la caída de la civilización védica. A veces, los brāhmaṇas de la India se ponen muy en contra de mi movimiento, porque yo educo y acepto brāhmaṇas de Europa y América. Pero no nos importan sus argumentos, ni tampoco le importarán a cualquier otro hombre sensato. Śrī Caitanya Mahāprabhu dijo:

pṛthivīte āche yata nagarādi grāma
sarvatra pracāra haibe mora nāma
pṛthivīte āche yata nagarādi grāma
sarvatra pracāra haibe mora nāma

“A pregação do movimento da consciência de Kṛṣṇa irá para todos os países, cidades e vilas do mundo”.

«En todo pueblo, ciudad y aldea del mundo, se predicará acerca del movimiento de conciencia de Kṛṣṇa». ¿Cómo es posible, entonces, que europeos y americanos no se vuelvan brāhmaṇas? En verdad, aquel que viene al movimiento de conciencia de Kṛṣṇa ya ha superado el brahmanismo. Como se afirma en el Bhagavad-gītā (14.26):

Como pode ser, então, que europeus e americanos não tenham o direito de se tornarem brāhmaṇas? Na verdade, aquele que aceita a consciência de Kṛṣṇa já ultrapassou o bramanismo. Como está declarado na Bhagavad-gītā (14.26):

māṁ ca yo ’vyabhicāreṇa
bhakti-yogena sevate
sa guṇān samatītyaitān
brahma-bhūyāya kalpate
māṁ ca yo ’vyabhicāreṇa
bhakti-yogena sevate
sa guṇān samatītyaitān
brahma-bhūyāya kalpate

“Aquele que adota a consciência de Kṛṣṇa, bhakti-yoga, transcende os modos da natureza material e alcança de imediato a plataforma transcendental de Brahman (brahma-bhūta)”. Para nem falar em se tornar um brāhmaṇa, a pessoa que se ocupa completamente em bhakti-yoga alcança a plataforma transcendental mais elevada.

«Aquel que emprende el bhakti-yoga supera las modalidades de  la naturaleza material, y llega de inmediato al plano trascendental (brahma-bhūta)». No hablamos ya de volverse brāhmaṇa: la persona que se dedica por completo al bhakti-yoga alcanza el plano trascendental más elevado.

A ideia falsa e estereotipada de que somente uma pessoa nascida numa família de brāhmaṇas tem o direito de ser um brāhmaṇa é que matou a civilização védica, mas agora nós estamos revivendo a compreensão correta, a compreensão de que todos têm o direito de alcançar a perfeição. Na Bhagavad-gītā (9.32), o Senhor Kṛṣṇa diz:

La estereotipada y lisiada idea de que únicamente una persona que nace en una familia brāhmaṇa puede llegar a ser un brāhmaṇa ha matado la civilización védica, pero ahora nosotros estamos reviviendo la comprensión correcta de que el logro de la perfección es para todos. En el Bhagavad-gītā (9.32), el Señor Kṛṣṇa dice:

māṁ hi pārtha vyapāśritya
ye ’pi syuḥ pāpa-yonayaḥ
striyo vaiśyās tathā śūdrās
te ’pi yānti parāṁ gatim
māṁ hi pārtha vyapāśritya
ye ’pi syuḥ pāpa-yonayaḥ
striyo vaiśyās tathā śūdrās
te ’pi yānti parāṁ gatim

“Ó filho de Pṛthā, aqueles que se abrigam em Mim – mesmo sendo de nascimento inferior, mulheres, vaiśyas ou śūdras – podem aproximar-se do destino supremo”. Assim, embora mulheres, śūdras e vaiśyas sejam, em geral, considerados como pertencentes a uma classe inferior, quando um deles se torna um devoto, ele ou ela fica além dessas designações. Mulheres, śūdras e vaiśyas são habitualmente vistos como menos inteligentes, mas quem adota a consciência de Kṛṣṇa é a pessoa mais inteligente, como se afirma no Caitanya-caritāmṛta (kṛṣṇa yei bhaje sei baḍa catura). Caitanya Mahāprabhu diz:

