Skip to main content

Capítulo 65

SOIXANTE-CINQUIÈME CHAPITRE

O Senhor Balarāma Visita Vṛndāvana

Śrī Balarāma visite Vṛndāvana

O Senhor Balarāma ficou muito ansioso para ver Sua mãe e Seu pai em Vṛndāvana. Então, com grande entusiasmo, Ele partiu em uma quadriga para Vṛndāvana. Os habitantes de Vṛndāvana, por um longo período, tinham estado ávidos para ver Kṛṣṇa e Balarāma. Quando o Senhor Balarāma voltou a Vṛndāvana, todos os vaqueirinhos e as gopīs tinham crescido, mas, mesmo assim, na chegada dEle, todos O abraçaram, e Balarāma abraçou-os reciprocamente. Depois disso, Ele foi diante de Mahārāja Nanda e Yaśodā e ofereceu Suas respeitosas reverências. Em resposta, mãe Yaśodā e Nanda Mahārāja ofereceram-Lhe suas bênçãos. Eles O chamaram de Jagadīśvara, ou o Senhor do universo que mantém a todos. A razão para isso era que Kṛṣṇa e Balarāma mantêm todas as entidades vivas, apesar do que Nanda e Yaśodā foram postos em dificuldades por causa da ausência dEles. Sentindo-se assim, eles abraçaram Balarāma, sentaram-nO nos seus colos e começaram o seu choro perpétuo, molhando Balarāma com suas lágrimas. Em seguida, o Senhor Balarāma ofereceu Suas respeitosas reverências aos vaqueiros anciãos e aceitou as reverências dos vaqueiros mais jovens. Assim, de acordo com as diferentes idades e relações, o Senhor Balarāma trocou sentimentos de amizade com eles. Ele apertou a mão daqueles que eram da Sua mesma idade e amizade e, com um riso ruidoso, abraçou cada um deles.

Il arriva que Śrī Balarāma fut pris d’une grande impatience de voir Son père et Sa mère, Mahārāja Nanda et Yaśodā. Il monta sur un char, et le cœur en joie partit pour Vṛndāvana. Depuis longtemps les habitants de Vṛndāvana étaient anxieux de revoir Kṛṣṇa et Balarāma. Lorsque Ce dernier arriva au village, tous les jeunes pâtres et les gopīs avaient grandi ; mais tous L’étreignirent comme avant, et Lui les étreignit en retour. Puis Il Se présenta devant Mahārāja Nanda et Yaśodā pour leur offrir Son hommage respectueux. En réponse, Nanda Mahārāja et mère Yaśodā Le bénirent. Ils L’appelèrent Jagadīśvara, le Seigneur de l’Univers qui maintient tous les êtres. Ils choisirent de L’appeler ainsi en telle occasion parce que Lui et Kṛṣṇa maintiennent tous les êtres, et que Leur absence causait à Nanda et Yaśodā bien des difficultés. Dans cet état d’esprit, ils étreignirent Balarāma et L’assirent sur leurs genoux, poursuivant leurs pleurs perpétuels, L’inondant de larmes. Puis Śrī Balarāma offrit Son hommage respectueux aux pâtres les plus âgés et reçut celui des plus jeunes. Il échangea ainsi avec eux des sentiments d’amitié selon leur âge et la relation qui les unissaient. Il serrait la main de Ses égaux en âge et amitié puis, avec un grand rire, les étreignait.

Depois que foi recebido pelos vaqueiros e vaqueirinhos, pelas gopīs, pelo rei Nanda e por Yaśodā, o Senhor Balarāma sentou-Se, sentindo-Se satisfeito, e todos O cercaram. Primeiramente, o Senhor Balarāma inquiriu sobre o bem-estar deles, e, depois, visto que eles não O viam há muito tempo, começaram a fazer-Lhe variadas perguntas. Os habitantes de Vṛndāvana tinham sacrificado tudo por Kṛṣṇa simplesmente por terem sido cativados pelos olhos de lótus do Senhor. Por causa do grande desejo de amar Kṛṣṇa, eles jamais haviam desejado algo como elevação aos planetas celestiais ou fusão na refulgência do Brahman para se tornarem unos com a Verdade Absoluta. Eles não estavam nem mesmo interessados em desfrutar uma vida de opulência, mas estavam satisfeitos vivendo uma vida simples na vila como vaqueiros. Eles sempre estavam absortos em pensar em Kṛṣṇa, não desejavam benefício pessoal e estavam todos tão apaixonados por Kṛṣṇa que, na ausência dEle, suas vozes falhavam quando começaram a inquirir de Balarāmajī.

