Skip to main content

5

5

The Vision of Lotuses

A Visão do Lótus

namaḥ paṅkaja-nābhāya
namaḥ paṅkaja-māline
namaḥ paṅkaja-netrāya
namas te paṅkajāṅghraye
namaḥ paṅkaja-nābhāya
namaḥ paṅkaja-māline
namaḥ paṅkaja-netrāya
namas te paṅkajāṅghraye

My respectful obeisances are unto You, O Lord, whose abdomen is marked with a depression like a lotus flower, who are always decorated with garlands of lotus flowers, whose glance is as cool as the lotus, and whose feet are engraved with lotuses.

Ó Kṛṣṇa, ofereço minhas respeitosas reverências a Ti, cujo abdômen está marcado com uma depressão semelhante a uma flor de lótus, que estás sempre decorado com guirlandas de flores de lótus, cujo olhar é tão refrescante como o lótus e cujos pés estão gravados com um lótus.

Śrīmad-Bhāgavatam 1.8.22

Śrīmad-Bhāgavatam 1.8.22

Here are some of the specific symbolical marks on the spiritual body of the Personality of Godhead which distinguishes His body from the bodies of all others. They are all special features of the body of the Lord. The Lord may appear as one of us, but He is always distinct by His specific bodily features. Śrīmatī Kuntī claims herself unfit to see the Lord because of her being a woman. This is claimed because women, śūdras (the laborer class), and the dvija-bandhus, or the wretched descendants of the higher three classes, are unfit by intelligence to understand transcendental subject matter concerning the spiritual name, fame, attributes, forms, etc., of the Supreme Absolute Truth. Such persons, although they are unfit to enter into the spiritual affairs of the Lord, can see Him as the arcā-vigraha, who descends on the material world just to distribute favors to the fallen souls, including the above-mentioned women, śūdras, and dvija-bandhus. Because such fallen souls cannot see anything beyond matter, the Lord condescends to enter into each and every one of the innumerable universes as the Garbhodaka-śāyī Viṣṇu, who grows a lotus stem from the lotuslike depression in the center of His transcendental abdomen, and thus Brahmā, the first living being in the universe, is born. Therefore, the Lord is known as the Paṅkajanābhi. The Paṅkajanābhi Lord accepts the arcā-vigraha (His transcendental form) in different elements, namely a form within the mind, a form made of wood, a form made of earth, a form made of metal, a form made of jewels, a form made of paint, a form drawn on sand, etc. All such forms of the Lord are always decorated with garlands of lotus flowers, and there should be a soothing atmosphere in the temple of worship to attract the burning attention of the nondevotees always engaged in material wranglings. The meditators worship a form within the mind. Therefore, the Lord is merciful even to the women, śūdras, and dvija-bandhus, provided they agree to visit the temple and worship the different forms made for them. Such temple visitors are not idolaters, as alleged by some men with a poor fund of knowledge. All the great ācāryas established such temples of worship in all places just to favor the less intelligent, and one should not pose himself as transcending the stage of temple worship while one is actually in the category of the śūdras and the women or less. One should begin to see the Lord from His lotus feet, gradually rising to the thighs, waist, chest, and face. One should not try to look at the face of the Lord without being accustomed to seeing the lotus feet of the Lord. Śrīmatī Kuntī, because of her being the aunt of the Lord, did not begin to see the Lord from the lotus feet because the Lord might feel ashamed, and thus Kuntīdevī, just to save a painful situation for the Lord, began to see the Lord just above His lotus feet, i.e., from the waist of the Lord, gradually rising to the face, and then down to the lotus feet. In the round, everything there is in order.

