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SOIXANTE-TROISIÈME CHAPITRE

Capítulo 63

Śrī Kṛṣṇa S’oppose à Bāṇāsura

O Senhor Kṛṣṇa Luta com Bāṇāsura

Les quatre mois de la saison des pluies s’écoulèrent, et Aniruddha n’était toujours pas rentré. L’inquiétude grandissait dans la famille des Yadus. Son absence restait inexplicable. Mais par bonheur, le grand sage Nārada vint un jour les voir, et leur apprit ce qui s’était passé, depuis l’enlèvement d’Aniruddha dans la capitale de Bāṇāsura, jusqu’à la victoire du jeune homme sur les guerriers ennemis, et sa capture à l’aide d’un nāga-pāśa. Toute l’histoire fut révélée dans ses moindres détails. Alors, les membres de la dynastie Yadu, qui tous portaient à Kṛṣṇa une grande affection, se préparaient pour donner assaut à la ville de Śoṇitapura. Presque tous les chefs de la famille, y compris Pradyumna, Sātyaki, Gada, Sāmba, Sāraṇa, Nanda, Upananda et Bhadra, s’assemblèrent et réunirent en phalanges dix-huit divisions militaires akṣauhiṇīs. L’armée prit la route de Śoṇitapura, qui fut bientôt cernée de guerriers, d’éléphants, de chevaux et de chars.

Quando os quatro meses da estação chuvosa haviam se passado e Aniruddha ainda não tinha voltado para casa, todos os membros da família Yadu ficaram muito perturbados. Eles não puderam entender a ausência do rapaz. Felizmente, certo dia, o grande sábio Nārada foi até lá e informou a família sobre o desaparecimento de Aniruddha. Ele explicou como Aniruddha fora levado para a cidade de Śoṇitapura, a capital do império de Bāṇāsura, e como esse o prendera com a naga-paśa embora Aniruddha tivesse derrotado os soldados dele. Essas notícias foram dadas em detalhes por Nārada, e a história inteira foi revelada. Então, os membros da dinastia Yadu, todos os quais nutriam uma grande afeição por Kṛṣṇa, prepararam-se para atacar a cidade de Śoṇitapura. Praticamente todos os líderes da família, inclusive Pradyumna, Sātyaki, Gada, Sāmba, Sāraṇa, Nanda, Upananda e Bhadra, reuniram-se e juntaram dezoito divisões militares akṣauhiṇī em falanges. Em seguida, todos eles partiram para Śoṇitapura e cercaram-na com soldados, elefantes, cavalos e quadrigas.

Lorsque Bāṇāsura apprit que les soldats de la dynastie Yadu attaquaient sa ville, abattant de nombreux murs et portails, ravageant les jardins du voisinage, il entra dans une terrible colère et donna aussitôt l’ordre à ses troupes, égales en force à celles des Yadus, de les affronter. Si grande était la bienveillance de Śiva envers Bāṇāsura qu’il vint lui-même, assisté par ses fils héroïques, Kārttikeya et Gaṇapati, commander en chef ses armées. Assis sur son taureau favori, Nandīśvara, Śiva dirigea le combat contre Śrī Kṛṣṇa et Balarāma. On peut imaginer l’ardeur de la lutte : Śiva et ses fils d’un côté, de l’autre Śrī Kṛṣṇa, Dieu, la Personne Suprême, et Son Frère aîné Śrī Balarāmajī. Si féroce la bataille que ceux qui y assistèrent sentirent les poils se dresser sur leur corps ! Śiva luttait contre Śrī Kṛṣṇa, Pradyumna contre Kārttikeya, et Śrī Balarāma contre le général de Bāṇāsura, Kumbhāṇḍa, qu’assistait Kūpakarṇa. Sāmba, le fils de Kṛṣṇa, luttait contre le fils de Bāṇāsura, ce dernier affrontait Sātyaki, commandant en chef de la dynastie Yadu. Ainsi fut engagée la bataille.

Bāṇāsura ouviu que os soldados da dinastia Yadu estavam atacando toda a cidade, demolindo várias paredes, portões e jardins circunvizinhos. Ficando muito enfurecido, ele imediatamente ordenou que seus soldados, que eram de igual capacidade, fossem e enfrentassem o inimigo. O senhor Śiva era tão gentil com Bāṇāsura que ele veio pessoalmente como o comandante-em-chefe da força militar, auxiliado pelos seus heroicos filhos Kārttikeya e Gaṇapati. O senhor Śiva, sentado em seu touro favorito, liderou a luta contra o Senhor Kṛṣṇa e Balarāma. Pode-se simplesmente imaginar quão feroz foi o combate – o senhor Śiva com seus valorosos filhos de um lado, e o Senhor Kṛṣṇa, a Suprema Personalidade de Deus, e Seu irmão mais velho, Śrī Balarāmajī, do outro. O combate foi tão violento que aqueles que viram a batalha ficaram tomados de admiração, com os pelos de seus corpos arrepiados. O senhor Śiva ocupou-se em pelejar diretamente contra o Senhor Kṛṣṇa, Pradyumna assumiu a luta com Karttikeya, e o Senhor Balarāma Se propôs a enfrentar o comandante-em-chefe de Bāṇāsura, Kumbhāṇḍa, o qual estava sendo ajudado por Kūpakarna. Sāmba, o filho de Kṛṣṇa, lutou com o filho de Bāṇāsura, e Bāṇāsura lutou com Sātyaki, o comandante-em-chefe da dinastia Yadu. Foi assim que ocorreu a luta.

La nouvelle s’en répandit partout dans l’univers. Les devas tel Brahmā, ainsi que des grands sages et saints, Siddhas, Cāraṇas, et Gandharvas, tous curieux d’assister à une bataille opposant Śiva, Śrī Kṛṣṇa et leurs lieutenants, étaient descendus des systèmes planétaires supérieurs pour planer au-dessus du champ de bataille à bord de leurs aéronefs. Śiva, appelé pour cette raison bhūta-nātha, se fit d’abord aider par toutes sortes de puissants esprits et habitants de l’enfer – bhūtas, pretas, pramathas, guhyakas, ḍākinīs, piśācas, kuṣmāṇḍas, vetālas, vināyakas et brahma-rākṣasas. (De tous les spectres, les brahma-rākṣasas sont les plus puissants. Il s’agit de brāhmaṇas transformés en fantômes).

Notícias da luta espalharam-se por todo o universo. Semideuses como o senhor Brahmā, provenientes dos sistemas planetários superiores, junto de grandes sábios e pessoas santas, siddhas, cāraṇas e gandharvas, todos muito curiosos para assistir à briga entre o senhor Śiva e o Senhor Kṛṣṇa e Seus auxiliares, sobrevoavam o campo de batalha em Seus aeroplanos. O senhor Śiva é chamado Bhūta-nātha porque ele é ajudado por várias espécies de fantasmas poderosos e habitantes do inferno – bhūtas, pretas, pramathas, guhyakas, ḍākinīs, piśācas, kusmāndas, vetālas, vināyakas e brahma-rākṣasas. (De todos os tipos de fantasmas, os brahma-rākṣasas são os mais poderosos. Eles são brāhmaṇas que, depois da morte, entraram na espécie fantasmagórica de vida.)