«¡Oh, hijo de Pṛthā!, aquellos que se refugian en Mí, aunque sean de nacimiento inferior —las mujeres, los vaiśyas (comerciantes) y los śūdras (trabajadores)— pueden alcanzar el destino supremo». Así pues, aunque por lo general se considera que las mujeres, los śūdras y los vaiśyas pertenecen a una clase inferior, al él o ella volverse devoto o devota, supera esas designaciones. Generalmente a las mujeres, los śūdras y los vaiśyas se les tiene por poco inteligentes, pero si uno emprende el proceso de conciencia de Kṛṣṇa es la más inteligente de las personas, tal como se afirma en el Caitanya-caritāmṛta (kṛṣṇa yei bhaje sei baḍa cātura). Y Caitanya Mahāprabhu dice:

ei rūpe brahmāṇḍa bhramite kona bhāgyavān jīva
guru-kṛṣṇa-prasāde pāya bhakti-latā-bīja
ei rūpe brahmāṇḍa bhramite kona bhāgyavān jīva
guru-kṛṣṇa-prasāde pāya bhakti-latā-bīja

“Dentre todas as entidades vivas que estão divagando pelo universo, uma que seja muito afortunada recebe, pela misericórdia do mestre espiritual e de Kṛṣṇa, a semente do serviço devocional”. (Caitanya-caritāmṛta, Madhya 19.151). O movimento para a consciência de Kṛṣṇa não é formado por homens desafortunados e infelizes. Não. Ele é composto pelos homens mais afortunados. Uma pessoa que tenha aceitado a consciência de Kṛṣṇa deve ser considerada como a mais afortunada, porque descobriu uma maneira de agir, através da qual sua vida será aperfeiçoada. Aquele que é consciente de Kṛṣṇa e realiza seus deveres perfeitamente é o mais afortunado e o mais perfeito. Isso está declarado aqui, humildemente, por Kuntīdevī.

«De entre todas las entidades vivientes que deambulan por todo el universo, una muy afortunada recibe la semilla del servicio devocional, por la misericordia del maestro espiritual y la misericordia de Kṛṣṇa» (Cc. Madhya 19.151). El movimiento para la conciencia de Kṛṣṇa no está integrado por hombres desafortunados y desdichados. No. Lo integran las personas más afortunadas de todas. A aquel que ha emprendido el proceso de conciencia de Kṛṣṇa se le debe considerar la persona más afortunada de todas, porque ha encontrado la manera de actuar para que su vida sea perfecta. Aquel que posee conciencia de Kṛṣṇa y que desempeña bien sus deberes es la más perfecta y afortunada de las personas. Kuntīdevī afirma aquí eso humildemente.

Embora tivesse um corpo feminino, Kuntī era devota. Portanto, ela não era como uma mulher comum, desprovida de inteligência. Ao contrário, era a mais inteligente porque reconhecia Kṛṣṇa como o Senhor Supremo: “Ele veio aqui para me demonstrar respeito, aparecendo materialmente como meu sobrinho, mas Ele é a Suprema Personalidade de Deus”. Por isso, num verso anterior, ela disse, alakṣyaṁ sarva-bhūtānām antar bahir avasthitam: “Você não é visto pelos homens comuns, embora esteja em toda parte, dentro e fora”. Em outro verso, ela também disse: na lakṣyase mūḍha-dṛśā: “Sujeitos ignorantes não podem vê-lO”. Isso demonstra que Kuntī O viu. A menos que fosse capaz de ver Kṛṣṇa como Ele é, como poderia ela dizer na lakṣyase mūḍha dṛśā? Ela também disse, prakṛteḥ param: “Você é transcendental a esta criação material”.