Les saluts échangés avec tous, les pâtres, les gopīs, le roi Nanda et Yaśodā, Śrī Balarāma S’assit enfin, satisfait, et tous L’entourèrent. Il S’enquit tout d’abord de leur bien-être, mais vite fut leur tour, eux qui ne L’avaient pas vu depuis si longtemps, de Lui poser des questions. Les habitants de Vṛndāvana, captivés par Ses yeux pareils-au-lotus, avaient tout sacrifié pour Kṛṣṇa. Leur amour pour Kṛṣṇa était si fort qu’ils ne souhaitèrent jamais se voir élevés aux planètes édéniques, se fondre dans la radiance du Brahman afin de devenir Un avec la Vérité absolue, ou quoi que ce soit du même ordre. Même jouir d’une existence opulente les laissait indifférents – il leur suffisait de vivre leur simple vie de pâtre dans leur village. Sans cesse absorbés dans la pensée de Kṛṣṇa, jamais ils n’éprouvaient le désir de bienfaits personnels. Si grand l’amour qu’ils Lui portaient qu’en Son absence leurs voix tremblèrent lorsqu’ils s’enquirent de Sa personne auprès de Balarāmajī.

Em primeiro lugar, Nanda Mahārāja e Yaśodā-māyi indagaram: “Meu querido Balarāma, estão nossos amigos, como Vasudeva e outros da família, passando bem? Agora Você e Kṛṣṇa são homens adultos, casados e com filhos. Na felicidade da vida familiar, Vocês Se lembram, às vezes, de Seus pobres pais, Nanda Mahārāja e Yaśodā-devī? É uma notícia muito boa que o pecaminoso rei Kaṁsa tenha sido morto por Vocês e que nossos amigos, como Vasudeva e os outros, que tinham sido hostilizados, estejam agora aliviados. Também é uma excelente notícia que Você e Kṛṣṇa tenham derrotado Jarāsandha e Kālayavana, que agora estão mortos, e que Vocês estejam vivendo em uma residência fortalecida em Dvārakā”.

Nanda Mahārāja et Yaśodāmāyī demandèrent d’abord : « Mon cher Balarāma, nos amis, Vasudeva et les autres membres de la famille se portent-ils bien ? À présent, Toi et Kṛṣṇa Vous êtes des hommes mûrs, mariés et pères de plusieurs enfants ; Vous arrive-t-il parfois, dans le flot de bonheur qu’apporte la vie au foyer, de vous souvenir de Votre pauvre père, de Votre pauvre mère, Nanda Mahārāja et Yaśodādevī ? Quelle bonne nouvelle : le plus grand des pécheurs, le roi Kaṁsa, Vous l’avez mis à mort, et Vasudeva et tous nos amis, qui ont subi longtemps ses persécutions, s’en trouvent à présent délivrés ! Quelle bonne nouvelle encore que Toi et Kṛṣṇa Vous ayez imposé la défaite à Jarāsandha et Kālayavana, qui a trouvé la mort ! Comme il est bon que Vous viviez à présent dans Votre demeure fortifiée de Dvārakā ! »