Dieu, la Personne Suprême, Śrī Kṛṣṇa, n’eut qu’à les battre du bois de son arc fameux, le Śārṅga-dhanu, pour chasser tous ces fantômes du champ de bataille. Alors, Śiva se mit à lancer sur le Seigneur les plus redoutables de ses armes. Mais Śrī Kṛṣṇa n’eut aucun mal à les neutraliser par d’autres armes. Un brahmāstra (arme comparable à la bombe atomique) se heurta à un autre brahmāstra ; une arme d’air à une arme-montagne ; à Śiva qui lançait l’arme d’air, provoquant un cyclone sur le champ de bataille, Śrī Kṛṣṇa opposa une arme-montagne qui arrêta l’ouragan. De même, lorsque Śiva lança un feu dévastateur, Kṛṣṇa lui opposa des torrents de pluie.

A Suprema Personalidade de Deus, Śrī Kṛṣṇa, simplesmente dispersou todos esses fantasmas do campo de batalha com as flechas do Seu famoso arco, Śārṅga-dhanur. Assim, o senhor Śiva começou a lançar todas as suas armas selecionadas contra a Personalidade de Deus. O Senhor Śrī Kṛṣṇa, sem qualquer dificuldade, neutralizou todas essas armas com contra-armas. Ele neutralizou a brahmāstra, semelhante à bomba atômica, com outra brahmāstra, e uma arma de ar com uma arma de montanha. Quando o senhor Śiva atirou uma arma particular que provoca um furacão violento no campo de batalha, o Senhor Kṛṣṇa apresentou exatamente o elemento oposto, uma arma de montanha, que interrompeu o furacão naquele mesmo lugar. Semelhantemente, quando o senhor Śiva disparou sua arma de fogo devastador, Kṛṣṇa a desativou com torrentes de chuva.

Enfin, Śiva lança son arme personnelle, le pāśupata-astra, qui fut arrêté par celle de Kṛṣṇa, le nārāyaṇa-astra. Śiva en fut exaspéré, et le Seigneur en prit parti pour lancer contre lui son « arme à bailler », sous l’effet de laquelle l’adversaire se sent las, se met à bailler, cesse de combattre. Śiva sentit l’envahir une lassitude si accablante qu’il refusa, en baillant, de poursuivre le combat ; ce qui permit à Kṛṣṇa de porter Son attention sur les attaques de Bāṇāsura : de Ses sabres et de Ses masses, Il fit périr les guerriers attachés à sa personne. Pendant ce temps, le fils de Kṛṣṇa, Pradyumna, luttait férocement contre Kārttikeya, le général des devas. Ce dernier était blessé ; de son corps coulaient des flots de sang : son état était tel qu’il cessa de combattre, et quitta le champ de bataille, sur le dos du paon qui le porte. Semblablement, Śrī Balarāma écrasait à coups de masse le commandant en chef de Bāṇāsura, Kumbhāṇḍa, et son assistant, Kūpakarṇa. Tous deux tombèrent sur le champ de bataille – Kumbhāṇḍa succombant à une blessure mortelle. Désormais privés de leur chef, les guerriers de Bāṇāsura s’éparpillèrent dans toutes les directions.

Afinal, quando o senhor Śiva lançou sua arma pessoal chamada Pāśupata-astra, Kṛṣṇa a desativou imediatamente com a Nārāyaṇa-astra. O senhor Śiva, então, ficou exasperado na luta contra o Senhor Kṛṣṇa. Kṛṣṇa, então, aproveitou a oportunidade para lançar a Sua arma de bocejo. Quando essa arma é disparada, a parte adversária se cansa, deixa de lutar e começa a bocejar. Por conseguinte, o senhor Śiva ficou tão cansado que ele se recusou a lutar e começou a bocejar. Kṛṣṇa pôde, então, tirar Sua atenção do ataque ao senhor Śiva e dirigir os esforços para Bāṇāsura e, assim, começou a matar os soldados pessoais de Bāṇāsura com espadas e maças. Enquanto isso, Pradyumna, o filho do Senhor Kṛṣṇa, estava lutando ferozmente com Karttikeya, o comandante-em-chefe dos semideuses. Karttikeya estava ferido, e seu corpo estava sangrando profusamente. Nessa condição, ele deixou o campo de batalha e, sem lutar mais, partiu no dorso de seu pavão. Da mesma forma, o Senhor Balarāma esmagou o comandante-em-chefe de Bāṇāsura, Kumbhāṇḍa, com os Seus golpes de maça. Kūpakarṇa também foi ferido dessa forma, e ambos, ele e Kumbhāṇḍa, caíram no campo de batalha, Kumbhanda fatalmente ferido. Sem comando, todos os soldados de Bāṇāsura dispersaram-se a esmo em todas as direções.

La défaite de ses guerriers ne fit qu’augmenter la colère de Bāṇāsura. Il jugea plus sage de cesser le combat avec Sātyaki, commandant en chef des armées de Kṛṣṇa, pour s’attaquer au Seigneur Lui-même. C’était l’occasion de faire usage de ses mille mains ! Il se rua sur Kṛṣṇa, actionnant dans un même temps cinq cents arcs et deux mille flèches. Mais jamais l’insensé ne comprend la puissance de Kṛṣṇa. Sans le moindre effort, Il brisa en deux chacun des arcs de Bāṇāsura et, pour que ce dernier ne prenne pas la fuite, fit tomber au sol les chevaux attelés à son char, qui se brisa en morceaux. Puis, Śrī Kṛṣṇa souffla dans Sa conque, la Pāñcajanya.

Quando Bāṇāsura viu que seus soldados e comandantes haviam sido derrotados, enfureceu-se ainda mais. Ele considerou prudente deixar de lutar com Sātyaki, o comandante-em-chefe de Kṛṣṇa, e, em vez dele, atacar o Senhor Kṛṣṇa diretamente. Tendo agora a oportunidade para usar seus mil braços, ele se arremeteu contra Kṛṣṇa manejando, simultaneamente, quinhentos arcos e duas mil flechas. Semelhante pessoa tola nunca é capaz de medir a força de Kṛṣṇa. Imediatamente, sem dificuldade, Kṛṣṇa cortou cada um dos arcos de Bāṇāsura em dois pedaços para impedi-lo de ir mais adiante e derrubou os cavalos da quadriga no chão, de forma que a quadriga se despedaçou. Depois de fazer isso, Kṛṣṇa soprou Seu búzio, o Pāñcajanya.

Bāṇāsura adorait une déesse du nom de Koṭarā ; entre eux s’échangeait une relation de mère et de fils. Mère Koṭarā, ulcérée de voir Bāṇāsura en danger de mort, apparut sur la scène, nue, les cheveux épars, debout devant Śrī Kṛṣṇa. Le Seigneur, n’aimant guère la vue de cette femme nue, détourna Son regard. L’asura saisit l’occasion pour s’enfuir du champ de bataille. Toutes les cordes de ses arcs tranchées, sans char et sans conducteur, il n’avait rien d’autre à faire que rentrer dans sa ville. Il avait tout perdu dans la bataille.