Eis alguns dos sinais simbólicos específicos do corpo espiritual da Personalidade de Deus, que distinguem Seu corpo dos corpos de todos os demais. Todos esses sinais são aspectos especiais do corpo do Senhor. Kṛṣṇa pode aparecer como um de nós, mas Ele é sempre distinto através de Seus aspectos corpóreos específicos. Śrīmatī Kuntī afirma ser incapaz de ver o Senhor por ser uma mulher. Isso porque as mulheres, os śūdras (a classe operária) e os dvija-bandhus (os descendentes miseráveis das três classes mais elevadas) não têm a inteligência adequada para compreender o tema transcendental relativo ao nome, fama, atributos, formas etc. espirituais da Suprema Verdade Absoluta. Embora sejam incapazes de compreender as atividades espirituais do Senhor, tais pessoas podem vê-lO como a arcā-vigraha, que desce ao mundo material apenas para favorecer as almas caídas, incluindo as mulheres, os śūdras e os dvija-bandhus mencionados acima. Porque tais almas caídas não podem ver nada além da matéria, o Senhor aceita entrar em cada um dos inumeráveis universos como Garbhodakaśāyī Viṣṇu, que faz crescer um caule de lótus da depressão que se assemelha a um lótus no centro de Seu abdômen transcendental, e assim nasce Brahmā, o primeiro ser vivo do universo. Por isso, o Senhor é conhecido como o Paṅkajanābhi. O Senhor Paṅkajanābhi aceita a arcā-vigraha (Sua forma transcendental) em diferentes elementos, a saber, uma forma dentro da mente, uma forma feita de madeira, uma forma feita de terra, uma forma feita de metal, uma forma feita de joias, uma forma feita em gravura, uma forma desenhada na areia etc. Todas essas formas do Senhor estão sempre decoradas com guirlandas de flores de lótus, e deve haver uma atmosfera suavizante no templo de adoração para atrair a atenção ardente dos não-devotos, sempre ocupados em discussões materiais. Os meditadores adoram uma forma dentro da mente. Portanto, o Senhor é misericordioso mesmo para com as mulheres, os śūdras e os dvija-bandhus, contanto que eles concordem em contemplar, no templo de adoração, as diferentes formas feitas para eles. Tais visitantes do templo não são idólatras, como alegam alguns homens com pobre fundo de conhecimento. Todos os grandes ācāryas estabeleceram semelhantes templos de adoração, em todos os lugares, apenas para favorecer os menos inteligentes, e a pessoa não deve se fazer passar por transcendental ao estágio de adoração no templo enquanto, na verdade, está na categoria dos śūdras e das mulheres, ou mais abaixo. Deve-se começar a ver o Senhor a partir de Seus pés de lótus, subindo gradualmente para as coxas, a cintura, o peito e o rosto. Não se deve tentar olhar o rosto do Senhor antes de estar acostumado a ver os Seus pés de lótus. Por ser tia do Senhor, Śrīmatī Kuntī não começou a vê-lO a partir dos pés de lótus, porque o Senhor poderia Se envergonhar. Assim, só para evitar uma situação embaraçosa para o Senhor, Kuntīdevī começou a vê-lO logo acima de Seus pés de lótus, isto é, a partir da cintura do Senhor, elevando-se gradualmente ao rosto, e descendo, então, até os pés de lótus. Assim, tudo está em ordem.

If one sees a lotus flower, one can immediately remember Kṛṣṇa. For example, if one loves one’s child and one sees any of the child’s garments, or his shoes or a small ship or any of his playthings, one will immediately remember the child: “Oh, these are my child’s shoes. These are my child’s playthings. This is his garment.” This is the nature of love. So if one actually loves God, Kṛṣṇa, one can remember Him always.

Quem vê uma flor de lótus pode se lembrar de Kṛṣṇa imediatamente. Por exemplo: se uma mãe ama seu filho e vê uma de suas roupas ou um de seus sapatos ou algum de seus brinquedos, ela imediatamente se lembra da criança. “Oh! Estas roupas e estes sapatos são do meu filho. Estes são os brinquedos do meu filho”. Essa é a natureza do amor. Assim, quem ama realmente a Deus, Kṛṣṇa, pode se lembrar dEle constantemente.

It is not difficult to remember Kṛṣṇa. Here Kuntīdevī describes Kṛṣṇa with reference to lotus flowers. Similarly, when Kṛṣṇa describes Himself in Bhagavad-gītā, He says, raso ’ham apsu kaunteya: “I am the taste of liquids.” So one can remember Kṛṣṇa by tasting water. Even if one is drinking liquor, if he thinks, “The taste of this drink is Kṛṣṇa,” he will one day turn out to be a great saintly person. So I can request even drunkards to become Kṛṣṇa conscious, what to speak of others, because Kṛṣṇa says, raso ’ham apsu kaunteya: “I am the taste of liquids.” Generally in this context “liquid” is taken to mean water. But liquor is also liquid; it is only sugar and molasses or some other combination fermented and distilled. Of course, it is bad because it creates intoxication. Although in one sense nothing is bad, liquor is bad because it creates bad effects. In America there are many drunkards. There is no scarcity of them. But I may request even the drunkards, “When drinking wine, kindly remember that the taste of this drink is Kṛṣṇa. Just begin in this way, and one day you will become a saintly, Kṛṣṇa conscious person.”