Aunque Kuntī tenía un cuerpo de mujer, era una devota. Por lo tanto, no era como una mujer corriente sin inteligencia. Por el contrario, era la más inteligente de todas, pues reconocía a Kṛṣṇa como la Divinidad Suprema: «Él ha venido a mí a ofrecerme respetos, pareciendo ser mi sobrino desde el punto de vista material, pero es la Suprema Personalidad de Dios». Por consiguiente, en un verso anterior, ella dijo: alakṣyam sarva-bhūtānām antar bahir avasthitam: «Aunque estás en todas partes, dentro y fuera, el hombre común no Te ve». En otro verso, dijo además: na lakṣyase mūḍha-dṛśā, «Los necios y sinvergüenzas no pueden verte». Eso indica que Kuntī sí Le vio. A menos que ella hubiera podido ver a Kṛṣṇa tal como es, ¿cómo podía decir na lakṣyase mūḍha-dṛśā? Ella también dijo: prakṛteḥ param: «Tú eres trascendental a esta creación material».

Aqui também, neste verso, Kuntī continua a se expressar com humildade. Essa humildade é muito boa no serviço devocional. Portanto, Śrī Kṛṣṇa Caitanya Mahāprabhu nos ensina, tṛṇād api sunīcena taror api sahiṣṇunā: “Deve-se ser mais tolerante que uma árvore e mais humilde que a grama para, então, avançar na vida espiritual”. Isso é necessário porque quem vive no mundo material enfrenta muitas perturbações, exatamente como alguém que esteja viajando de barco no oceano. Ninguém pode esperar uma situação muito pacífica no oceano; mesmo grandes navios também são inseguros, pois, a qualquer momento, podem surgir ondas bravias. De forma similar, neste mundo material, devemos sempre esperar pelo perigo; ninguém pode viver uma vida muito tranquila neste lugar. O śāstra, a literatura védica, diz que a cada passo existe perigo (padaṁ padaṁ yad vipadām, Śrīmad-Bhāgavatam 10.14.58), mas quem se torna um devoto pode escapar (māyām etāṁ taranti te, Bhagavad-gītā 7.14).

Ahora, también aquí, en este verso, Kuntī continúa expresándose con humildad. Esa humildad es muy buena en el servicio devocional. Por eso, Śrī Kṛṣṇa Caitanya Mahāprabhu nos enseña: tṛṇād api sunīcena taror iva sahiṣṇunā: «Para progresar en la vida espiritual, se debe ser más tolerante que el árbol y más humilde que la hierba». Esto es necesario, porque existen muchísimas cosas que perturban a quien está viviendo en este mundo material, tal como si estuviera navegando por el océano. No se puede esperar que en el océano haya una situación muy pacífica. Hasta un gran barco puede que también sea inestable, y en cualquier momento pueden aparecer olas estruendosas. Igualmente, en este mundo material siempre debemos esperar que haya peligro; no podemos esperar una vida muy pacífica. El śāstra, las Escrituras védicas, dicen: padaṁ padaṁ yad vipadām (Bhāg. 10.14.58): A cada paso hay peligro. Pero si uno se vuelve devoto, puede entonces escapar (māyām etāṁ taranti te).

Assim que se adota a consciência de Kṛṣṇa, surgem muitos distúrbios causados por Māyā, a energia material ilusória. Māyā nos testa para ver o quanto estamos fixos na consciência de Kṛṣṇa. Por ser também uma agente de Kṛṣṇa, ela não permite que ninguém O perturbe com sua liberdade limitada. Por isso, ela testa muito rigidamente, para ver se a pessoa adotou a consciência de Kṛṣṇa para perturbá-lO ou se é realmente séria. Essa é a ocupação de Māyā. Assim, no início, existirão testes criados por Māyā e sentiremos muitas perturbações enquanto progredimos na consciência de Kṛṣṇa. Contudo, se seguirmos as regras e regulações e cantarmos regularmente como está prescrito, ficaremos firmes e seguros. Se negligenciarmos esses princípios, Māyā nos capturará imediatamente. Māyā está sempre pronta. Nós estamos no oceano e, a qualquer momento, podemos ser perturbados. Aquele que não se deixa perturbar chama-se paramahaṁsa.