Havia uma semideusa chamada Koṭarā que era adorada por Bāṇāsura, e a relação deles era como de mãe e filho. Mãe Koṭarā irou-se porque a vida de Bāṇāsura estava em perigo; assim, ela apareceu em cena. Com corpo nu e cabelo solto, ela postou-se diante do Senhor Kṛṣṇa. Śrī Kṛṣṇa não gostou da visão dessa mulher desnuda e, para evitar vê-la, virou Seu rosto. Bāṇāsura, tendo essa oportunidade para escapar do ataque de Kṛṣṇa, abandonou o campo de batalha. Todas as cordas dos seus arcos tinham sido quebradas, e não havia nenhuma quadriga ou cocheiro, diante do que ele não teve qualquer alternativa a voltar à sua cidade. Ele perdera tudo na batalha.

Harcelés par les flèches du Seigneur, tous les compagnons de Śiva, les esprits et les fantomatiques bhūtas, pretas et kṣatriyas quittèrent le champ de bataille. Alors Śiva eut recours à son arme ultime, la plus mortelle, le Śiva-jvara, qui détruit par une formidable élévation de température. Il est dit qu’à la fin de la création, le soleil brûle douze fois plus qu’à l’ordinaire. C’est cette température, douze fois la chaleur du soleil, que l’on appelle Śiva-jvara. Le Śiva-jvara, quand il fut lancé, avait trois têtes et trois jambes. Fonçant sur Kṛṣṇa, il sembla réduire tout en cendres sur son passage. Un feu ardent parut dans toutes les directions, mais Kṛṣṇa vit qu’il se dirigeait particulièrement vers Lui.

Sendo intensamente hostilizados pelas flechas de Kṛṣṇa, todos os companheiros do senhor Śiva, os duendes e fantasmas bhūtas, pretas e kṣatriyas, abandonaram o campo de batalha. O senhor Śiva, então, fez uso de seu último recurso. Ele lançou sua maior arma de morte, conhecida como Śiva-jvara, a qual destrói por meio de temperatura excessiva. Afirma-se que, ao término da criação, o Sol se torna doze vezes mais abrasador do que o habitual. Essa temperatura doze vezes mais elevada é chamada Śiva-jvara. Quando o Śiva-jvara personificado foi atirado, ele tinha três cabeças e três pernas e, quando ele chegou até Kṛṣṇa, parecia que ele queimava tudo em cinzas. Ele era tão poderoso que fez fogo ardente aparecer em todas as direções, e Kṛṣṇa observou que ele estava indo especificamente em Sua direção.

En face de l’arme Śiva-jvara, il existe également l’arme Nārāyaṇa-jvara. Elle a pour effet de produire un froid glacial. On peut, d’une façon ou d’une autre, supporter les hautes températures, mais le froid anéantit tout – comme on en fait l’expérience à l’instant de la mort (la température du corps commence par monter jusqu’à 42 degrés, puis le corps tout entier s’affaisse et se glace). Ainsi, pour réduire à rien la chaleur torride du Śiva-jvara, il n’existait pas d’autre parade que le Nārāyaṇa-jvara.

Assim como existe uma arma Śiva-jvara, também há uma arma Nārāyaṇa-jvara, que é representada por frio excessivo. Quando há calor excessivo, a pessoa pode, de uma maneira ou de outra, tolerar, mas, quando há frio excessivo, tudo entra em colapso. Isso é realmente experimentado por uma pessoa na hora da morte. Na hora da morte, a temperatura do corpo, em primeiro lugar, aumenta para 42 graus, após o que o corpo inteiro entra em colapso e, imediatamente, fica tão frio quanto gelo. Para neutralizar o calor abrasador do Śiva-jvara, não há nenhuma outra arma senão o Nārāyaṇa-jvara.

Lorsque Śrī Kṛṣṇa S’aperçut que Śiva avait lancé son arme ultime, Lui-même n’eut pas d’alternative, et ne put que lâcher le Nārāyaṇa-jvara. Śrī Kṛṣṇa est le Nārāyaṇa originel, et donc le Maître de l’arme Nārāyaṇa-jvara. Un combat gigantesque opposa les deux jvaras. Lorsqu’une chaleur excessive rencontre un froid extrême, elle diminue peu à peu : c’est ce qui arriva. La température du Śiva-jvara baissa peu à peu, et il se mit à crier en implorant l’aide de Śiva. Mais ce dernier se trouvait impuissant devant le Nārāyaṇa-jvara. Ainsi délaissé, le Śiva-jvara comprit qu’il ne lui restait plus qu’un choix : s’abandonner à Nārāyaṇa, Śrī Kṛṣṇa en Personne ; puisque Śiva, le plus grand d’entre les devas, ne lui était d’aucune aide, que dire des autres devas, inférieurs. Le Śiva-jvara finit par se prosterner devant Kṛṣṇa et Lui offrir une prière pour que, satisfait, Il le couvre de Sa protection.

Portanto, quando o Senhor Kṛṣṇa viu que o Śiva-jvara tinha sido disparado pelo senhor Śiva, Ele não teve recurso a atirar o Nārāyaṇa-jvara. O Senhor Śrī Kṛṣṇa é o Nārāyaṇa original e o controlador da arma Nārāyaṇa-jvara. Quando o Nārāyaṇa-jvara foi lançado, houve um titânico combate entre os dois jvaras. Quando o calor excessivo é neutralizado através do frio extremo, é natural que a temperatura quente seja gradualmente reduzida, e isso foi o que aconteceu no duelo entre o Śiva-jvara e o Nārāyaṇa-jvara. Aos poucos, a temperatura do Śiva-jvara diminuiu e ele começou a chorar, implorando pela ajuda do senhor Śiva, mas o senhor Śiva estava impossibilitado de ajudá-lo na presença do Nārāyaṇa-jvara. Sem condições de obter qualquer auxílio do senhor Śiva, o Śiva-jvara pôde entender que ele não dispunha de quaisquer meios de fuga, com exceção da rendição a Nārāyaṇa, o próprio Senhor Kṛṣṇa. O senhor Śiva, o maior dos semideuses, não podia ajudá-lo, o que falar dos semideuses menores, e, em vista disso, o Śiva-jvara se rendeu a Kṛṣṇa por fim, curvando-se diante dEle e oferecendo uma oração de forma que o Senhor Se agradasse e lhe desse proteção.

Cet exemple montre bien que ne peut être mis à mort celui à qui Kṛṣṇa accorde Sa protection. Mais celui à qui Il la refuse, nul ne peut le sauver. Śiva porte le nom de Mahādeva, le plus grand d’entre les devas, bien que parfois on tienne pour tel Brahmā, parce qu’il a le pouvoir de créer ; mais Śiva peut anéantir les créations de Brahmā. Cependant, l’un et l’autre n’agissent que dans un seul sens. Brahmā crée, Śiva annihile, mais aucun d’eux ne peut maintenir l’existence, Or Śrī Viṣṇu, Lui, a la maîtrise de ces trois actes. Et en vérité, la création n’est pas l’œuvre de Brahmā, car lui-même est créé par Śrī Viṣṇu. Et Śiva est né de Brahmā. Śiva-jvara comprit donc que sans Kṛṣṇa, ou Nārāyaṇa, nul ne pouvait l’aider. Il se rendit à la raison, prit refuge aux pieds de Śrī Kṛṣṇa, et les mains jointes il se mit à prier :