Não é difícil lembrar-se de Kṛṣṇa. Aqui, Kuntīdevī descreve Kṛṣṇa referindo-se a flores de lótus. Da mesma forma, quando Kṛṣṇa Se descreve na Bhagavad-gītā, Ele diz, raso ’ham apsu kaunteya: “Eu sou o sabor dos líquidos”. Então, podemos nos lembrar de Kṛṣṇa somente por beber água. Mesmo se alguém estiver tomando uma bebida alcoólica e pensar “o sabor desta bebida é Kṛṣṇa”, ele se transformará, algum dia, numa grande pessoa santa. Então, eu posso pedir até aos bêbados que se tornem conscientes de Kṛṣṇa, o que falar de outras pessoas, porque Kṛṣṇa diz, raso ’ham apsu kaunteya: “Eu sou o sabor dos líquidos”. De um modo geral, neste contexto, “líquido” quer dizer água. Mas bebida alcoólica também é líquido. Ela é feita de açúcar, melado ou outras combinações fermentadas e destiladas. É lógico que é algo ruim, porque inebria. Embora, em um sentido, nada seja ruim, bebida alcoólica não é algo bom, porque tem efeitos negativos. Nos Estados Unidos, existem muitos bêbados, mas eu posso pedir mesmo a eles: “Quando estiverem bebendo vinho, por favor, lembrem-se de que o sabor dessa bebida é Kṛṣṇa. Comecem assim e, um dia, vocês se tornarão pessoas santas, conscientes de Kṛṣṇa”.

So Kṛṣṇa is available under any circumstances, if we want to catch Him. Kṛṣṇa says in Bhagavad-gītā (10.10):

Assim, Kṛṣṇa é obtenível sob quaisquer circunstâncias, desde que queiramos alcançá-lO. Kṛṣṇa diz na Bhagavad-gītā (10.10):

teṣāṁ satata-yuktānāṁ
bhajatāṁ prīti-pūrvakam
dadāmi buddhi-yogaṁ taṁ
yena mām upayānti te
teṣāṁ satata-yuktānāṁ
bhajatāṁ prīti-pūrvakam
dadāmi buddhi-yogaṁ taṁ
yena mām upayānti te

“To those who are constantly devoted and who worship Me with love, I give the understanding by which they can come to Me.” If one is actually very serious in searching for Kṛṣṇa, Kṛṣṇa is everywhere. Aṇḍāntara-stha-paramāṇu-cayāntara-sthaṁ govindam ādi-puruṣaṁ tam ahaṁ bhajāmi (Brahma-saṁhitā 5.35). Kṛṣṇa is present within the universe, within our hearts, and even within the atom. So it is not difficult to find Him, but one must know the process by which to do so. This process is very simple, and by the order of Śrī Caitanya Mahāprabhu we are distributing this process to everyone, without charge. The process is to chant Hare Kṛṣṇa. As soon as one chants Hare Kṛṣṇa, one will immediately understand Kṛṣṇa.

“Para aqueles que estão constantemente devotados e Me adoram com amor, Eu dou a compreensão com a qual eles podem vir a Mim”. Alguém que seja realmente muito sério em sua busca encontra Kṛṣṇa em toda parte. Aṇdāntara-stha-paramāṇu-cayāntara-sthaṁ govindam ādi-puruṣaṁ tam ahaṁ bhajāmi. (Brahma-saṁhitā 5.35) Kṛṣṇa está presente dentro do Universo, dentro de nossos corações e até mesmo dentro do átomo. Por isso, não é tão difícil encontrá-lO, mas deve-se conhecer o processo. Esse processo é muito simples, e, pela ordem de Śrī Caitanya Mahāprabhu, estamos distribuindo esse mesmo processo a todos, sem cobrar nada. O processo é cantar Hare Kṛṣṇa. Tão logo alguém cante Hare Kṛṣṇa, compreenderá Kṛṣṇa.