Quando as gopīs chegaram, o Senhor Balarāma lançou Seu olhar sobre elas com Seus olhos amorosos. Estando extremamente jubilosas, as gopīs, as quais tinham, por tanto tempo, se sentido mortificadas por causa da ausência de Kṛṣṇa e Balarāma, começaram a perguntar pelo bem-estar dos dois irmãos. Elas perguntaram especificamente a Balarāma se Kṛṣṇa estava desfrutando Sua vida cercado pelas instruídas mulheres de Dvārakā-puri: “Ele, às vezes, Se lembra de Seu pai Nanda e de Sua mãe Yaśodā e dos outros amigos com quem Ele tão intimamente Se associava enquanto em Vṛndāvana? Kṛṣṇa tem planos de vir aqui para ver Sua mãe Yaśodā, e Ele Se lembra de nós, gopīs, que estamos agora lamentavelmente desprovidas da companhia dEle? Kṛṣṇa talvez tenha nos esquecido em meio às mulheres cultas de Dvārakā, mas, quanto a nós, ainda nos lembramos dEle ao apanharmos flores e as usarmos em guirlandas. Entretanto, como Ele não vem, nós passamos nosso tempo simplesmente chorando. Se, pelo menos, Ele viesse aqui e aceitasse estas guirlandas que nós fizemos! Querido Senhor Balarāma, descendente de Dāśārha, Você sabe que nós deixaríamos tudo pela amizade de Kṛṣṇa. Até mesmo em grande angústia, não se pode abandonar a relação com os membros familiares, mas, embora possa ser impossível para os outros, nós abandonamos nossos pais, mães, irmãs e parentes. Malgrado isso, Kṛṣṇa, sem qualquer consideração por nossa renúncia, nos abandonou de repente e Se foi. Ele rompeu nossa relação íntima sem uma séria consideração e partiu para uma terra estrangeira. Contudo, Ele foi tão inteligente e astucioso que preparou muitas palavras apropriadas. Ele disse: ‘Minhas queridas gopīs, por favor, não se preocupem. É-Me impossível retribuir o serviço que vocês Me prestam’. Afinal, sendo nós mulheres, como poderíamos descrer dEle? Agora, podemos entender que as doces palavras dEle foram simplesmente para nos ludibriar”.

Lorsqu’arrivèrent les gopīs, Śrī Balarāma leur porta un regard affectueux. Elles, envahies par la joie, elles qui avaient souffert si longtemps de l’absence de Kṛṣṇa et de Balarāma, s’enquirent du bien-être des deux Frères. Elles voulurent surtout que Balarāma leur dise si Kṛṣṇa prenait plaisir à Sa nouvelle vie, tout entouré des citadines de Dvārakā Purī : « Se souvient-il parfois de son père Nanda et de sa mère Yaśodā ? Des autres amis de Vṛndāvana, ses intimes ? N’a-t-il pas le projet de revenir ici afin de revoir sa mère Yaśodā ? Se souvient-il de nous, les gopīs, qui vivons pitoyablement, privées de sa compagnie ? Peut-être lui nous a-t-il oubliées, maintenant que l’entourent les citadines de Dvārakā, mais nous nous souvenons encore de lui, quand nous cueillons des fleurs et en faisons des guirlandes. Mais il ne vient pas, et nous passons notre temps à pleurer. Si seulement il revenait, s’il acceptait ces guirlandes faites exprès pour lui ! Ô cher Balarāma, descendant de Dāśārha, tu sais que nous renoncerions à tout pour l’amitié de Kṛṣṇa. Même en grande détresse, nul ne peut faire qu’on oublie sa relation avec les membres de la famille ; mais nous avons fait ce qui est impossible à autrui, nous avons renoncé à nos pères, nos mères, nos sœurs et nos proches, sans le moindre regret. Puis, brutalement, Kṛṣṇa nous a abandonnées. Sans rien considérer avec sérieux, il a brisé notre relation intime et prit le chemin d’un autre pays. Mais lui si espiègle, si intelligent, inventa de douces paroles : « Mes chères gopīs, n’ayez nulle crainte. Le service que vous M’avez offert, jamais Je ne pourrai vous le rendre. » Après tout, nous sommes des femmes, comment pouvions-nous ne pas le croire ? À présent, nous savons que ses doux propos n’étaient que tromperie. »