Este incidente da luta entre as armas supremas do senhor Śiva e do Senhor Kṛṣṇa prova que, se Kṛṣṇa der proteção a alguém, ninguém poderá matá-lo, e se Kṛṣṇa não der Sua proteção, ninguém poderá salvá-lo. O senhor Śiva é chamado Mahadeva, o maior de todos os semideuses, embora, às vezes, o senhor Brahmā seja considerado o maior de todos os semideuses porque ele pode criar. Por outro lado, o senhor Śiva pode aniquilar as criações de Brahmā. Não obstante, tanto o senhor Brahmā quanto o senhor Śiva agem meramente com uma capacidade: o senhor Brahmā pode criar e o senhor Śiva pode aniquilar. Todavia, nenhum deles pode manter. O Senhor Viṣṇu, em contraste, não apenas mantém, mas cria e também aniquila. Na verdade, a criação não é efetuada por Brahmā, porque o próprio Brahmā é criado pelo Senhor Viṣṇu. E o senhor Śiva é criado por Brahmā, ou nasce dele. Consequentemente, o Śiva-jvara entendeu que, sem Kṛṣṇa, ou Nārāyaṇa, ninguém poderia ajudá-lo. Assim, corretamente, Ele refugiou-se no Senhor Kṛṣṇa e, de mãos juntas, começou a proferir uma oração com as seguintes palavras:

« Ô cher Seigneur, je T’offre mon hommage respectueux, à Toi dont les puissances sont sans limites. Nul ne pouvant les surpasser, Tu demeures le Seigneur universel. Souvent on tient Śiva pour l’être le plus puissant dans le monde matériel, mais il ne possède pas comme Toi la toute-puissance. Telle est la vérité. Tu es la Conscience, la Connaissance, originelles. Sans conscience ou connaissance, il n’existe pas de puissance. Un objet peut receler en lui une grande puissance, mais privé de connaissance ou de conscience, il ne peut agir. Une machine peut être énorme et merveilleuse, mais sans l’intervention d’un être conscient, et jouissant d’un certain savoir, elle perd toute utilité. Ô Seigneur, Tu es le Savoir parfait, et en Ta Personne ne se trouve aucune trace de souillure matérielle. Śiva est sans doute un puissant deva, puisqu’il peut anéantir la création tout entière ; sans doute Brahmā, capable de créer l’univers, jouit d’une grande puissance, mais en vérité, ni l’un ni l’autre ne sont la cause originelle de la manifestation cosmique. Tu es la Vérité Absolue, le Brahman Suprême, et la Cause originelle. La radiance du Brahman impersonnel, qui dépend de Toi, n’est pas la Cause originelle. Comme le confirme la Bhagavad-gītā, la cause du Brahman impersonnel, c’est Toi, Śrī Kṛṣṇa. Le brahmajyoti est pareil aux rayons qui émanent du globe solaire. Comment pourrait-il être la Cause ultime ? Non, la Cause ultime de toute chose est la Forme éternelle, suprême, de Ta Personne, Śrī Kṛṣṇa. Dans le Brahman impersonnel vivent encore tous les actes matériels, avec leurs conséquences. Dans le Brahman personnel, l’éternelle Forme de Kṛṣṇa, l’action qui engendre des conséquences n’existe pas. C’est pourquoi, ô Seigneur, Ton Corps se trouve totalement paisible, plein de félicité et libre de souillure matérielle.

“Meu querido Senhor, ofereço-Lhe minhas respeitosas reverências porque Você tem potências ilimitadas. Ninguém pode ultrapassar Suas potências, e, assim, Você é o Senhor de todo o mundo. As pessoas consideram o senhor Śiva a personalidade mais poderosa no mundo material, mas o senhor Śiva não é onipotente; Você é todo-poderoso. Isso é fato. Você é a consciência original, ou o conhecimento. Sem conhecimento, ou consciência, nada pode ser poderoso. Uma coisa material pode ser muito poderosa, mas, sem o toque da consciência, ela não pode agir. Uma máquina material pode ser gigantesca e maravilhosa, mas, sem o toque de alguém consciente e sem conhecimento, a máquina material é inútil para todos os propósitos. Meu Senhor, Você é o conhecimento completo, e não há um único vestígio de contaminação material em Sua personalidade. O senhor Śiva pode ser um semideus poderoso por causa do seu poder específico de aniquilar a criação inteira, e, semelhantemente, o senhor Brahmā pode ser muito poderoso porque ele pode criar o universo inteiro, mas nem Brahmā nem o senhor Śiva são a causa original desta manifestação cósmica. Você é a Verdade Absoluta, o Brahmān Supremo e a causa original. A causa original da manifestação cósmica não é a refulgência do Brahman impessoal. Aquela refulgência do Brahman impessoal descansa em Sua personalidade”. Como confirma o Bhagavad-gītā, a causa do Brahman impessoal é o Senhor Kṛṣṇa. Essa refulgência Brahmān é comparada aos raios solares, que emanam do globo solar. Então, o Brahmān impessoal não é a causa última. A causa última de tudo é a forma eterna e suprema de Kṛṣṇa. Todas as ações e reações materiais acontecem no Brahmān impessoal, mas, no Brahmān pessoal, a forma eterna de Kṛṣṇa, não há nenhuma ação e reação.

« Dans le corps matériel s’engendrent les actions et les réactions des trois guṇas. S’y ajoute le temps, d’une importance suprême puisqu’il met en action les éléments qui font que l’Univers matériel se manifeste. Ainsi vient à l’existence le monde phénoménal, engendrant aussitôt les actes intéressés. Ceux-ci déterminent la forme que prend l’être vivant, lequel acquiert une nature déterminée ; il s’enveloppe d’un corps subtil et d’un corps grossier, constitués de l’air vital, de l’ego, des dix organes des sens, du mental et des cinq éléments grossiers. Ces éléments se combinent pour créer un type de corps qui devient la racine, la cause, de nombreux autres, acquis successivement au cours des transmigrations de l’âme. Toutes ces manifestations phénoménales représentent les interactions de Ton énergie matérielle. Non affecté par les interactions des différents éléments, Tu es la Cause de cette énergie externe. Transcendant ces mouvements imposés par l’énergie matérielle, Tu demeures la Sérénité suprême. Parce que Tu représentes l’affranchissement total de la souillure matérielle, j’abandonne tout, et je choisis pour refuge Tes pieds pareils-au-lotus.

O Śiva-jvara continuou: “Portanto, meu Senhor, Seu corpo é plenamente pacífico, plenamente feliz e destituído de contaminação material. No corpo material, há ações e reações dos três modos da natureza material. O fator tempo é o elemento mais importante, acima de todos os outros, porque a manifestação material é efetuada pela agitação do tempo. Dessa forma, os fenômenos naturais entram em existência e, assim que surgem os mesmos, as atividades fruitivas são visíveis. Como resultado dessas atividades fruitivas, uma entidade viva assume sua forma. Ela adquire uma natureza particular contida em um corpo sutil e em um corpo grosseiro formados pelo ar vital, o ego, os dez órgãos dos sentidos, a mente e os cinco elementos grosseiros. Em consequência, estes criam o tipo de corpo que, mais tarde, se tornará a causa raiz de vários outros corpos, que são adquiridos, um após o outro, por meio da transmigração da alma. Todas essas manifestações fenomenais são as ações combinadas de Sua energia material – Você, porém, é a causa dessa energia externa e, assim, permanece inalterado pela ação e pela reação dos diferentes elementos. E porque Você é transcendental a tais forças da energia material, Você é a tranquilidade suprema e a última palavra em liberdade da contaminação material. Por conseguinte, refugio-me aos Seus pés de lótus, abandonando todos os outros abrigos”.