Similarly, simply by hearing or chanting the verses of Śrīmad-Bhāgavatam, one can be purified. Whatever knowledge exists in the world is present in Śrīmad-Bhāgavatam. It includes literature, poetry, astronomy, philosophy, religion, and love of Godhead. Śrīmad-bhāgavataṁ pramāṇam amalam. If one simply reads Śrīmad-Bhāgavatam, he gains the topmost education, for if one studies Śrīmad-Bhāgavatam he will be well versed in every subject matter. Even if one does not understand a single word of the mantras of Śrīmad-Bhāgavatam, the vibrations themselves have such power that simply by chanting one will be purified. Śṛṇvatāṁ sva-kathāḥ kṛṣṇaḥ puṇya-śravaṇa-kīrtanaḥ. The word puṇya means “pious,” śravaṇa means “hearing,” and kīrtana means “chanting.” One who chants or hears the verses of Śrīmad-Bhāgavatam becomes pious automatically. To become pious one generally has to endeavor a great deal, but if one simply hears the verses of Śrīmad-Bhāgavatam or Bhagavad-gītā one becomes pious automatically. Therefore it is a rigid principle in every temple of our Kṛṣṇa consciousness movement that there must be a daily class for hearing and chanting. Our movement is meant for training spiritual leaders, but without hearing and chanting it is impossible to become a leader. Of course, in the material world it is possible, but not in the spiritual world.

Da mesma forma, simplesmente por ouvir ou cantar os versos do Śrīmad-Bhāgavatam, podemos nos purificar. Qualquer conhecimento que exista no mundo está contido no Śrīmad-Bhāgavatam. Isso inclui literatura, poesia, astronomia, filosofia, religião e amor pelo Supremo. Śrīmad-bhāgavatam pramāṇam amalam. Simplesmente por ler o Śrīmad-Bhāgavatam, consegue-se a educação mais elevada, porque quem o estuda se torna bem versado em todos os assuntos. Mesmo que não se compreenda uma única palavra dos mantras do Śrīmad-Bhāgavatam, as próprias vibrações têm tamanho poder que, apenas por cantá-los, nós nos purificamos. Śṛṇvatāṁ sva-kathāḥ kṛṣṇaḥ puṇya-śravaṇa-kīrtanaḥ. A palavra puṇya significa “piedoso”, śravaṇa significa “ouvir”, e kīrtana significa “cantar”. Aquele que canta ou ouve os versos do Śrīmad-Bhāgavatam torna-se piedoso automaticamente. De modo geral, para se tornar piedoso é necessário muito esforço, mas ouvir os versos do Śrīmad-Bhāgavatam ou da Bhagavad-gītā já é suficiente para que a pessoa se torne automaticamente piedosa. Portanto, é um princípio rígido em todos os templos do nosso movimento da consciência de Kṛṣṇa que todos os dias haja uma aula, para que os devotos ouçam e cantem. Nosso movimento destina-se a treinar líderes espirituais, mas sem ouvir e cantar é impossível tornar-se um líder. Isso é possível no mundo material, mas não no mundo espiritual.

mālī hañā sei bīja kare āropaṇa
śravaṇa-kīrtana-jale karaye secana
mālī hañā sei bīja kare āropaṇa
śravaṇa-kīrtana-jale karaye secana

(Caitanya-caritāmṛta, Madhya 19.152)

(Caitanya-caritāmṛta, Madhya 19.152)

Hearing and chanting waters the seed of devotional service, which develops one’s original consciousness.

“Ouvir e cantar rega a semente do serviço devocional, que desenvolve a nossa consciência original”.

So here, in these prayers, Kuntīdevī, a great devotee, is giving us an opportunity to become Kṛṣṇa conscious simply by concentrating our mind on paṅkaja, the lotus flower. Paṅka means “mud,” and ja means “generate.” Although the lotus flower is generated from mud, it is a most important flower, and Kṛṣṇa likes it very much. Kuntīdevī therefore describes all the parts of Kṛṣṇa’s body with reference to lotus flowers, so that as soon as one sees a lotus flower one will immediately think of Kṛṣṇa: “Oh, Kṛṣṇa’s navel is just like a lotus, and from Kṛṣṇa’s navel grew the stem of the lotus upon which Brahmā, the creator of this universe, was born. This universe includes so many planets, seas, mountains, and cities with motorcars and other paraphernalia, but the entire universe began from that lotus.”