Protestando pela ausência de Kṛṣṇa em Vṛndāvana, outra gopī disse: “Meu querido Balarāmajī, nós somos naturalmente meninas da vila, de forma que Kṛṣṇa pôde nos enganar daquele modo, mas e as mulheres de Dvārakā? Não pense que elas são tão tolas quanto nós! Nós, mulheres de vila, podemos ser enganadas por Kṛṣṇa, mas as mulheres na cidade de Dvārakā são muito inteligentes e sagazes. Então, eu ficaria surpresa se tais mulheres da cidade pudessem ser enganadas por Kṛṣṇa e acreditassem em Suas palavras”.

Une autre gopī, révoltée par l’absence de Kṛṣṇa, prit la parole : « Mon cher Balarāmaji, certes nous ne sommes que filles de village, et Kṛṣṇa a pu facilement nous tromper, mais les femmes de Dvārakā ? Sont-elles aussi naïves que nous ? Ces femmes de la ville de Dvārakā sont bien plus rusées et intelligentes ! Je serais bien surprise de les voir crédules devant Kṛṣṇa et trompées par ses paroles. »

Então, outra gopī começou a falar. “Meu querido amigo”, ela disse, “Kṛṣṇa é muito inteligente no uso das palavras. Ninguém pode competir com Ele nessa arte. Ele pode fabricar palavras e colóquios tão coloridos e falar tão docemente que o coração de qualquer mulher seria enganado. Além disso, Ele aperfeiçoou a arte de sorrir de modo muito atraente, e, por ver Seu sorriso, as mulheres ficam enlouquecidas por Ele e se entregam sem vacilação”.

Une autre gopī : « Mon cher ami, Kṛṣṇa est fort adroit dans l’usage de la parole. Nul dans cet art ne peut rivaliser avec lui. Il met dans ses mots tant de couleur, parle avec tant de douceur que n’importe quelle femme verrait son cœur en déroute. Il a porté à la perfection l’art de séduire en souriant. Quand elles voient ce sourire, les femmes deviennent comme folles et se donneraient à lui sans hésiter un instant. »

Outra gopī, depois de ouvir isso, disse: “Minhas queridas amigas, qual é a vantagem de falar sobre Kṛṣṇa? Se vocês estão, de toda forma, interessadas em passar o tempo falando, que falem a respeito de algum outro assunto que não seja Ele. Se o cruel Kṛṣṇa pode passar Seu tempo sem nós, por que não podemos passar nosso tempo sem Kṛṣṇa? Claro que Kṛṣṇa está passando Seus dias com muita alegria sem nós, mas nós, sem Ele, não podemos passar nossos dias com alegria”.

À ces mots, une autre gopī déclara : « Mes amies, pourquoi donc parler de Kṛṣṇa ? Si vous voulez tuer le temps, prenez alors un autre sujet. Ce cruel Kṛṣṇa se passe de nous, pourquoi ne pas nous passer de lui ? Certes, sans nous Kṛṣṇa passe ses jours dans la joie, mais nous, sans lui, ne pouvons être heureuses. »

Conforme as gopīs falavam desse modo, seus sentimentos para com Kṛṣṇa ficavam cada vez mais intensos, e elas estavam experimentando o sorriso de Kṛṣṇa, as palavras de amor de Kṛṣṇa, as características atraentes de Kṛṣṇa, os trejeitos de Kṛṣṇa e os abraços de Kṛṣṇa. Pela força dos seus sentimentos extáticos, pareceu-lhes que Kṛṣṇa estava pessoalmente presente e dançando diante delas. Por causa da doce recordação de Kṛṣṇa, elas não puderam conter as lágrimas e começaram a chorar sem consideração.

À mesure qu’elles parlaient ainsi, les gopīs sentaient leurs sentiments pour Kṛṣṇa se faire de plus en plus intenses ; elles refaisaient l’expérience de Son sourire, de Ses mots d’amour, de Ses traits séduisants, de Son caractère et de Ses étreintes. Si forte était leur extase qu’il leur semblait voir Kṛṣṇa présent en Personne et dansant devant elles. Si doux leur était le souvenir du Seigneur, qu’elles ne purent retenir leurs larmes et se mirent à pleurer sans autre considération.