« Ô cher Seigneur, apparaître en tant que Fils de Vasudeva, dans le rôle d’un être humain, c’est l’un de Tes Divertissements, qui prouve Ta liberté absolue. Pour apporter tous bienfaits aux bhaktas et vaincre les abhaktas, Tu apparais sous forme de multiples avatāras, qui descendent en ce monde accomplir la promesse faite par Toi dans la Bhagavad-gītā : « Chaque fois que se dressent des obstacles sur la voie du progrès spirituel, alors J’apparais. » Chaque fois que des principes impies engendrent des troubles, ô Seigneur, Tu apparais par la force de Ton énergie interne. Ton premier souci est de protéger et de maintenir les devas et les hommes enclins à la spiritualité ; de maintenir, également, la loi et l’ordre matériels. C’est pourquoi Tu T’attaques aussi, justement et à bon droit, aux mécréants et aux asuras. Ce n’est pas la première fois que Tu descends en ce monde ; comprenons que Tu es venu maintes fois auparavant.

“Meu querido Senhor, Seu aparecimento como o filho de Vasudeva em Seu papel como um ser humano é um dos passatempos de Sua liberdade completa. Para beneficiar Seus devotos e derrotar os não-devotos, Você aparece em múltiplas encarnações. Todas essas encarnações descem em cumprimento de Sua promessa no Bhagavad-gītā, de que Você aparece assim que há discrepâncias no sistema de vida progressiva. Quando há perturbações devido aos princípios irregulares, meu querido Senhor, Você aparece, através de Sua potência interna. Seu interesse principal é proteger e manter os semideuses e as pessoas espiritualmente inclinadas e manter o padrão das leis e ordem materiais. Considerando Sua missão de manter tal lei e ordem, Sua violência para com os descrentes e demônios é bem apropriada. Essa não é a primeira vez que Você encarnou: deve-se entender que Você já o fez incontáveis vezes antes”.

« Ô cher Seigneur, voici mon seul vœu : que Tu saches que j’ai été sévèrement châtié par Ton Nārāyaṇa-jvara qui, peut-être rafraichissant, est pour nous tous un grand danger, et intolérable. Ô Seigneur, aussi longtemps que l’être qui a accepté un corps matériel oublie la Conscience de Kṛṣṇa, il est conduit par l’emprise des désirs matériels, et ignorant le refuge ultime – Tes pieds pareils-au-lotus – se voit assailli par les trois sortes de souffrances imposées par la nature matérielle. Celui qui ne s’abandonne pas à Toi doit perpétuellement souffrir. »

“Meu querido Senhor, imploro que considere que já fui muitíssimo castigado pelo lançamento de Seu Nārāyaṇa-jvara, o qual é extremamente frio e, ao mesmo tempo, profundamente danoso e insuportável para todos nós. Meu querido Senhor, enquanto a pessoa permanece esquecida da consciência de Kṛṣṇa, dirigida pelo feitiço dos desejos materiais e ignorante do refúgio último aos Seus pés de lótus, ela, que aceitou este corpo material, é perturbada pelas três condições miseráveis da natureza material. Porque ela não se rende a Você, ela continua a sofrer perpetuamente”.

Śrī Kṛṣṇa répondit : « Ô toi, qui as trois têtes, tes paroles Me comblent. Sois sûr désormais que le Nārāyaṇa-jvara ne te causera plus de souffrance. Tu ne le craindras plus, et bien plus : quiconque gardera simplement le souvenir de ce combat entre le Śiva-jvara et le Nārāyaṇa-jvara se verra lui aussi libre de toute crainte. » Ayant ouï les paroles de Dieu, la Personne Suprême, Śivajvara offrit à Ses pieds pareils-au-lotus son hommage respectueux et prit congé de Lui.

Depois de ouvir o Śiva-jvara, o Senhor Kṛṣṇa respondeu: “Ó ser de três cabeças, estou satisfeito com sua declaração. Tenha certeza de que não haverá mais sofrimento para você causado pelo Nārāyaṇa-jvara. Não apenas está agora livre do medo do Nārāyaṇa-jvara, mas qualquer pessoa que, no futuro, simplesmente recordar-se deste duelo entre você e o Nārāyaṇa-jvara também será libertada de todas as espécies de medo”. Após ouvir a Suprema Personalidade de Deus, o Śiva-jvara ofereceu suas respeitosas reverências aos Seus pés de lótus e partiu.

Cependant, Bāṇāsura s’était de façon ou d’autre remis de sa défaite, et armé d’une énergie nouvelle, il retournait au combat. Il apparut devant Śrī Kṛṣṇa, qui Se trouvait assis sur Son char, en brandissant diverses armes dans ses mille mains. Dans un état d’agitation extrême, il les lança l’une après l’autre sur le Corps de Śrī Kṛṣṇa : cela faisait comme des torrents de pluie. Lorsque le Seigneur vit les armes voler vers Lui comme des filets d’eau coulant avec force d’une passoire, Il saisit Son disque sudarśana, au fil tranchant, et commença à couper l’un après l’autre les mille bras de l’asura comme un jardinier émonde un arbre. Lorsque Śiva se rendit compte que même en sa présence, son dévot, Bāṇāsura, n’était pas épargné, il retrouva la raison et s’approcha de Śrī Kṛṣṇa pour L’apaiser par l’offrande de prières.

Enquanto isso, Bāṇāsura, de uma maneira ou de outra, se recuperou dos seus reveses e, com energia rejuvenescida, retornou à luta. Desta vez, Bāṇāsura, com diferentes espécies de armas nas suas mil mãos, apareceu diante do Senhor Kṛṣṇa, que estava sentado em Sua quadriga. Muito agitado, Bāṇāsura disparou diversas armas contra o corpo do Senhor Kṛṣṇa, como torrentes de chuva. Quando o Senhor Kṛṣṇa viu as armas de Bāṇāsura vindo em Sua direção como água jorrando de um coador, Ele pegou Seu afiadíssimo disco Sudarśana e começou a cortar os mil braços do demônio, um após o outro, da mesma maneira que um jardineiro apara os ramos de uma árvore com cortadores afiados. Quando o senhor Śiva viu que seu devoto Bāṇāsura não poderia ser salvo, nem mesmo em sua presença, ele recuperou sua consciência e pessoalmente foi diante do Senhor Kṛṣṇa e começou a apaziguá-lO, oferecendo as seguintes orações.