Para quien emprende el proceso de conciencia de Kṛṣṇa, al comienzo habrá muchas perturbaciones causadas por māyā, la energía material de la ilusión. Māyā nos pondrá a prueba para ver cuán firmemente estamos fijos en el proceso de conciencia de Kṛṣṇa. Como también ella es un agente de Kṛṣṇa, no permite a nadie la libertad de molestar a Kṛṣṇa. Por eso pone pruebas muy rígidas, para ver si nos hemos entregado al proceso de conciencia de Kṛṣṇa buscando molestar a Kṛṣṇa o si realmente somos sinceros. Ésa es la ocupación de māyā. De modo que al comienzo māyā pondrá pruebas, y habremos de sentir muchísimas perturbaciones mientras progresamos en el proceso de conciencia de Kṛṣṇa. Pero, si seguimos las reglas y regulaciones y cantamos regularmente tal como se prescribe, permaneceremos firmes. Si hacemos caso omiso de esos principios, māyā nos capturará de inmediato. Māyā siempre está lista. Nos encontramos en el océano, y en cualquier momento se nos puede perturbar. Por lo tanto, aquel que no se perturba en absoluto recibe el nombre de paramahaṁsa.

Assim, Kuntīdevī diz, tathā paramahaṁsānām: “Você é para ser compreendido pelos paramahaṁsas”. A palavra parama significa “supremo”, e haṁsa significa “cisne”. Então, paramahaṁsa significa “o cisne perfeito”. Se dermos a um cisne leite misturado com água, ele beberá o leite e deixará a água. Da mesma forma, este mundo material é feito de duas naturezas: a natureza inferior e a natureza superior. A natureza superior significa vida espiritual, e a natureza inferior é a vida material. Assim, chama-se paramahaṁsa aquele que abandona o lado material do mundo e se dedica somente ao plano espiritual.

Así pues, Kuntīdevī dice: tathā paramahaṁsānām: «A Ti Te pueden entender los paramahaṁsas». La palabra parama significa «máximo», y haṁsa significa «cisne». De manera que, paramahaṁsa significa «el cisne perfecto». Si a un cisne le damos leche mezclada con agua, se tomará la leche y dejara a un lado el agua. De igual manera, este mundo material está hecho de dos naturalezas: la naturaleza inferior y la naturaleza superior. La naturaleza superior significa vida espiritual, y la naturaleza inferior es vida material. En consecuencia, a una persona que abandona la parte material de este mundo y que toma únicamente la parte espiritual, se le llama paramahaṁsa.

A pessoa deve saber que as atividades corpóreas se devem à presença da alma dentro do corpo. Este é o fato verdadeiro. O corpo é apenas a cobertura externa. Da mesma maneira, a pessoa tem que saber que Kṛṣṇa é o verdadeiro centro de todas as atividades, e aquele que sabe disso é um paramahaṁsa. Bhakti-yoga é para o paramahaṁsa, aquele que conhece Kṛṣṇa como o fator central. Kṛṣṇa diz na Bhagavad-gītā, ahaṁ sarvasya prabhavo mattaḥ sarvaṁ pravartate: “Eu sou a origem de tudo; tudo emana de Mim”. Então, aquele que sabe, não só de maneira teórica, mas de maneir prática, que Kṛṣṇa é a causa de todas as causas – aquele que está convencido disso – é um paramahaṁsa.