O Senhor Balarāma, naturalmente, podia entender os sentimentos extáticos das gopīs e, então, Ele quis apaziguá-las. Ele era especialista em apresentar um apelo e, assim, tratando as gopīs muito respeitosamente, Ele começou a narrar as histórias de Kṛṣṇa tão habilidosamente que as gopīs ficaram satisfeitas. Para manter as gopīs de Vṛndāvana satisfeitas, o Senhor Balarāma ficou por lá durante dois meses, isto é, os meses de caitra (março-abril) e vaiśākha (abril-maio). Durante esses dois meses, Ele Se manteve entre as gopīs e passou todas as noites com elas na floresta de Vṛndāvana para satisfazer o desejo delas de amor conjugal. Assim, Balarāma também desfrutou a dança da rasa com as gopīs durante esses dois meses. Como a estação era a primavera, a brisa na margem do Yamunā estava soprando muito suavemente, levando o aroma de diferentes flores, especialmente a flor conhecida como kaumudī. O luar preenchia o céu e se expandia por toda parte, e, assim, as margens do Yamunā pareciam muito luminosas e agradáveis, e o Senhor Balarāma desfrutou naquele lugar a companhia das gopīs.

Śrī Balarāma pouvait fort bien comprendre les sentiments d’extase des gopīs et voulut donc les apaiser. Lui aussi était habile dans l’art de la parole. Ainsi, avec les marques d’un grand respect et beaucoup de tact, Il Se mit à conter aux gopīs l’histoire de Kṛṣṇa ; et elles en furent satisfaites. Et pour que leur satisfaction soit durable, Śrī Balarāma demeura à Vṛndāvana deux mois entiers, celui de Caitra (mars-avril) et celui de Vaiśākha (avril-mai). Pendant tout ce temps Il demeura parmi les gopīs et passa chaque nuit avec elles dans la forêt de Vṛndāvana, afin de combler leurs désirs amoureux. C’est ainsi que Balarāma jouit également de la danse rāsa en compagnie des gopīs. C’était le printemps, et la brise soufflait avec douceur sur la berge de la Yamunā, portant l’arôme de diverses fleurs, dont la kaumudī. L’éclat de la lune se répandait dans tout le ciel, et illuminait les berges de la Yamunā ; c’est dans ce lieu de merveilles que Śrī Balarāma prit plaisir en la compagnie des gopīs.

O semideus conhecido como Varuṇa enviou sua filha Vāruṇī na forma de mel líquido, que escorria dos buracos das árvores. Por causa desse mel, a floresta inteira ficou aromatizada, e a doce fragrância do mel líquido, vāruṇī, cativou Balarāmajī. Balarāmajī e todas as gopīs tornaram-se muitíssimo atraídos pelo gosto do vāruṇī, e todos eles beberam-no juntos. Enquanto sorviam essa bebida natural, todas as gopīs cantavam as glórias do Senhor Balarāma, e o Senhor Balarāma sentiu-Se felicíssimo, como se Ele tivesse ficado inebriado por beber aquele líquido vāruṇī. Seus olhos rolavam em uma atitude agradável. Ele estava decorado com longas guirlandas de flores silvestres, e toda a situação parecia ser uma grande realização de felicidade em virtude dessa bem-aventurança transcendental. O Senhor Balarāma sorriu belamente, e as gotas de transpiração que decoravam Sua face assemelhavam-se ao orvalho em uma manhã refrescante.