Śiva dit : « Ô cher Seigneur, c’est Toi qu’adorent les hymnes védiques. Qui ne Te connaît pas tient l’impersonnel brahmajyoti pour la Vérité Suprême, pour l’Ultime Absolu. Mais c’est qu’il ignore Ton existence en Ta Demeure éternelle, derrière Ta radiante spirituelle. Ô cher Seigneur, on T’appelle donc le Param Brahman, – ce mot Te désigne dans la Bhagavad-gītā. Les saints qui ont lavé leur cœur de toute souillure matérielle peuvent réaliser Ta Forme absolue. Bien que Tu sois partout présent comme le ciel, non affecté par la matière, nul autre que le bhakta ne peut Te réaliser. Selon la conception impersonnaliste de Ton existence suprême, le ciel est Ton nombril, le feu Ta bouche, et l’eau Ta semence. Les planètes édéniques sont Ta tête, toutes les directions Tes oreilles, la planète Urvī Tes pieds pareils-au-lotus, la lune Ton mental et le soleil Ton œil. Et moi, j’agis comme Ton ego. L’océan est Ton abdomen et le roi des planètes édéniques, Indra, Ton bras. Arbres et plantes sont sur Ton Corps les poils, les nuages sont Tes cheveux et Brahmā Ton intelligence. Tous les grands géniteurs, les Prajāpatis, sont Tes représentants symboliques, et la religion Ton cœur. Ainsi se conçoit l’aspect impersonnel de Ton Corps suprême, mais Tu restes, si l’on va au fond, la Personne Suprême : l’aspect impersonnel de Ton Corps souverain ne représente qu’une petite émanation de Ton énergie. On Te compare au feu originel, et Tes émanations sont Ta chaleur et Ta lumière. »

O senhor Śiva disse: “Meu querido Senhor, Você é o objeto adorável dos hinos védicos. Aquele que não O conhece, considera que o Brahmājyoti impessoal é a Verdade Absoluta Suprema última, sem conhecimento de que Você existe por trás de Sua refulgência espiritual em Sua morada eterna. Portanto, meu querido Senhor, Você é chamado Parabrahman. Na verdade, as palavras paraṁ brahman foram usadas no Bhagavad-gītā para identificá-lO. As pessoas santas que limparam completamente seus corações de toda a contaminação material podem perceber Sua forma transcendental, embora Você seja onipenetrante como o céu e inafetado por algo material. Somente os devotos, e ninguém mais, podem percebê-lO. Na concepção impersonalista de Sua existência suprema, o céu é como o Seu umbigo, o fogo é Sua boca e a água é Seu sêmen. Os planetas celestiais são Sua cabeça, todas as direções são Suas orelhas, o planeta Urvī é Seus pés de lótus, a Lua é Sua mente e o Sol é Seu olho. Quanto a mim, ajo como o Seu ego. O oceano é Seu abdome, e o rei dos céus, Indra, é Seu braço. As árvores e as plantas são os pelos em Seu corpo, as nuvens são o cabelo em Sua cabeça, e o senhor Brahmā é Sua inteligência. Todos os grandes progenitores, conhecidos como prajāpatis, são Seus representantes simbólicos. E a religião é Seu coração. A característica impessoal de Seu corpo supremo é concebida deste modo, mas Você é, em última análise, a Pessoa Suprema. A característica impessoal de Seu corpo supremo é somente uma diminuta expansão de Sua energia. Você é comparado ao fogo original, e Suas expansões são Sua luz e calor”.

« Ô cher Seigneur, poursuivit Śiva, bien que Tu Te manifestes de façon universelle, les différentes parties de l’univers représentent les diverses parties de Ton Corps ; par Ton énergie inconcevable, Tu es à la fois universel et localisé. La Brahma-saṁhitā précise sur ce point qu’habitant à jamais dans Ta Demeure, Goloka Vṛndāvana, Tu n’en est pas moins partout présent. Comme l’enseigne la Bhagavad-gītā, Tu apparais afin de protéger les bhaktas, et Ton Apparition est le signe d’un grand bonheur pour l’univers tout entier. Les devas qui dirigent différents domaines de l’univers le font seulement par l’effet de Ta grâce. C’est par Ta grâce que se trouvent maintenus les sept systèmes planétaires supérieurs. Quand vient la fin de cette création, toutes les manifestations de Tes énergies, qu’elles aient forme de devas, d’êtres humains ou d’animaux inférieurs, rentrent en Toi ; alors, toutes les causes directes ou indirectes de la manifestation cosmique reposent en Toi sans présenter d’aspect distinct. Enfin, on ne peut faire aucune différence entre Ta Personne et toute autre entité, égale ou inférieure à Toi. Car, Tu es en même temps la Cause et les matériaux de cette manifestation cosmique. Tu es le Tout Suprême, l’Un sans second. On distingue, dans le monde phénoménal, trois états : l’état de conscience, de semi-conscience (dans le rêve) et d’inconscience. Mais Ta Grâce transcende ces trois états de l’existence matérielle. Tu existes donc dans une quatrième dimension, et Ton Apparition, Ta Disparition, ne dépendent que de Toi-même. Tu es la Cause Suprême – car rien n’a d’origine qu’en Toi. C’est Toi-même qui causes Tes propres Apparitions et Disparitions. Bien que Tu transcendes la matière, Seigneur, afin de faire voir Tes six excellences et de déployer Tes Attributs absolus, Tu as multiplié Tes Apparitions sous forme de différents avatāras – l’avatāra-Poisson, l’avatāra-Tortue, l’avatāra-Sanglier, Nṛsiṁha, Keśava… – par Ta manifestation personnelle. Par Ta manifestation distincte, Tu es apparu comme différents êtres vivants. Par Ta puissance interne, Tu apparais comme les différents avatāras de l’ordre de Viṣṇu : par Ta puissance externe comme le monde phénoménal.

O senhor Śiva continuou: “Meu querido Senhor, visto que Você Se manifesta universalmente, as diferentes partes do universo são as diversas partes de Seu corpo, e, por Sua potência inconcebível, Você pode ser, simultaneamente, tanto localizado quanto universal. Na Brahmā-saṁhitā, também encontramos a declaração de que, embora Você sempre permaneça em Sua morada, Goloka Vṛndāvana, Você está presente em todos os lugares. Como declarado no Bhagavad-gītā, Você aparece para proteger os devotos, e, assim, Seu aparecimento indica boa fortuna para todo o universo. Todos os semideuses estão conduzindo as diferentes atividades do universo meramente por Sua graça. Assim, os sete sistemas planetários superiores são mantidos por Sua graça. Ao término desta criação, todas as manifestações de Suas energias, seja na forma de semideuses, seres humanos ou animais inferiores, entram em Você, e todas as causas imediatas e remotas da manifestação cósmica descansam em Você, sem características distintivas de existência. Em última análise, não há qualquer possibilidade de distinção entre Você e qualquer outra coisa em um nível de igualdade ou de subordinação a Você. Você é, simultaneamente, a causa desta manifestação cósmica e dos ingredientes. Você é o Todo Supremo, sem comparação. Na manifestação fenomenal, há três fases: a fase de consciência, a fase de semiconsciência no sonho e a fase de inconsciência. Não obstante, Sua Onipotência é transcendental a todas essas distintas fases materiais de existência. Então, Você existe em uma quarta dimensão, e Seu aparecimento e Seu desaparecimento não dependem de nada além de Você mesmo. Você é a causa suprema de tudo, mas, para Você, não há nenhuma causa, sendo a causa de Seu próprio aparecimento e desaparecimento. Apesar de Sua posição transcendental, meu Senhor, a fim de mostrar Suas seis opulências e anunciar Suas qualidades transcendentais, Você apareceu em Suas diferentes encarnações – peixe, tartaruga, javali, Nṛsiṁha, Keśava e outras – por Sua manifestação pessoal, e Você apareceu como inumeráveis entidades vivas mediante Suas manifestações separadas. Por Sua potência interna, Você apareceu como as diversas encarnações de Viṣṇu e, por Sua potência externa, Você apareceu como o mundo fenomenal”.