Debemos saber que las actividades del cuerpo se deben al alma que está dentro de él. Ésa es la realidad. El cuerpo es sólo la cobertura exterior. De modo similar, debemos saber que Kṛṣṇa es el verdadero centro de todas las actividades, y aquel que sabe eso es un paramahaṁsa. Por consiguiente, el bhakti-yoga es para el paramahaṁsa, aquel que sabe que Kṛṣṇa es el hecho central. Kṛṣṇa dice en el Bhagavad-gītā: ahaṁ sarvasya prabhavo mattaḥ sarvaṁ pravartate: «Yo soy la fuente de todo; todo emana de Mí». Así que aquel que sabe, no sólo teóricamente, sino prácticamente, que Kṛṣṇa es la causa de todas las causas —aquel que está convencido de esto— es un paramahaṁsa.

Kuntīdevī diz: “Você Se destina aos paramahaṁsas, e não aos sujeitos ignorantes e sem caráter. Você se destina aos paramahaṁsas e munis”. A palavra muninam se refere àqueles que são pensadores ou especuladores mentais, e a palavra amalātmanām se refere àquele que não tem sujeira em seu coração. O coração de um materialista é cheio de coisas sujas. Que são essas coisas sujas? Luxúria e cobiça. Todos os materialistas são luxuriosos e cobiçosos, em virtude do que se entende que os corações dessas pessoas estão repletos de coisas sujas, e amalātmanām se refere àqueles que estão livres dessas duas contaminações.

Kuntīdevī dice: «Tú eres para los paramahaṁsas, no para los sinvergüenzas y necios. Tú eres para los paramahaṁsas y munis». La palabra munīnām se refiere a aquellos que son pensadores o a los especuladores mentales, y la palabra amalātmanām se refiere a aquel que no tiene nada sucio en el corazón. El corazón de una persona materialista está lleno de cosas sucias. ¿Qué son esas cosas sucias? Lujuria y codicia. Todas las personas materialistas son lujuriosas y codiciosas y, por tanto, se sobrentiende que sus corazones están llenos de cosas sucias; pero amalātmanām se refiere a aquellos que están libres de esas dos contaminaciones.

Bhakti-yoga é para aqueles que purificaram seus corações, e não para os luxuriosos e cobiçosos. É claro que aqueles que são luxuriosos e cobiçosos podem tentar avançar e pode ser que gradualmente eles consigam, mas, uma vez situado em bhakti-yoga, não existe mais nem luxúria nem inveja. Viraktir anyatra ca (Śrīmad-Bhāgavatam 1.2.42). Este é o teste: no instante em que esteja livre de desejos ligados a luxúria e cobiça, a pessoa se coloca na posição transcendental, bhakti-yoga, e se torna um verdadeiro paramahaṁsa. Kuntīdevī ora humildemente: “Você é para os paramahaṁsas e munis, que têm o coração limpo e estão ocupados em bhakti-yoga. Mas quem somos nós? Somos simplesmente mulheres. Pertencemos a uma classe inferior. Como é possível que O compreendamos?” Embora ela entenda tudo, ela assume a posição de uma mulher comum e diz: “Como posso compreendê-lO?” Isso é humildade.

El bhakti-yoga es para aquellos cuyos corazones se han limpiado, no para los lujuriosos y codiciosos. Claro que, aquellos que son lujuriosos y codiciosos pueden tratar de avanzar, y gradualmente puede que lo hagan, pero en cuanto alguien se sitúa en el plano de bhakti-yoga, no hay más lujuria ni codicia. Viraktir anyatra ca (Bhāg. 11.2.42). Ésa es la prueba: cuando uno está libre de deseos lujuriosos y codicia, está entonces situado en el bhakti-yoga y es de hecho un paramahaṁsa. Kuntīdevī dice humildemente: «Tú eres para los paramahaṁsas y munis, aquellos que son de corazón limpio y que están dedicados al bhakti-yoga. Pero, ¿qué somos nosotras? Sólo somos mujeres. Nos hallamos en una clase inferior. ¿Cómo podemos entenderte?». Aunque ella lo entiende todo, aun así, se pone en la posición de una mujer común, y dice: «¿Cómo puedo entenderte?». Eso es humildad.