E nestas preces, Kuntīdevī, a grande devota, está nos dando uma oportunidade de nos tornarmos conscientes de Kṛṣṇa simplesmente por concentrarmos nossa mente em paṅkaja, a flor de lótus. Paṅka significa “lama” e ja significa “gerada”. Embora a flor de lótus nasça da lama, ela é a flor mais importante e é muito querida por Kṛṣṇa. Kuntīdevī descreve, portanto, todas as partes do corpo de Kṛṣṇa com referência a flores de lótus, para que, logo que alguém veja uma flor de lótus, pense em Kṛṣṇa: “Oh! O umbigo de Kṛṣṇa é como um lótus e do umbigo de Kṛṣṇa cresce um caule de lótus sobre o qual Brahmā, o criador do Universo, nasce. No Universo, existem muitos planetas, mares, montanhas, cidades com automóveis e coisas variadas, mas o Universo inteiro começou daquele lótus”.

Namaḥ paṅkaja-māline. From Kṛṣṇa comes the wonderful lotus flower that contains the seed of the entire universe. But He is not the source of only one such flower. Kṛṣṇa is not so poor that He simply produces one lotus flower and then is finished. No. Just as there may be a garland with many flowers, Kṛṣṇa is the source of innumerable universes, which may be compared to a big garland of lotuses. This is God. Yasyaika-niśvasita-kālam athāvalambya/ jīvanti loma-vilajā jagad-aṇḍa-nāthāḥ (Brahma-saṁhitā 5.48). Kṛṣṇa is unlimited. We are very much concerned with this one planet, but Kṛṣṇa’s creation contains an unlimited number of planets. We cannot count how many planets there are, any more than one can count how many hairs there are on one’s head. This is the nature of Kṛṣṇa’s creation. To give another example, on one tree there is an unlimited number of leaves. Similarly, there is an unlimited number of planets, and there are unlimited universes. Therefore, Kṛṣṇa is unlimited.

Namaḥ paṅkaja-māline. De Kṛṣṇa, surge a maravilhosa flor de lótus contendo a semente do Universo inteiro, mas Ele não é a origem de apenas uma dessas flores. Kṛṣṇa não é tão pobre para produzir uma única flor de lótus e, depois, mais nada. Não! Assim como pode ser feita uma guirlanda com muitas flores, Kṛṣṇa é a origem de universos inumeráveis, que podem ser comparados a uma enorme guirlanda de lótus. Assim é Deus. Yasyaika-niśvasita-kālam athāvalambya/ jīvanti loma-vilajā jagadaṇḍa-nāthāḥ (Brahma-saṁhitā 5.48). Kṛṣṇa é ilimitado. Estamos muito interessados neste planeta, mas a criação de Kṛṣṇa contém um número ilimitado de planetas. Nem podemos contar os planetas, do mesmo modo que ninguém pode contar quantos fios de cabelo há na própria cabeça. Essa é a natureza da criação de Kṛṣṇa. Dando outro exemplo, em uma árvore há um número ilimitado de folhas. Da mesma forma, existe um número incontável de planetas e universos. Portanto, Kṛṣṇa é ilimitado.

Kṛṣṇa’s navel resembles a lotus, He is garlanded with lotuses, and His eyes are also compared to the petals of a lotus (ālola-candraka-lasad-vanamālya-vaṁśī, Brahma-saṁhitā 5.31). So if we simply think of only this one verse, which describes Kṛṣṇa’s body with reference to the lotus, we can meditate our whole life on how beautiful Kṛṣṇa is, how wise Kṛṣṇa is, and how Kṛṣṇa manifests His creation. This is meditation – thinking of Kṛṣṇa. Dhyānāvasthita-tad-gatena manasā paśyanti yam-yoginaḥ. A yogī is one who always thinks of Kṛṣṇa.