Le deva Varuṇa envoya dans la forêt sa fille Vāruṇī sous forme d’un miel liquide coulant du creux des arbres. La forêt tout entière en fut embaumée et le doux arôme du miel, le parfum de Vāruṇī, captiva Balarāmajī. Il but le miel, et avec Lui les gopīs. Tout en se délectant de cette boisson naturelle, le vāruṇī, elles chantaient les gloires de Śrī Balarāma, qui Se sentait plein de bonheur, et comme enivré par le miel. Ses yeux roulaient plaisamment, de longues guirlandes de fleurs sauvages Le paraient : tout contribuait à faire de cette nuit une grande fête de bonheur. Un sourire merveilleux brillait sur les lèvres de Śrī Balarāma, et les gouttes de sueur sur Son visage étaient comme la fraîche rosée du matin.

Enquanto Balarāma estava assim feliz, Ele desejou desfrutar a companhia das gopīs na água do Yamunā. Portanto, Ele chamou o Yamunā para ir até perto deles. No entanto, o Yamunā não atendeu à ordem de Balarāmajī por achar que Ele estava embriagado. O Senhor Balarāma desagradou-Se muito porque o Yamunā desobedecera a Sua ordem. De imediato, Ele quis riscar a terra vizinha ao rio com Seu arado. O Senhor Balarāma tem duas armas, um arado e uma maça, com os quais Ele executa alguma tarefa quando Lhe é requerido. Dessa vez, Ele queria trazer o Yamunā à força, para o que buscou a ajuda do Seu arado. Ele desejou castigar o Yamunā porque ele não obedecera à Sua ordem. Ele dirigiu-Se ao Yamunā: “Você, rio miserável, não considerou Minha ordem. Agora, vou ensinar-lhe uma lição! Você não veio voluntariamente até Mim. Agora, com a ajuda de Meu arado, vou forçá-lo a vir. Eu o dividirei em centenas de córregos difusos!”

Dans cette humeur joyeuse, Il désira jouir de la compagnie des gopīs dans les eaux de la Yamunā, et enjoignit à la rivière de s’approcher d’eux. Mais la Yamunā négligea l’ordre de Balarāmajī, Le tenant pour ivre. Lui, tout à fait mécontent, décida sur-le-champ de sillonner de Sa pioche la terre des rives. Śrī Balarāma possède deux armes, une pioche et une masse, dont Il use selon le besoin. Pour cette fois, Il voulait rapprocher de force la Yamunā, pour la punir. Il lui adressa ces mots : « Rivière déchue ! Puisque tu n’as pas eu souci de Mon ordre, Je vais te donner une leçon. Tu n’as pas voulu venir de toi-même ? Eh bien, Ma pioche t’y forcera ! Je t’éparpillerai en centaines de ruisseaux ! »

Quando o Yamunā foi assim ameaçado, ele ficou com muito medo do poder de Balarāma e, de imediato, foi pessoalmente até Ele, caiu aos Seus pés de lótus e proferiu as seguintes palavras: “Meu querido Balarāma, Você é a personalidade mais poderosa e é agradável a todos. Infelizmente, esqueci-me de Sua gloriosa e elevada posição, mas agora recobrei meu juízo e me lembro de que Você mantém todos os sistemas planetários em Sua cabeça unicamente por Sua expansão parcial Śeṣa. Você é o mantenedor do universo inteiro. Minha querida Suprema Personalidade de Deus, Você é pleno de seis opulências. Porque eu me esqueci de Sua onipotência, eu, de uma maneira equívoca, desobedeci a Sua ordem e, assim, tornei-me uma grande ofensora. Não obstante, meu querido Senhor, por favor, saiba que sou uma alma rendida a Você, que é muito afetuoso com Seus devotos. Então, por gentileza, perdoe minha impudência e meus enganos e, por Sua misericórdia sem causa, liberte-me agora”.