« Voyant un ciel nuageux, l’homme du commun dira que le soleil est couvert. Mais en vérité, c’est le soleil qui par ses rayons crée les nuages, et même s’ils emplissent le ciel tout entier, le soleil ne peut jamais être vraiment couvert. De même, les hommes à l’esprit obscurci prétendent qu’il n’existe pas de Dieu, car ils ne voient que les différents êtres vivants et leurs activités. Mais les hommes illuminés par la connaissance Te voient présent en chaque atome, présent à travers le médium de Tes énergies externe et marginale. Tes activités, à la puissance sans limite, sont perçues des bhaktas les plus éclairés, mais ceux qu’égare l’emprise de Ton énergie externe, s’identifiant à ce monde de matière, s’attachent à la société, à l’amitié, à l’amour qu’on y trouve. Ils boivent ainsi aux trois sources de souffrance propres à l’existence matérielle et se trouvent assujettis aux dualités des joies et des peines. Tantôt ils se noient dans l’océan de l’attachement, tantôt en émergent.

“Em um dia nublado, para os olhos do homem comum, o Sol parece estar encoberto. No entanto, o fato é que, porque o Sol cria a nuvem, ele nunca pode ser encoberto de verdade, ainda que o céu inteiro possa ficar nublado. Semelhantemente, os homens menos inteligentes reivindicam que não há nenhum Deus, mas, quando a manifestação de diferentes entidades vivas e suas atividades torna-se visível, as pessoas iluminadas O veem presente em todo átomo e através de Suas energias externa e marginal. Suas atividades ilimitadamente potentes são experimentadas pelos devotos iluminados; todavia, aqueles que estão confusos, em decorrência da ilusão de Sua energia externa, identificam-se com o mundo material e ficam atados a sociedade, amizade e amor. Assim, eles enredam-se nas três misérias da existência material e ficam sujeitos às dualidades de dor e prazer, ora imergindo no oceano de apego, ora emergindo dele”.

« Ô cher Seigneur, seule Ta grâce, Ta miséricorde, accorde à l’être vivant, avec la forme de vie humaine, l’occasion de sortir de la condition misérable propre à l’existence matérielle. Cependant, la vie humaine ne suffit pas – l’homme incapable de dompter ses sens se trouve emporté par les vagues du plaisir sensoriel. Il est empêché de prendre refuge à Tes pieds pareils-au-lotus et de s’engager ainsi dans Ton service de dévotion. Son existence se charge de mauvaise fortune : c’est une vie de ténèbres – où l’être se trompe certes lui-même et trompe autrui. Voilà pourquoi on qualifie la société humaine privée de conscience de Kṛṣṇa, de société de trompeurs et de trompés.

“Meu querido Senhor, só por intermédio de Sua misericórdia e graça pode a entidade viva adquirir a forma humana de vida, que é uma oportunidade para sair da condição miserável da existência material. Contudo, uma pessoa que possui um corpo humano, mas que não pode controlar seus sentidos, fica à deriva em razão das ondas do desfrute dos sentidos. Como tal, ela não se refugia em Seus pés de lótus e, assim, não se ocupa em Seu serviço devocional. A vida de tal pessoa é muito desgraçada, e qualquer um que leve tal vida de escuridão está certamente enganando a si mesmo e também está ludibriando os outros. Então, sociedade humana sem consciência de Kṛṣṇa é uma sociedade de enganadores e enganados”.

« Ô Seigneur, Tu es en vérité l’Âme Suprême, l’Être le plus cher, et de tout le Maître souverain. L’homme en proie à l’illusion craint la mort ultime. Celui qui se trouve attaché aux plaisirs des sens accepte volontairement la misérable existence matérielle, et erre ainsi à la poursuite du feu follet des joies de la chair. C’est bien le plus sot des hommes, puisqu’il boit le poison et rejette le nectar. Mon cher Seigneur, tous les devas, y compris moi-même et Brahmā, tous les grands saints et sages qui ont lavé leurs cœurs de ces attaches matérielles, ont par Ta grâce et de tout leur être pris refuge à Tes pieds pareils-au-lotus. Tous, nous nous réfugions auprès de Toi, car nous T’avons accepté comme le Seigneur Suprême, notre vie, notre âme la plus chère. Tu es la Cause originelle de cette manifestation cosmique, le Souverain de ceux qui la maintiennent et aussi la Cause de son annihilation. Tu Te montres égal envers tous, l’Ami suprême, porteur de paix. Pour nous tous, Tu représentes l’Objet souverain d’adoration. Ô Seigneur, puissions-nous sans cesse nous absorber dans Ton service d’amour spirituel et absolu, pour nous défaire de cet empiègement dans la matière.

“Meu Senhor, Você é, de fato, a mais querida Superalma de todas as entidades vivas e o controlador supremo de tudo. O ser humano que está sempre iludido tem medo da morte iminente. Alguém que está simplesmente apegado ao gozo dos sentidos, aceita voluntariamente a existência material miserável e, assim, vaga atrás do fogo-fátuo do desfrute sensorial. Ele é certamente o homem mais tolo, porque ele bebe veneno e rejeita o néctar. Meu querido Senhor, todos os semideuses, incluindo eu mesmo e o senhor Brahmā, assim como grandes pessoas santas e sábios que limparam seus corações do apego material, têm, por Sua graça, de todo o coração, se refugiado em Seus pés de lótus. Todos nós buscamos abrigo em Você porque O aceitamos como o Senhor Supremo e a mais querida vida e alma de todos nós. Você é a causa original desta manifestação cósmica, o supremo mantenedor dela e também a causa de sua dissolução. Você é equânime a todos, o amigo supremo mais pacífico de todas as entidades vivas e o objeto adorável supremo para todos nós. Meu querido Senhor, deixe-nos sempre estar ocupados em Seu transcendental serviço amoroso de forma que possamos nos libertar deste enredamento material”.

« Enfin, mon Seigneur, je voudrais que Tu saches combien Bāṇāsura m’est cher. Il m’a rendu un précieux service, et mon désir est de le voir toujours heureux. Comme j’étais satisfait de lui, je lui ai assuré qu’il se trouverait auprès de moi en sécurité. Je Te prie, mon Seigneur, de Te montrer satisfait de lui comme Tu l’as été de ses ancêtres, le roi Prahlāda et Bali Mahārāja. »

“Por último, meu Senhor, permita-me informar-Lhe que este Bāṇāsura é muito querido a mim. Ele prestou-me valioso serviço, de modo que desejo vê-lo sempre feliz. Estando satisfeito com ele, eu lhe garanti segurança. Oro a Você, meu Senhor, que, assim como Você Se satisfez com os antepassados dele, o rei Prahlāda e Bali Mahārāja, Você também fique satisfeito com ele”.