O umbigo de Kṛṣṇa se assemelha ao lótus, Ele está enguirlandado com lótus e Seus olhos são comparados a pétalas de lótus. Ālola-candraka-lasad-vanamālya-vaṁśi (Brahma-saṁhitā 5.31). Assim, se simplesmente pensarmos nesse único verso, o qual descreve Kṛṣṇa em relação ao lótus, podemos meditar durante toda a nossa vida em como Kṛṣṇa é belo, quão inteligente Ele é e em como Ele manifesta Sua criação. Isto é meditação – pensar em Kṛṣṇa. Dhyānāvasthita-tad-gatena manasā paśyanti ’yaṁ yoginaḥ. Um yogī é aquele que sempre pensa em Kṛṣṇa.

Those who think of something impersonal are not yogīs. Their meditation simply involves undergoing more and more labor (kleśo ’dhikataras teṣām avyaktāsakta-cetasām), and they cannot reach anything substantial. Therefore after meditation they say, “Come on, give me a cigarette. Come on, my throat is now dry. Give me a cigarette.” That is not meditation. Meditation means thinking of Kṛṣṇa always (satataṁ cintayanto mām) and endeavoring to advance in Kṛṣṇa consciousness with a firm vow (yatantaś ca dṛḍha-vratāḥ).

Aqueles que pensam em algo impessoal não são yogīs. Sua meditação traz apenas mais dificuldades (kleśo ’dhikaras teṣām avyaktāsakta-cetasām) e eles não conseguem alcançar nada substancial. Por isso, depois da meditação, eles dizem: “Venha cá, dê-me um cigarro. Minha garganta ficou seca. Dê-me um cigarro”. Isso não é meditação. Meditação significa pensar constantemente em Kṛṣṇa (satataṁ kīrtayanto mām) e esforçar-se para avançar em consciência de Kṛṣṇa com determinação inabalável (yatantaś ca dṛḍha-vratāh).

We have to be purified. Paraṁ brahma paraṁ dhāma pavitraṁ paramaṁ bhavān. Because Kṛṣṇa is pure, we cannot approach Kṛṣṇa impurely. But if we think of Kṛṣṇa always and meditate upon Kṛṣṇa, then we shall be purified. Puṇya-śravaṇa-kīrtanaḥ. That meditation can be possible by hearing and chanting, and then thinking of Kṛṣṇa will automatically come. That is the process of Kṛṣṇa consciousness. Śravaṇaṁ kīrtanaṁ viṣṇoḥ smaraṇam. The word smaraṇam means “remembering.” If we chant and hear, then remembrance will automatically come, and then we shall engage in worshiping Kṛṣṇa’s lotus feet (sevanam). Then we shall engage in the temple worship (arcanam) and offering prayers (vandanam). We shall engage ourselves as Kṛṣṇa’s servants (dāsyam), we shall become Kṛṣṇa’s friends (sakhyam), and we shall surrender everything to Kṛṣṇa (ātma-nivedanam). This is the process of Kṛṣṇa consciousness.

Precisamos nos purificar. Paraṁ brahma paraṁ dhāma pavitraṁ paramaṁ bhavān. Pelo fato de Kṛṣṇa ser puro, não podemos nos aproximar dEle impuramente. Todavia, se sempre pensarmos e meditarmos em Kṛṣṇa, certamente nos purificaremos. Puṇya-śravaṇa-kīrtaṇaḥ. Essa meditação torna-se possível através do ouvir e cantar, em decorrência do que o pensar em Kṛṣṇa acontecerá automaticamente. Esse é o processo da consciência de Kṛṣṇa. Śravaṇaṁ kīrtanaṁ viṣṇoḥ smaraṇam. A palavra smaraṇam significa “lembrar”. Se cantarmos e ouvirmos, a lembrança virá naturalmente e, em seguida, nos ocuparemos em adorar os pés de lótus de Kṛṣṇa (sevanam). Depois, devemos nos ocupar em adorar no templo (arcanam) e oferecer preces (vandanam). Devemos dedicar-nos como servos de Kṛṣṇa (dāsyam), tornarmo-nos amigos de Kṛṣṇa (sakhyam) e entregar tudo o que temos a Kṛṣṇa (ātma-nivedanam). Esse é o processo da consciência de Kṛṣṇa.