À cette menace, la Yamunā sentit en elle une grande crainte, sachant la puissance de Balarāma. Elle vint en personne, tomba aux pieds pareils-au-lotus du Seigneur, et pria ainsi : « Ô cher Balarāma, Tu es l’Être le plus puissant, qui fait le plaisir de tous. Par malheur, j’ai oublié un instant Ta haute et glorieuse position, mais à présent, retrouvant la raison, je me rappelle que par Ta simple émanation partielle, Śeṣa, Tu soutiens sur Ta tête tous les systèmes planétaires ; l’Univers tout entier repose sur Toi. Ô Dieu, ô Personne Suprême, Tu jouis pleinement des six excellences. Oublieuse de Ta toute-puissance, j’ai désobéi à Ton ordre. Quelle erreur ! Car je me suis rangée parmi ceux qui T’offensent. Cependant, ô cher Seigneur, je T’en prie, sache que je suis une âme soumise à Ta Personne. Grande est l’affection que Tu portes à Tes dévots ; excuse donc mon impudence et mes erreurs ; puisse Ta miséricorde immotivée s’exercer en ma faveur. »

Ao exibir essa atitude submissa, o Yamunā foi perdoado, e, quando ele se aproximou, o Senhor Balarāma desfrutou o prazer de nadar nas suas águas junto com as gopīs da mesma forma que um elefante desfruta ao lado das suas muitas fêmeas. Depois de muito tempo, quando o Senhor Balarāma tinha desfrutado até Sua saciedade, Ele saiu da água e, imediatamente, uma deusa da fortuna ofereceu-Lhe uma roupa azul adequada e um valioso colar de ouro. Depois de tomar banho no Yamunā, o Senhor Balarāma, vestido com roupas azuis e decorado com ornamentos dourados, parecia muito atraente ao mundo inteiro. A tez do Senhor Balarāma é branca, e, quando Ele estava corretamente vestido, Ele assemelhava-Se precisamente ao elefante branco do rei Indra nos planetas divinos. O rio Yamunā ainda tem muitos pequenos afluentes por ter sido arranhado pelo arado do Senhor Balarāma, e todos esses afluentes do rio Yamunā ainda glorificam a onipotência do Senhor Balarāma.

S’étant soumise, la Yamunā fut pardonnée. Elle était toute proche, maintenant, et Śrī Balarāma souhaita jouir du plaisir de nager dans ses eaux en la compagnie des gopīs, comme un éléphant s’ébat avec ses nombreuses compagnes. Le bain dura longtemps, puis, lorsque Śrī Balarāma eut connu pleine satisfaction, Il sortit des eaux. Alors une déesse de la fortune Lui offrit un bel habit bleu, ainsi qu’un précieux collier d’or. Grande était la séduction de Śrī Balarāma, après Son bain dans la Yamunā, vêtu de bleu et paré de bijoux d’or. Comme Son teint est blanc, Il ressemblait à l’éléphant blanc du roi Indra, dans les planètes édéniques. Aujourd’hui encore, la rivière Yamunā se divise en de nombreuses petites branches : elle a été écorchée par la pioche de Śrī Balarāma. Et ces branches de la Yamunā glorifient toujours Sa toute-puissance.

O Senhor Balarāma e as gopīs desfrutaram juntos de passatempos transcendentais todas as noites durante dois meses, e o tempo passou tão depressa que todas essas noites pareceram ser uma só noite. Na presença do Senhor Balarāma, todas as gopīs e os outros habitantes de Vṛndāvana ficaram tão alegres quanto eles tinham estado antes na presença de ambos os irmãos, o Senhor Kṛṣṇa e o Senhor Balarāma.

Chaque nuit, pendant deux mois, Śrī Balarāma et les gopīs prirent ainsi plaisir ensemble à leurs Divertissements spirituels et absolus ; le temps coulait pour eux si vite que toutes ces nuits n’en semblèrent qu’une. Śrī Balarāma présent, les gopīs et les habitants de Vṛndāvana avaient retrouvé la même joie qu’aux jours où habitaient avec eux les deux Frères, Śrī Kṛṣṇa et Śrī Balarāma. »

Neste ponto, encerram-se os significados Bhaktivedanta do capítulo sessenta e cinco de Kṛṣṇa, intitulado “O Senhor Balarāma Visita Vṛndāvana”.

Ainsi s’achèvent les enseignements de Bhaktivedanta pour le soixante-cinquième chapitre du Livre de Kṛṣṇa, intitulé: « Śrī Balarāma visite Vṛndāvana ».