Après avoir écouté la prière de Śiva, Śrī Kṛṣṇa, en lui donnant à son tour le nom de seigneur, lui dit : « Seigneur Śiva, J’accepte ta requête et je fais Mien ton désir de bonheur pour Bāṇāsura. Je sais qu’il est le fils de Bali Mahārāja, et que Je ne peux le tuer, car J’en ai fait la promesse. Jadis, en effet, j’ai accordé au roi Prahlāda cette bénédiction que jamais Je ne mettrai à mort les asuras qui paraîtront dans sa famille. Voilà pourquoi, sans le tuer, J’ai simplement tranché les bras de Bāṇāsura, pour le soulager de son vain orgueil. Les guerriers qu’il entretenait en grand nombre étaient devenus un fardeau pour la Terre, que J’ai soulagée en les détruisant. Lui restent à présent quatre bras, et il demeurera immortel, non affecté par les joies et les peines de ce monde. Je ne suis pas sans savoir qu’il est l’un des plus grands dévots de ta grâce : sois donc maintenant sûr qu’il n’aura plus désormais à connaître la crainte. »

Depois de ouvir a oração do senhor Śiva, o Senhor Kṛṣṇa respondeu: “Meu querido senhor Śiva, Eu aceito Suas declarações e também aceito seu desejo em relação a Bāṇāsura. Eu sei que esse Bāṇāsura é o filho de Bali Mahārāja e, como tal, Eu não o posso matar, pois essa é Minha promessa. Eu concedi uma bênção ao rei Prahlāda de que os demônios que aparecessem na família dele nunca seriam exterminados por Mim. Então, sem matar este Bāṇāsura, Eu cortei seus braços simplesmente para restringir seu falso prestígio. O grande número de soldados que ele estava mantendo se tornou um fardo para a Terra, e Eu os matei para minimizar o fardo. Agora, ele tem quatro braços restantes e permanecerá imortal, intocável por dores e prazeres materiais. Eu sei que ele é um dos principais devotos de Sua Onipotência, motivo pelo qual você pode descansar assegurado de que, daqui em diante, ele não precisará ter nenhum medo de coisa alguma”.

Ainsi béni par Kṛṣṇa, Bāṇāsura s’avança vers le Seigneur et se prosterna devant Lui, touchant la terre de son front. Il fit venir, assis sur un char somptueux, Aniruddha et sa fille Ūṣā, qu’il présenta à Śrī Kṛṣṇa. Puis, le Seigneur prit avec lui le jeune couple, qui jouissait désormais d’une grande opulence matérielle grâce aux bénédictions de Śiva. Ainsi, gardant au-devant une division akśauhiṇī de guerriers, Kṛṣṇa prit le départ pour Dvārakā. Et pendant ce temps, tous les habitants de la capitale, qui avaient appris le retour en grande pompe de Śrī Kṛṣṇa accompagné d’Aniruddha et d’Ūṣā, parèrent toute la ville d’étendards, de festons et de guirlandes. Grandes routes et carrefours furent lavés avec soin et aspergés d’un mélange d’eau et de pulpe de santal, dont partout se dégageait l’arôme.

Les habitants, accompagnés de leurs proches et de leurs amis, accueillirent tous Śrī Kṛṣṇa dans la joie, avec beaucoup de faste. En son honneur vibrèrent tumultueusement conques, tambours et bugles. C’est ainsi que Dieu, la Personne Suprême, Śrī Kṛṣṇa, pénétra dans Sa capitale, Dvārakā.

Quando Bāṇāsura foi deste modo abençoado pelo Senhor Kṛṣṇa, ele postou-se em frente ao Senhor e curvou-se diante dEle, tocando sua cabeça na terra. Bāṇāsura automaticamente arranjou para que sua filha Ūṣā se assentasse com Aniruddha em uma agradável quadriga e, em seguida, ele os apresentou ao Senhor Kṛṣṇa. Depois disso, o Senhor Kṛṣṇa encarregou-Se de Aniruddha e Ūṣā, os quais tinham ficado materialmente muito opulentos por causa das bênçãos do senhor Śiva. Portanto, mantendo uma divisão akṣauhiṇī de soldados, Kṛṣṇa prosseguiu adiante para Dvārakā. Enquanto isso, todas as pessoas de Dvārakā, tendo recebido as notícias de que o Senhor Kṛṣṇa estava regressando com Aniruddha e Ūṣā em grande opulência, decoraram todos os cantos da cidade com bandeiras, flâmulas e guirlandas. Todas as grandes estradas e cruzamentos foram cuidadosamente limpos e borrifados com polpa de sândalo misturada com água. Em toda parte, havia a fragrância de sândalo. Todos os cidadãos uniram-se aos seus amigos e parentes para dar as boas-vindas ao Senhor Kṛṣṇa com grande pompa e júbilo, e uma vibração tumultuosa de búzios, tambores e cornetas recebeu o Senhor. Dessa maneira, a Suprema Personalidade de Deus, Kṛṣṇa, entrou em Sua capital, Dvārakā.

Śukadeva Gosvāmī assura le roi Parīkṣit que le récit du combat opposant Śiva et Kṛṣṇa n’avait pas le caractère défavorable qui s’attache à la glorification de batailles ordinaires. Bien au contraire, car celui qui se la remémore au matin et prend plaisir à la victoire de Śrī Kṛṣṇa s’assure de ne pas trouver d’échec dans sa lutte pour l’existence.

Śukadeva Gosvāmī assegurou ao rei Parīkṣit que a narração da luta entre o senhor Śiva e o Senhor Kṛṣṇa não é, de forma alguma, inauspiciosa como os duelos ordinários. Ao contrário, se a pessoa se lembrar de manhã cedo da narração desta luta entre o Senhor Kṛṣṇa e o senhor Śiva e sentir prazer com a vitória do Senhor Kṛṣṇa, ela nunca experimentará derrota em qualquer lugar em sua luta pela vida.

Cet épisode, la lutte de Bāṇāsura avec Kṛṣṇa, et plus tard sa délivrance par la grâce de Śiva, confirme le verset de la Bhagavad-gītā enseignant que les adorateurs des devas ne peuvent en obtenir de bénédiction sans la sanction du Seigneur Suprême, Śrī Kṛṣṇa. Dans notre récit, il est visible que même un grand dévot de Śiva, Bāṇāsura, attaqué par Kṛṣṇa, ne dut la vie sauve qu’au fait que Śiva fit appel au Seigneur pour sauver son dévot. Telle est la position de Śrī Kṛṣṇa. Les mots exacts dont fait usage à ce propos la Bhagavad-gītā sont mayaiva vihitān hi tān : sans la sanction du Seigneur Suprême, nul deva ne peut accorder de bénédiction à son adorateur.

Este episódio da luta de Bāṇāsura com Kṛṣṇa, e, posteriormente, sua proteção pela graça do senhor Śiva, é uma confirmação da declaração no Bhagavad-gītā de que os adoradores de semideuses não podem alcançar nenhuma bênção sem a sanção do Senhor Supremo, Kṛṣṇa. Aqui nesta narração, nós encontramos que, conquanto Bāṇāsura fosse um grande devoto do senhor Śiva, quando enfrentou a morte diante de Kṛṣṇa, o senhor Śiva não foi capaz de salvá-lo. O senhor Śiva, todavia, apelou a Kṛṣṇa para salvar seu devoto, e isso foi sancionado pelo Senhor. Eis a posição do Senhor Kṛṣṇa. As palavras exatas usadas neste contexto no Bhagavad-gītā são mayaiva vihitān hi tān. Isso significa que, sem a sanção do Senhor Supremo, nenhum semideus pode conceder qualquer bênção ao seu adorador.

Ainsi s’achèvent les enseignements de Bhaktivedanta pour le soixante-troisième chapitre du Livre de Kṛṣṇa, intitulé: « Śrī Kṛṣṇa S’oppose à Bāṇāsura ».

Neste ponto, encerram-se os significados Bhaktivedanta do capítulo sessenta e três de Kṛṣṇa, intitulado “O Senhor Kṛṣṇa Luta com Bāṇāsura”.